Eleições 2014: Veja os possíveis cenários para o PSB sem Eduardo Campos:esporte bet mobile

Pedestre passaesporte bet mobilefrente ao comitê da campanha Campos-Marina no Recife (EPA)

Crédito, EPA

Legenda da foto, Definição sobre candidato será tomada pelo PSB após o sepultamentoesporte bet mobileCampos

A coligação não precisa necessariamente lançar um pessebista; ela poderá nomear o membroesporte bet mobileoutro partido da coalizão, desde que o PSB abra mãoesporte bet mobilesua preferência para indicar o novo candidato.

A BBC Brasil listou os quatro possíveis cenários que se abrem para o PSB na disputa, abordando os obstáculos para que cada um deles se concretize.

Marina assume a cabeça da chapa

Campos e Marina (AFP/ Getty)

Crédito, AFP

Legenda da foto, Analistas apontam que opção natural é Marina ser a candidata da coligação

Neste cenário, tido por analistas como o mais natural, Marina concorreria à Presidência pelo PSB. A ex-senadora filiou-se à sigla no ano passado, após a Justiça Eleitoral rejeitar a criaçãoesporte bet mobileseu partido, a Rede Sustentabilidade.

A coalizão poderia, então, nomear para o cargoesporte bet mobilevice algum político tradicional do PSB, para manter algum controle sobre a chapa.

Pesam a favoresporte bet mobileMarinaesporte bet mobilepopularidade (ela obteve 19% dos votos na última eleição presidencial,esporte bet mobile2010) e a relação que construiu com Campos após a o lançamento da candidatura. Apesar das divergências políticas entre os dois, ambos exaltavam a dobradinhaesporte bet mobilepúblico, e Marina ocupava quase tanto espaço na propaganda da chapa quanto Campos.

O irmão do ex-governador pernambucano, Antonio Campos, que é membro do PSB, divulgou nesta quinta uma carta defendendo que Marina assuma a candidatura.

Mesmo assim, a decisãoesporte bet mobilelançar Marina enfrentaria resistências no partido. Caciques pessebistas, como o novo presidente da sigla, Roberto Amaral, e o deputado federal Márcio França (SP), já tiveram importantes divergências com a política acreana.

A relaçãoesporte bet mobileMarina com a cúpula do partido se deteriorou quando ela interveioesporte bet mobilenegociações do PSB para o acertoesporte bet mobilepalanques estaduais. A ex-senadora barrou a aproximação do partido com os ruralistas Ronaldo Caiado (candidato do DEM ao Senado por Goiás) e Ana Amélia (postulante do PP ao governo do Rio Grande do Sul), gesto que irritou dirigentes pessebistas.

Marina defendia que as alianças nos Estados se restringissem a partidos e candidatos alinhados ideologicamente com a chapa do PSB, rejeitando acordos com PT e o PSDB, alémesporte bet mobilegrupos políticos tradicionais ou adversários, como os ruralistas.

Mesmo assim, ela não conseguiu evitar que o PSB se aliasse com o PSDBesporte bet mobileSão Paulo e com o PT no Rio. Marina ainda não anunciou se pleiteará a candidatura.

O PSB escolhe outro político do partido

O PSB poderia nomear para a corrida algumesporte bet mobileseus políticos tradicionais. Os principais dirigentes da sigla hoje são seu novo presidente, Roberto Amaral, os deputados federais Beto Albuquerque (RS) e Márcio França (SP), o senador Rodrigo Rollemberg (DF) e os governadores Renato Casagrande (ES), Ricardo Coutinho (PB), Wilson Martins (PI) e Camilo Capiberibe (AP).

À exceçãoesporte bet mobileAmaral, ex-ministroesporte bet mobileCiência e Tecnologia no governo Lula, todos os outros já são candidatos a outros postos na eleição: Casagrande, Coutinho e Capiberibe concorrem à reeleição nos governosesporte bet mobileseus Estados; Rollemberg disputará o governo do Distrito Federal; Martins e Albuquerque pleitearão vagas no Senado; e França é candidato a vice-governador na chapaesporte bet mobileGeraldo Alckminesporte bet mobileSão Paulo.

