Mulheres se mobilizam, e machismo vira tema central das eleições na Bolívia:party slot casino

Mulheres protestam contra machismo na Bolívia / Crédito: AP

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Legenda da foto, Mulheres protestam contra machismo na Bolívia

O resultado da campanha, por enquanto, foi a renúnciaparty slot casinodois candidatos ao Congresso envolvidosparty slot casinocasosparty slot casinoviolência contra a mulher.

Um deles foi Adolfo Mendoza, senador do Movimento pelo Socialismo eleito por Cochabamba – ele foi acusadoparty slot casinoabuso porparty slot casinoesposa.

O outro foi Jaime Navarro, candidato do partidoparty slot casinooposição, a Unidade Democrática, também denunciado pela esposa por ter batido nela.

Ambos negam as acusações.

No passado, era comum ouvirparty slot casinocampanhas expressões e discursos sexistasparty slot casinotodos os tiposparty slot casinocandidatos, e não acontecia nada, escreveu a analista e ex-senadora Erika Brockmann no jornal "El Diario".

"Neste ano, surpreende a intensidade e o conteúdo da sérieparty slot casinoreações antimachistas que invadem a atmosfera eleitoral", acrescentou.

"O ponto positivo sobre esse movimento antimachista é que é a primeira vez na história que esse tema é tratado como central na eleição."

"Política machista"

Segundo os defensores da campanha "Machista, fora da lista", o objetivo era denunciar e punir os partidos que trazemparty slot casinosuas listas eleitorais candidatos acusadosparty slot casinoviolência contra as mulheres ou que tenham protagonizado atos machistas.

Algo, aliás, comum na política boliviana.

Protesto contra o machismo na Bolívia / Crédito: AP

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Legenda da foto, Até presidente Evo Morales já fez comentários machistas com mulheres na Bolívia

"Este movimento surgiu porque, nos últimos dois anos, foram muito recorrentes declarações e ações machistasparty slot casinopolíticos e isso é repetidoparty slot casinooutros lugares", disse à BBC Elizabeth Peredo, psicóloga social.

"A política boliviana é profundamente machista, assim como é a sociedade. Eles se justificam dizendo que o machismo é cultural e, portanto, não há autocríticaparty slot casinoseus líderes", acrescenta.

Na Bolívia, muitos ainda se lembramparty slot casinoquando o presidente Evo Morales, ao visitar uma minaparty slot casino2012, aproximou-separty slot casinoduas trabalhadoras perguntando se eles eram "perfuradoras ou perfuradas."

A situação gerou risadas dos seus companheiros do sexo masculino e deixou as mulheres coradasparty slot casinoconstrangimento.

Outra situação marcante aconteceu com o prefeitoparty slot casinoSanta Cruz, Percy Fernández, que apalpou uma jornalistaparty slot casinoum evento público e chamou-aparty slot casino"mesquinha" quando ela se desvencilhou dele no meioparty slot casinouma entrevista.

Mas o que acabouparty slot casinovez com a paciência das mulheres e fez com que elas se unissemparty slot casinotorno da campanha "Machista, fora da lista" foram declarações do candidato ao Senado Ciro Zabala, do MAS, partidoparty slot casinoMorales.

Zabala propôs "ensinar as mulheres a se comportarem" para evitar a violência.

As sugestões dele incluíam "ter cuidado com certos tiposparty slot casinoroupas, atitudes, e com pessoas que se entregam ao álcool". Os comentários dele forçaram o presidente a vir a público para se desculpar.

No entanto, desta vez as feministas não aceitaram apenas a renúncia do candidato, absolvido por Morales com o argumentoparty slot casinoque se tratavaparty slot casinoalguém "novo na política". E foram às ruas para chamar a atenção da sociedade para o problema.

Assassinatos

No ano passado, a Bolívia aprovou uma lei para prevenir e reprimir os assassinatosparty slot casinomulheres por questõesparty slot casinogênero.

Mas as feministas argumentam que, na ausênciaparty slot casinofinanciamento, a lei não foi capazparty slot casinoacabar com a violência nos últimos meses.

Embora não existam números oficiais, o Centroparty slot casinoInformação e Desenvolvimento da Mulher da Bolívia (Cidem), que realiza o monitoramentoparty slot casinocasosparty slot casinoviolência doméstica relatados, contabiliza 59 casosparty slot casinofeminicídio (assassinatosparty slot casinomulheres relacionadas a seu sexo) entre janeiro e junhoparty slot casino2014.

Protesto contra machismo na Bolívia / Crédito: EPA

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Legenda da foto, De janeiro a julho, 59 mulheres foram assassinadas na Bolívia por violência doméstica

Outras 40 mulheres morreram vítimas da faltaparty slot casinosegurança das cidades, alerta a entidade.

Segundo a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), a Bolívia está no topo da listaparty slot casino13 países da América Latina com mais casosparty slot casinoviolência física contra mulheres e é a segundaparty slot casinotermosparty slot casinoviolência sexual.

A organização afirma que seteparty slot casinocada 10 mulheres bolivianas sofreram algum tipoparty slot casinoviolênciaparty slot casinosuas vidas.

Embora a Bolívia tenha sido reconhecida internacionalmente pelo seu sucesso na redução da pobreza, o crescimento macroeconômico e a integração com as comunidades indígenas não resolveram este grave problema.

"Por vezes tenta-se estabelecer uma relação entre superar pobreza ou lutar contra o capitalismo e reduzir a violência e discriminação contra as mulheres", diz Elizabeth Peredo.

"A Bolívia é um sinal claroparty slot casinoque não é assim, eles não estão superando essas estruturas tão arcaicas para permitir um verdadeiro desenvolvimento da sociedade."