Adolescente tem três pais biológicos:https lampions bet
Mas, embora o tratamentohttps lampions betfertilidade que viabilizou o nascimentohttps lampions betAlana tenha sido proibido nos Estados Unidoshttps lampions bet2002, é possível que, no futuro, outras pessoas venham a ter características parecidas com ela.
Isto porque as autoridades da Grã-Bretanha estão pensandohttps lampions betlegalizar uma nova técnica similar, que utilizaria mitocôndriashttps lampions betdoadores para tentar evitar que bebês herdem doenças genéticas.
O novo método é chamadohttps lampions betsubstituição mitocondrial e, caso seja aprovado pelo Parlamento britânico, tornaria o país o único do mundo a permitir a concepçãohttps lampions betbebês com "três pais biológicos".
https lampions bet Transferência citoplasmática
A técnica que permitiu o nascimentohttps lampions betAlana é um tratamento para infertilidade chamadohttps lampions bettransferência citoplasmática.
Sua mãe, Sharon Saarinen, tentou engravidar por cercahttps lampions betdez anos por meiohttps lampions betinúmeros procedimentoshttps lampions betfertilização in vitro."Eu me sentia inútil. Me sentia culpada por não poder dar um filho a meu marido", lembra Sharon.
A transferência citoplasmática começou a ser aplicada no final dos anos 1990 pelo médico Jacques Cohen ehttps lampions betequipe no St. Barnabus Institutehttps lampions betNova Jersey, nos Estados Unidos.
Como parte da técnica, Cohen transferiu para os óvuloshttps lampions betSharon Saarinen o citoplasmahttps lampions betuma doadora contendo mitocôndrias. Os óvulos foram posteriormente fertilizados pelo esperma do maridohttps lampions betSharon.
Como pequenas porçõeshttps lampions betmitocôndrias foram transferidas com o citoplasma, traços do DNA da doadora permaneceram no embrião.
Consideradas as "fábricas das células", as mitocôndrias são pequenas estruturas que produzem a energia que nossas células precisam para funcionar e, por isso, também contêm DNA.
A técnicahttps lampions bettransferência citoplasmática aplicada na clínicahttps lampions betCohen permitiu o nascimentohttps lampions betoutras 16 crianças, alémhttps lampions betAlana. Mas alguns problemas levantaram dúvidas a respeito da saúdehttps lampions betalgumas delas.
"Tivemos um aborto. Mas, considerando que houve 12 gestações, estava dentro do esperado", afirma Cohen, que explica que ele ehttps lampions betequipe atribuiram a causa mais provável do aborto ocorreu ao fato do feto não ter um cromossomo X.
"Houve outra gravidez,https lampions betgêmeos, na qual um (dos bebês) era inteiramente normal e o outro tinha um cromossomo X faltando".
Segundo Cohen, os dois casos preocuparam os médicos, que reportaram os problemashttps lampions betestudos ehttps lampions betum painel que avaliou os procedimentos.
Entre os outros bebês, embora aparentemente saudáveis no nascimento, pelo menos um apresentou problemas cognitivos cercahttps lampions betdois anos depois. O médico, no entanto, diz que é dificil saber se a doença tem relação com o procedimento.
De acordo com Sharon Saarinen, Alana é uma adolescente normal e saudável. " Ela sempre foi. Nunca teve mais do que um resfriadohttps lampions betvemhttps lampions betquando", diz.
Embora outras clínicas tenham copiado a técnicahttps lampions betCohen – o que pode ter resultado no nascimentohttps lampions betaté 50 criançashttps lampions bettodo o mundo –, a agência americana que regula questões relacionadas a alimentos e remédios, a FDA, baniu o procedimentohttps lampions bet2002, alegando preocupações éticas ehttps lampions betsegurança.
