Laços religiosos não justificam aliança com Israel, diz líder batista:pixbet imagens

Destruiçãopixbet imagensGaza (AFP)

Crédito, AFP

Legenda da foto, Para pastor, ataques israelensespixbet imagensGaza são ‘desumanos’
  • Author, João Fellet
  • Role, Da BBC Brasilpixbet imagensBrasília

pixbet imagens As afinidades entre o cristianismo e o judaísmo não justificam que cristãos se alinhem politicamente com Israel, diz o pastor Edmilson Vila Nova, um dos principais representantes da Igreja Batista no Brasil.

Em entrevista à BBC Brasil, Nova – que é presidente da Convenção Batista Nacional – afirma que "qualquer igreja evangélica ou católica no mundo tem uma identificação profunda com a históriapixbet imagensIsrael e do judaísmo".

"Mas o fatopixbet imagensjudeus constarem na Bíblia como o povo escolhido não dá a Israel o direitopixbet imagensagir dessa maneira (em Gaza)", diz o pastor – que, na entrevista, disse expressarpixbet imagensopinião pessoal sobre o conflito, já que um posicionamento oficial da Igreja Batista exigiria um amplo processopixbet imagensconsultas.

Uma reportagem da BBC Brasil publicada nesta quarta-feira mostrou que a condenação do governo brasileiro aos ataques israelensespixbet imagensGaza - simbolizada pela decisão da presidente Dilma Rousseffpixbet imagensconvocar o embaixador brasileiropixbet imagensTel Aviv - gerou forte reação contráriapixbet imagenslíderespixbet imagensigrejas evangélicas neopentecostais.

Além dos laços religiosos com locais sagradospixbet imagensIsrael, eles citarampixbet imagensdefesa do país argumentos semelhantes aos que são usados pelo governo israelense – como opixbet imagensque as açõespixbet imagensGaza visam proteger os israelensespixbet imagensataques do Hamas, o grupo palestino que controla o território. Os líderes disseram ainda temer que a deterioração das relações diplomáticas entre Brasil e Israel afete o fluxopixbet imagensperegrinos brasileiros para a Terra Santa.

Para o pastor Edmilson Vila Nova, no entanto, "o que Israel está fazendo é desumano".

"Israel usa uma força muito grande contra quem não tem força, o que termina penalizando pessoas que são inocentes e não têm nada a ver com a situação".

"O fato é que bombardear um lugar pequeno e populoso como Gaza mata pessoas inocentes. Isso se constitui uma ação agressiva, violenta e desproporcional", diz Nova.

Para o pastor, o Hamas é um grupo terrorista e Israel tem o direitopixbet imagensse defenderpixbet imagensseus ataques.

Ele avalia, no entanto, que o país "deveria encontrar outro caminho que não fosse a retaliação por meiopixbet imagensbombardeios".

Nova diz que o Exército israelense poderia se infiltrarpixbet imagensGaza para desmantelar o Hamas, minimizando os impactospixbet imagenssuas ações na população civil.

O governo israelense diz que os alvospixbet imagensbombardeios são escolhidos após análise criteriosa e que as ações são necessárias para destruir instalações militares do Hamas. Afirma ainda que as forças israelenses evitam ao máximo atingir civis, mas que o Hamas usa "escudos humanos" para proteger suas bases.

Até agora, maispixbet imagens1.800 mil palestinos morreram no conflito, empixbet imagensmaioria civis. Já do lado israelense morreram 67 pessoas, três civis. No momento, um cessar-fogo entre as partes trouxe horaspixbet imagens"tranquilidade" à região.

Para o pastor Nova, a solução do conflito requer o reconhecimento do Estado Palestino. "Desde o ano 70, quando Israel foi praticamente destruído pelo Império Romano, até 1948, quando os judeus tiveram reconhecido seu direitopixbet imagensvoltar ao territóriopixbet imagensonde tinham saído, Israel sofreu muita truculência na história", diz.

"O mesmo atopixbet imagensjustiça deveria ter contemplado os palestinos, que enquanto povo também têm o direito a um território."

A BBC Brasil também questionou outras igrejas sobrepixbet imagensposiçãopixbet imagensrelação ao conflitopixbet imagensGaza e a postura do governo brasileiro no episódio.

Em nota, a Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), representante máxima da Igreja Católica no país, disse que "a violência, a mortepixbet imagensinocentes não se justificam, nempixbet imagensuma parte nempixbet imagensoutra".

Questionado sobre a decisãopixbet imagensDilmapixbet imagenschamar o embaixador brasileiropixbet imagensTel Aviv para consultas, o órgão afirmou que o governo "é livre para convocar seus embaixadores".

Outras igrejas contatadas não responderam aos questionamentos.