'Irei para o céu', disse brasileiro executado na Indonésiabet7k minesencontro final:bet7k mines

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Legenda da foto, Cruzes com nomes dos condenados foram produzidas com antecedênciabet7k minesCilacap

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Monteiro acompanhou os disparos da execução à distância, ao ladobet7k minesAngelita Muxfeldt, primabet7k minesGularte. O fuzilamento ocorreu por voltabet7k mines0h25 (horário local, 14h25bet7k minesBrasília), disse ele. "Foram vários tiros fortes e ao mesmo tempo".

O corpo será levado ao Brasil, onde será enterrado. Anteriormente, a intenção da família era cremá-lo.

Angelita foi a última familiar a ver Gularte, à tarde (horário local). Ela foi para a Indonésiabet7k minesfevereiro para tentar reverter a execução do brasileiro. Visitava-o regularmente, duas vezes por semana, e disse que, neste tempo, nunca tinha o visto tão calmo.

"Ele não queria que eu chorasse", disse ela a jornalistas, emocionada, após deixar a prisão.

O aviso das execuções foi feito no sábado. Desde então, familiares tiveram permissão para visitar diariamente os presos. Nestes encontros, Gularte fez discursos "delirantes", expressando confiançabet7k minesque não seria executado, disse o diplomata brasileiro.

Ele citou o desenho Aladim ao rejeitar fazer seus desejos finais, disse o advogado Ricky Gunawan, que assumiu o casobet7k minesmarço.

O último contato com a mãe foi por telefone na segunda-feira, segundo Gunawan. Clarisse,bet7k mines70 anos, havia visitado o filhobet7k minesfevereiro e retornou no Brasil. Na ligação,bet7k mines20 minutos, ele conversou também com a irmã.

Gularte é o segundo brasileiro a ser executado na Indonésia. Em janeiro, o carioca Marco Archer Cardoso Moreira foi fuzilado, também condenado à morte por tráficobet7k minesdrogas.

O governo brasileiro considerou a execução um "fato grave" na relação entre Brasil e Indonésia que vai "fortalecer a disposição brasileirabet7k mineslevar adiante, nos organismos internacionaisbet7k minesdireitos humanos, os esforços pela abolição da pena capital", segundo nota do Itamaraty.

Tom mórbido

Durante todo o dia, no portobet7k minesCilacap, que dá acesso à Nusakambangan, dezenasbet7k minesjornalistas e populares aguardavam por familiares e diplomatas que deixavam a prisão.

Parentes faziam pedidos emocionados por clemência. A irmãbet7k minesum dos condenados australianos chegou a desmaiar. Ambulâncias que carregavam caixões entrando na prisão contribuíram com o tom mórbido do caso.

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Legenda da foto, Angelita Muxfeldt, primabet7k minesGularte, fala com jornalistas após encontrá-lo pela última vezbet7k minesNusakambangan
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Legenda da foto, Irmãbet7k minesum dos condenados australianos desmaiabet7k minesporto que dá acesso à ilha onde execuções foram realizadas

A família nutria esperançasbet7k minesuma reviravolta final no casobet7k minesGularte, tida como improvável. Antes da execução, a Justiça indonésia havia ignorado recurso da defesa que pedia revisão da decisão do presidente, Joko Widodo,bet7k minesnegar-lhe clemência, disse o advogado.

Outra tentativabet7k minesreverter a sentença - o pedidobet7k minestransferência da guardabet7k minesGularte parabet7k minesprima - teve audiência marcada para o dia 6bet7k minesmaio, depois da execução, o que foi criticado pela defesa do brasileiro.

Outros sete prisioneiros foram executados por fuzilamento junto com Gularte - dois da Austrália, três nigerianos, um ganense e um indonésio. Uma condenada filipina foi poupadabet7k minesúltima hora.

As execuções foram realizadas apesarbet7k minespressão dos países dos condenados, da Organização das Nações Unidas ebet7k minesgruposbet7k minesdireitos humanos.

Widodo justificou as execuções - que têm apoio popular na Indonésia - dizendo que o país estábet7k minessituaçãobet7k mines"emergência" devido às drogas. Segundo ele, 33 indonésios morrem todos os diasbet7k minesconsequênciabet7k minesnarcóticos.