Praia, massagem e ecstasy: por que mercado das drogas prospera na Indonésia:one 1xbet

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Legenda da foto, Bali é um dos principais destinos para turistas estrangeiros na Indonésia

<link type="page"><caption> Leia mais: Quem é o brasileiro a ser executado</caption><url href="http://www.bbc.co.ukhttp://vesser.net/noticias/2015/03/150311_brasileiro_indonesia_condenado_perfil_fd" platform="highweb"/></link>

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Não é difícil, então, ver o apelo que Bali tem para traficantes, que miram um mercado que as próprias autoridades classificam como grande e a perspectivaone 1xbetdinheiro fácil e rápido.

A ilha conta parte do problema na Indonésia, que integra uma das rotas mais conhecidasone 1xbettráfico no Sudeste Asiático e é um grande centroone 1xbetprodução e consumo.

O país está numa "emergência" devido às drogas, diz o presidente Joko Widodo, que neste ano retomou as execuçõesone 1xbettraficantes, por fuzilamento, apesarone 1xbetpressão internacional para que reverta as penas.

Nove presos deverão ser executados nos próximos dias, entre eles o paranaense Rodrigo Muxfeldt Gularte,one 1xbet42 anos, preso no aeroportoone 1xbetJacartaone 1xbet2004 com 6 kgone 1xbetcocaína escondidosone 1xbetpranchasone 1xbetsurfe.

Ele poderá ser o segundo brasileiro a ser executado na Indonésia por tráficoone 1xbetdrogas. Em janeiro, o carioca Marco Archer Cardoso Moreira, que teria até dominado o fornecimentoone 1xbetmaconhaone 1xbetBali, foi um dos seis traficantes a serem mortos.

'Grande mercado'

É 1h00one 1xbetum domingoone 1xbetmarço numa das mais populares casas noturnasone 1xbetKuta, quando três funcionários são chamados para atender a uma emergência no banheiro masculino.

Eles tentam ajudar um jovem estrangeiro que não consegue sairone 1xbetuma das cabines privadas – e que parece ter sido trancado por ele mesmo ali dentro.

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Legenda da foto, Estimativa é que 3,5 milhõesone 1xbetturistas estrangeiros tenham visitado Balione 1xbet2014

Quando, finalmente, destrava a porta, parece desorientado. Corre para a pia, enxagua o rosto e é logo amparado por amigos.

Pouco depois, uma turista estrangeira é carregada por dois amigos, aparentemente sem saber o que acontece aone 1xbetvolta.

Cenas como essa se repetem diversas vezes e é difícil dizer se estão relacionadas ao usoone 1xbetdrogas. Mas todos parecem concordar que o consumo delas é frequente nas festas aqui.

Gusti Ketut Budiartha é o chefe do escritórioone 1xbetBali da agência antinarcóticos indonésia, a BNN. Desde 2011, ele lidera uma equipeone 1xbet100 policiais que patrulham a ilha para coibir o comércioone 1xbetdrogas.

Bali tem cercaone 1xbet4,2 milhõesone 1xbetmoradores, e a estimativa éone 1xbetque 3,5 milhõesone 1xbetturistas estrangeiros estiveram na ilhaone 1xbet2014.

Números que fazemone 1xbetBali "um grande mercado" para traficantes, diz Budiartha.

"Há uma relação entre drogas e turismo... Alguns turistas, nem todos, usam drogas. Genteone 1xbettodo o mundo vem a Bali. Todo mundo olha para Bali e alguns precisam fazer dinheiro. Há um mercado para drogas", disse ele à BBC Brasil.

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"(Bali) é um destino turístico famoso e, geralmente, pessoasone 1xbetférias querem ter prazer. E, para alguns, isso inclui drogas".

Mas os estrangeiros são apenas parte do problema, diz ele: o desenvolvimentoone 1xbetBali, com a expansão da infraestruturaone 1xbetturismo para áreas antes isoladas, teria impulsionado o usoone 1xbetdrogas também pela população local, a partir do contato mais intenso com visitantesone 1xbetfora.

'Qualquer coisa'

Policiais são vistos nas regiões mais movimentadas, mas parecem incapazesone 1xbetpatrulhar todas as vielas que cortam a ilha, onde vendedores oferecem também cogumelos mágicos ou medicamentos e estimulantes como Viagra, Cialis ou efedrina.