Entre as maiores objeções ao tratamento levantadas na época, estava a preocupaçãohttps lampions betque crianças como Alana passassem seu código genético pouco comum para os filhos, e que estes passasem as modificações para as gerações posteriores, um processo com consequências são difíceishttps lampions betprever.
https lampions bet Polêmica
Apesar da preocupação, diz Cohen, a faltahttps lampions betrecursos impossibilitou por anos o acompanhamento da saúdehttps lampions betcrianças que, como Alana, foram geradas com a utilização da técnica.
Agora, o St. Barnubus Institute iniciou um outro estudo para avaliar seu progresso,https lampions betum momentohttps lampions betque a segurança do procedimento está sob escrutínio devido à decisão britânica, que pode liberar o uso do tratamento similar conhecido como substituição mitocondrial e pelo qual as mitocôndriashttps lampions betuma doadora são utilizadas para gerar bebês.
A terapiahttps lampions betdiscussão no Parlamento britânico não estaria disponível, no entanto, para pessoas que sofrem com problemashttps lampions betfertilidade, mas só para pacientes que têm doenças mitocondriais e que podem passar a enfermidade para seus filhos.
A maneira como o procedimento será utilizado – caso aprovado - também ainda precisa ser determinada, já que a substituição mitocondrial pode ser feita por meiohttps lampions betduas técnicas distintas, dependendo do momentohttps lampions betque os óvulos são fertilizados (veja quadros).
De acordo com o professor Doug Turnbull, da Universidadehttps lampions betNewcastle, doenças mitocondriais costumam atacar órgãos e tecidos que dependemhttps lampions betmuita energia.
"Esta condição pode envolver o coração, o cérebro ou os músculos. Essas pessoas podem ter problemas sérioshttps lampions betcoração ou precisarhttps lampions betrespiradores ou cadeirashttps lampions betrodas. Podem ainda desenvolver epilepsia ou demência", diz Turnbull, que está entre os cientistas que desenvolveram as novas terapias para tratar o problema.
Segundo o médico, a deficiência ainda não tem cura e afeta umahttps lampions betcada 3 mil ou 5 mil pessoas na Grã-Bretanha, o que justificaria um tratamento que evitasse que o problema continuasse afetando novos bebês.
"Não estamos tentando criar características que tornam as pessoas mais fortes ou fazem com que elas tenham cabelos loiros. Estamos tentando prevenir doenças, e acho que esta é a única justificativa para se fazer isso", diz.
Para outros especialistas, a técnica pode criar um precedente perigoso para permitir a criaçãohttps lampions betseres humanos genéticamente modificados.
"Esta legislação autorizaria a alteração dos geneshttps lampions betum indivíduo, algo que é definido pela Cartahttps lampions betDireitos Humanos da União Europeia como eugenia", diz a parlamentar britânica Fiona Bruce, que lidera a frente parlamente Pró-Vida.
"Não sabemos para que essa técnica será usada no futuro. Estamos abrindo uma Caixahttps lampions betPandora".
A agência reguladora britânica HFEA (Autoridade para Fertilização Humana e Embriológica, na siglahttps lampions betinglês), após três revisões independentes, concluiu que a técnica "não é insegura".
Segundo Peter Braude, professor do King's College London que participou das revisões, isso significa que "após alguns experimentos adicionais, seria razoável colocar a técnicahttps lampions betprática clínica, desde que algumas condições sejam cumpridas".
Já Ted Morrow, um biólogo evolutivo da Universidadehttps lampions betSussex, que fez experimentoshttps lampions betsubstituição mitocondrialhttps lampions betanimais, levanta dúvidashttps lampions betrelação àhttps lampions betsegurança.
"Em camundongos, houve mudanças emhttps lampions bethabilidade cognitiva. Em drosófilas e besouros, houve mudanças na fertilidade masculina e no envelhecimento", diz.
A HFEA diz que as conclusõeshttps lampions betMorrow não são relevantes para humanos, enquanto o biólogo afirma que seus resultados não deveriam ter sido descartados tão rapidamente.