Para que assumem a chapa para a Presidência, teriamesporte bet mobileabrir mãoesporte bet mobilesuas candidaturas. Segundo o presidente da Comissão Nacionalesporte bet mobileDireito Eleitoral da Ordem dos Advogados do Brasil, José Norberto Lopes Campelo, caso os candidatos renunciem das disputas nos Estados, eles poderiam ser substituídos por outros postulantes.

A troca, diz Campelo, teriaesporte bet mobileseguir os mesmos procedimentos da substituição na chapa presidencial.

Ao lançar um político do próprio partido para a Presidência, o PSB poderia tentar manter Marina no postoesporte bet mobilevice, mas analistas avaliam que é improvável que ela aceite.

Outro entrave importante é que nenhum dos dirigentes do PSB tem a mesma projeçãoesporte bet mobileCampos ou Marina e correria o riscoesporte bet mobilereceber uma votação ínfima na eleição, diz David Fleischer, professoresporte bet mobileciência política da Universidadeesporte bet mobileBrasília (UnB).

O PSB poderia, ainda, recorrer a membros mais conhecidos, entre os quais o ex-jogador e deputado federal Romário – candidato ao Senado pelo Rio – ou a deputada federal e ex-prefeitaesporte bet mobileSão Paulo Luiza Erundina – candidata à reeleição na Câmara. Nenhum dos dois, porém, exerce hoje influência relevante na direção da sigla.

O PSB escolhe membroesporte bet mobileoutro partido da coalizão

Roberto Freire (Ag Brasil)

Crédito, AG BRASIL

Legenda da foto, Se o PSB for escolher membroesporte bet mobileoutro partido da coalização, Freire é o favorito

Se assim desejar e tiver o apoio da maioria da coalizão, o PSB pode abrir mãoesporte bet mobilelançar um candidato do próprio partido para nomear um postulanteesporte bet mobileoutra sigla coligada.

Nesse caso, o presidente do PPS e deputado federal por São Paulo, Roberto Freire, seria o favorito. Freire atualmente busca a reeleição para a Câmara dos Deputados.

Pernambucano como Campos, Freire é um dos políticos mais experientes da coalizão e é próximoesporte bet mobileMarina Silva.

As outras siglas da coligação (PHS, PRP, PPL e PSL) não contam com políticos conhecidos.

No entanto, o novo presidente do PSB, Roberto Amaral, disse na quarta-feira que "não há a possibilidadeesporte bet mobileabrirmos mãoesporte bet mobilecandidatura própria", o que torna a nomeaçãoesporte bet mobilealguémesporte bet mobilefora da sigla improvável.

A coalizão abre mãoesporte bet mobilelançar candidato

Outra opção possível, ainda que pouco provável, segundo analistas, é a coligação abrir mãoesporte bet mobilelançar um candidato à Presidência.

Nesse caso, a coalizão poderia se manter neutra na disputa ou se aliar, já no primeiro ouesporte bet mobileeventual segundo turno, a uma das duas principais candidaturas: aesporte bet mobileDilma Rousseff (PT) ou aesporte bet mobileAécio Neves (PSDB).

O apoio a Dilma poderia significar, num eventual segundo mandato da presidente, a volta do PSB à base governista,esporte bet mobileonde saiu no ano passado. O endosso a Aécio simbolizaria o desejo da siglaesporte bet mobilefirmar-se no pólo oposto ao PT.

As duas alternativas, porém, contradizem o discursoesporte bet mobileCampos, que postulava buscar uma terceira via na política nacional, que escapasse à polarização PT-PSDB. Para David Fleischer, da UnB, se abrisse mão da disputa presidencial, o PSB encolheria como partido, elegendo menos congressistas e governadores.

"Eles deixariamesporte bet mobileser um partido médio e voltariam a ser um partido pequeno."