Sentado na entradaone 1xbetuma lanchonete, um jovem diz ter "qualquer coisa que você quiser".

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Legenda da foto, Autoridades dizem que desenvolvimentoone 1xbetturismo impulsionou consumoone 1xbetdrogas pela população local

Maconha é, historicamente, a droga mais usada na Indonésia.

Mas, nos últimos anos, houve um aumento expressivo no consumoone 1xbetecstasy e metanfetamina – conhecida localmente como "shabu" -, diz um relatório da Organização das Nações Unidas, que apontou um crescimento no númeroone 1xbet"fábricas"one 1xbetdrogas sintéticas no país.

Também são populares cocaína e heroína.

"(Turistas) vêm para cá com diferentes objetivos. Alguns estrangeiros vêm para cá só para usar drogas", diz I Made Adi Mantara, diretor do centroone 1xbetreabilitação Yakeba,one 1xbetBali.

"Tem um mercado, muitos usuários. Tem dinheiro. É lucrativo... As pessoas oferecem drogas para você na rua. Não é difícil. Qualquer coisa que você quiser, eles vão te oferecer".

A Indonésia tem 250 milhõesone 1xbethabitantes. O presidente Widodo diz haver cercaone 1xbet4,5 milhõesone 1xbetusuáriosone 1xbetdrogas no país, e que entre 40 e 50 indonésios morrem todos os dias por causaone 1xbetnarcóticos - mas muitos questionam a veracidade destes números.

"Todo mundo presta atenção a Bali por causa dos estrangeiros. Masone 1xbetJacarta eone 1xbetoutras cidades o problema é maior queone 1xbetBali", disse Mantara.

Na verdade, a aparente venda fácilone 1xbetdrogas não é diferente da realidadeone 1xbetoutros países da região, também populares destinos para estrangeiros.

Na Tailândia, por exemplo, o usoone 1xbetalucinógenos é conhecido nas famosas festas da Lua Cheia. Ou no Camboja, onde a "pizza feliz", salpicadaone 1xbetmaconha, parece ser item obrigatório no cardápioone 1xbetturistas.

Execuções têm efeito?

Ferni Yuniarti Pozaddier tem 35 anos e é ex-usuáriaone 1xbetdrogas. É HIV positivo e disse já ter provado "de quase tudo". Já vendeu drogas e conta que, antes da repressão maior, comprá-las "era muito barato". "Agora, é muito, muito caro".

Essa é uma observação ouvida com frequênciaone 1xbetBali. Numa das abordagens na rua, um vendedor oferece uma pílulaone 1xbetecstasy ao equivalente a US$ 50.

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É difícil saber o que está sendo vendido e por quem – tópico frequenteone 1xbetdiscussão aqui eone 1xbetfóruns na internet, onde usuários alertam para "armadilhas" e o perigoone 1xbetcomprar drogas nas ruas.

Policiais trabalham à paisana para detectar vendedores e compradoresone 1xbetdrogas.

Há, também, relatosone 1xbetagentes associados a traficantes que, ao flagrar estrangeiros com drogas, cobrariam propinas que chegariam a milharesone 1xbetdólares num país habituado a casosone 1xbetcorrupção.

Budiartha, da polícia antinarcóticosone 1xbetBali, disse ter havido casosone 1xbetpoliciais demitidos por estarem envolvidos com gruposone 1xbetdrogas, mas não citou casos atuais.

A maior fiscalização das autoridades indonésias tem sido elogiada internacionalmente, mas fronteiras porosas e corrupção endêmica seguem como grandes desafios na luta contra o tráficoone 1xbetdrogas, alertou o Departamento do Estado americanoone 1xbetrelatório divulgado no ano passado.

Parte do tráfico no país seria, inclusive, comandado por líderesone 1xbetdentroone 1xbetprisões indonésias, onde a corrupção é conhecida e acusaçõesone 1xbetfavorecimento são generalizadas.

E nem a retomada das execuções parece afastar traficantes. "Na minha opinião, as execuções não têm efeito", diz Budiartha.

Em janeiro, a agência antidrogas indonésia confiscou maisone 1xbet860 kgone 1xbetmetanfetaminas, no que autoridades consideraram a maior apreensãoone 1xbetdrogas da história do país, segundo a imprensa local.

Sinalone 1xbetque o mercado, à primeira vista, segue atrativo.