Brancos e negros ainda vivem separados nos EUA?:pangabet freebet
Mas as tensões raciais permanecem subjacentes, à esperapangabet freebetepisódios como o ocorridopangabet freebetFerguson para voltar à tona.
Subúrbio pobre do Estado americano do Missouri, Ferguson foi palco da mortepangabet freebetMichael Brown,pangabet freebet18 anos, por um policial branco na semana passada. O jovem estaria desarmado.
A mortepangabet freebetBrown causou revolta e desencadeou uma ondapangabet freebetprotestos, à luz da polarização racial ainda existente no país.
Na terça-feira, um segundo jovem negro foi morto, adicionando maior comoção à reação popular.
Alta segregação
Mas, há três décadas, Ferguson era um lugarpangabet freebetmaioria branca. Em 1980, segundo dados do Censo americano, 85%pangabet freebetseus habitantes declaravam-se brancos.
Mas progressivamente os brancospangabet freebetFerguson foram deixando a cidade e hoje a proporção racial da população se inverteu:pangabet freebetseus 21 mil habitantes, 15 mil são negros.
Ferguson não é um caso isolado nos Estados Unidos e, à medida que mais negros deixam as cidades para se estabelecer nos subúrbios, é comum ver bairros ou mesmo cidades americanas onde eles têm um peso importante no contexto populacional.
"Tem havido uma 'suburbanização' da população negra e muitos subúrbios que eram comunidades predominantemente brancas agora são mistas ou negras", disse à BBC Mundo, o serviçopangabet freebetespanhol da BBC, Reynolds Farley, especialistapangabet freebetdemografia da Universidadepangabet freebetMichigan.
Um estudopangabet freebet2011 da Universidadepangabet freebetBrown,pangabet freebetRhode Island, analisou a composição média dos bairros americanos e constatou que o "branco típico" do país vivepangabet freebetum bairro onde 75% da população é branca e 8% é negra.
Já o típico negro, porpangabet freebetvez, vivepangabet freebetum bairro onde 45% pertencem àpangabet freebetraça e 35% são brancos.
Uma das conclusões do estudo, chamado A persistência da segregação na metrópole, é que negros e brancos têm relativamente poucos vizinhospangabet freebetoutra raçapangabet freebetseus próprios bairros.
"A segregação entre negros e brancos permanece ainda muito elevada", diz o estudo. O documento mostra, no entanto, que a distância entre as raças vem diminuindo lentamente desde os anos 70.
Duas das razões para esse declínio são os movimentos migratórios da população negra para áreas menos segregadas do país ou para os subúrbios.
Na mesma pesquisa, fica claro que San Luis, a maior cidadepangabet freebetFerguson, se situavapangabet freebet2010 como uma das áreas metropolitanas mais segregadas dos Estados Unidos.
Outro lado
Mas um levantamento demográfico feito pelo Instituto Manhattanpangabet freebetPesquisa Política, uma entidade conservadora sediadapangabet freebetNova York, diz o contrário.
O estudo concluiu que as cidades nos Estados Unidos atingiram o seu mais alto nívelpangabet freebetintegração racial desde 1910: os bairros totalmente brancos praticamente desapareceram e os chamados "guetos" estãopangabet freebetdeclínio.
"Em 2010, a segregação racial estavapangabet freebetseu nível mais baixopangabet freebetquase um século", diz o estudo. "Há 50 anos, quase metade da população negra vivia no que poderia ser chamadopangabet freebetum bairro "gueto", com uma proporçãopangabet freebet80% afro-americanos. Hoje, essa proporção caiu para 20%".
Na épocapangabet freebetsua publicação, o relatório provocou a irapangabet freebetespecialistas no assunto. Segundo eles, a segregação não foi erradicada nos Estados Unidos.
Para Farley, o estudo "superestimou a integração" que teria ocorrido nos Estados Unidos.
Um dos autores da pesquisa, Jacob Vigdor, que agora leciona na Universidadepangabet freebetDuke, na Carolina do Norte, esclareceu à BBC Mundo que não disse que "os (bairros) deixarampangabet freebetser segregados; apenas afirmamos que o país registrou a maior integração racial desde 1910".
Vigdor acrescentou que a redução da segregação reflete tendências que não são observadaspangabet freebetsubúrbios localizados próximos das cidades, mas sim naqueles mais distantes ou nas próprias periferias da metrópole.
Ele enfatizou que,pangabet freebetrelação às últimas décadas, o país mudou.
"Dois terços da populaçãopangabet freebetFerguson é negra", diz ele.
"Há 40 anos, não havia uma comunidade sequer nos Estados Unidos que registrava tal proporção. Ou havia 5%pangabet freebetnegros ou maispangabet freebet90%pangabet freebetnegros".
Já Reynolds Farley, da Universidadepangabet freebetMichigan, acredita que, apesar dos progressos consideráveispangabet freebetalgumas áreas, ainda existem muitos desafios para que o sonhopangabet freebetMartin Luther King se concretize.
"Quando pessoas pobrespangabet freebetum determinado grupo racial se concentrampangabet freebetuma área, há uma faltapangabet freebetoportunidades e há maior relutânciapangabet freebetinvestir nessas áreas."
"Há efeitos remanescentes da segregação residencial-racial", conclui.