A coalizão21 cassinoObama contra o Estado Islâmico vai funcionar?:21 cassino
Por que os EUA estão adotando uma posição dura contra o Estado Islâmico?
A escala e o escopo do EI o destacam21 cassinooutros grupos jihadistas até agora. A organização controla grandes parcelas21 cassinoum território que abrange a Síria e o Iraque, já capturou grandes quantidades21 cassinoarmamento e tem consideráveis recursos financeiros.
Isso tudo faz o EI mais semelhante a um "quase-Estado" do que a um grupo terrorista organizado21 cassinocélulas. Sua ambição21 cassinocriar um califado islâmico e21 cassinose expandir ainda mais faz dele uma ameaça aos aliados dos americanos na região. A presença21 cassinocombatentes estrangeiros entre suas patentes mais altas também levanta a hipótese21 cassinoatentados contra o Ocidente.
Que tipo21 cassinoapoio John Kerry conseguiu obter?
Os Estados Unidos obtiveram um forte apoio, ao menos no papel,21 cassinopaíses pró-Ocidente na região.
Entre as medidas requeridas dos Estados não há apenas ações militares. Também devem ser colocados21 cassinoprática o controle21 cassinofronteiras, repressão o financiamento do EI, além21 cassinoesforços contra a propaganda ideológica para impedir que mais estrangeiros se juntem ao grupo.
Alguns aliados21 cassinoWashington já estão elevando o tom, entre elas a Austrália, que anunciou o envio21 cassinouma equipe21 cassino600 especialistas inicialmente para os Emirados Árabes. O grupo incluiria combatentes21 cassinoforças especiais para treinar militares iraquianos e curdos, além21 cassinoseis caças F-18 Super Hornet e outras aeronaves21 cassinoapoio.
A França também parece estar disposta a se envolver militarmente.
Um alto general americano – John Allen – foi apontado para coordenar o que parece ser uma extensa coalizão que pode persistir por um tempo considerável.
Os países da região podem cumprir a tarefa sozinhos?
Eles simplesmente não têm as habilidade e capacidades necessárias. Mesmo as tropas iraquianas treinadas e equipadas pelos Estados Unidos não resistiram ao ataque do EI. Contudo, elas estavam enfraquecidas por problemas21 cassinocorrupção e favoritismo surgidos durante o governo do premiê Nouri Maliki.
Os Estados Unidos e seus aliados ocidentais não devem usar suas tropas terrestres, mas tomarão as medidas necessárias para que as tropas locais recebam o apoio aéreo necessário para ter sucesso.
Na Síria, onde a situação é mais complexa e não deve haver uma força terrestre apoiada pelo Ocidente e pelos países árabes, os bombardeios americanos devem ser guiados por informações21 cassinointeligência – com o objetivo21 cassinoenfraquecer lideranças e destruir instalações do EI.
A Grã-Bretanha participará dos ataques?
Apesar dos sinais21 cassinoque os britânicos se juntarão à coalizão, ainda não está claro quando o anúncio21 cassinoparticipação militar ocorrerá e se ela se restringirá apenas ao Iraque ou se ocorrerá também na Síria.
A Grã-Bretanha já participou do resgate21 cassinomembros da comunidade Yazidi e pode acionar rapidamente caças Tornado, uma avião21 cassinocoleta21 cassinodados21 cassinointeligência e helicópteros Chinook.
Mas o premiê David Cameron tem que lidar com fatores domésticos. Pode haver resistência no Parlamento e o referendo na Escócia pode atrasar eventuais decisões. Isso porque o governo teme que mais eleitores votem pela independência para não se envolver no que entendem por guerras da Grã-Bretanha.
Mas por outro lado o assassinato21 cassinoum cidadão britânico pelo EI pode compelir Cameron a agir.
Se os EUA são tão poderosos, por que precisam21 cassinoaliados?
Por razões políticas e práticas. Os Estados Unidos deixaram um legado amargo na região devido aos erros da campanha militar que derrubou Saddam Hussein.
Além disso, os aliados árabes21 cassinoObama acreditam que ele tem vacilado21 cassinoagir decisivamente.
Assim, criar uma coalizão ampla é importante no Oriente Médio – para convencer a população local que essa não será mais uma reedição da Guerra do Iraque. E também para o público interno dos Estados Unidos, que deve ser persuadido21 cassinoque tropas terrestres americanas não entrarão21 cassinocombate, uma vez que essa tarefa será21 cassinoaliados regionais.
A guerra pode ser travada sem o Irã e a Síria?
O Irã é um fator vital e seu apoio é essencial para que o governo21 cassinoBagdá resista aos assaltos do EI.
Mas os Estados Unidos insistem que não pode haver uma relação explícita com Teerã – apesar21 cassinoconversações estarem acontecendo à margem dos grandes encontros internacionais.
Outro problema é que apesar dos interesses americanos, iranianos e árabes convergirem21 cassinorelação ao Iraque, isso não acontece na Síria. O Irã é um dos poucos países que ainda apóiam o regime21 cassinoBashar Assad.
Apesar do governo sírio também estar lutando contra o EI, a coalizão não vai querer ter laços explícitos com Damasco.
Esse é um caso21 cassinoque o inimigo do meu inimigo não é meu amigo.
Então, enquanto a situação na Síria não for resolvida, o país continuará como um refúgio para as forças do EI.
Qual a diferença dessa coalizão21 cassinorelação às anteriores?
Todas as coalizões tendem a ser similares até um certo ponto e, ao mesmo tempo, serem diferentes das formadas21 cassinocrises anteriores.
Em 1991 uma coalizão21 cassinocerca21 cassino30 países foi formada para tirar forças iraquianas do Kuwait.
Ela incluiu potências como França e Grã-Bretanha e Estados árabes como Arábia Saudita, Egito e até Síria.
A diferença é que tratava-se21 cassinouma campanha militar curta, com um objetivo claro e tangível.
Já desde 1121 cassinoSetembro o esforço amplo contra a al Qaeda envolveu uma grande quantidade21 cassinopaíses21 cassinooperações21 cassinopaz no Afeganistão.
Mas as ações eram menos formais e as ameaças diferenciadas e difusas – com ramos do grupo extremista operando no Iraque, Iêmen e na África.
A campanha também envolveu ataques21 cassinodrones americanos e atividades conduzidas por forças militares locais.
Além disso a ação reuniu elementos21 cassinocontra insurgência e contraterrorismo.