Para turistas estrangeiros na Copa, o povo é o que háapostas esportivosmelhor no Brasil:apostas esportivos
- Author, Luís Guilherme Barrucho e Renata Mendonça
- Role, Da BBC Brasilapostas esportivosSão Paulo
apostas esportivos A Copa do Mundo começou há exatos 16 dias com algumas dúvidas sobre a capacidade do Brasil para sediar um evento esportivo desse porte. Na mídia nacional e internacional, ainda se questionava se 'o Brasil estaria pronto' para receber os 600 mil turistas estrangeiros esperados e realizar a chamada "Copa das Copas" prometida pelos governantes.
Os atrasos na entrega dos estádios e dos projetosapostas esportivosinfraestrutura - muitos que ainda não ficaram prontos -, os problemas dos aeroportos e a ameaçaapostas esportivosgreves e protestos acabaram fazendo com que o Brasil ficasseapostas esportivosevidência mundo afora às vésperas do Mundial e chegaram até a 'assustar' alguns visitantes que estavam prestes a embarcar para o país.
Mas, passados os primeiros diasapostas esportivoseuforia, o que os turistasapostas esportivosfora - popularmente chamadosapostas esportivos'gringos' - estão achando do Brasil? A BBC Brasil passou as duas últimas semanas ouvindo dezenasapostas esportivosestrangeiros que passaram pelas cidades-sede da Copa para saber quais eram as impressões deles sobre a organização do país para receber o Mundial, a infraestrutura, a hospitalidade dos brasileiros e tudo o que foge dos estereótipos conhecidosapostas esportivos"país do futebol, samba e carnaval".
Nas duas primeiras semanasapostas esportivosCopa, ao menos as previsões mais pessimistas não se confirmaram. Não houve caos aéreo - apesarapostas esportivosalguns aeroportos terem apresentado problemasapostas esportivosatraso, como é comumapostas esportivosperíodosapostas esportivosmuita demanda -, não houve grandes greves, os protestos foram contidos - alguns com certa violência, que acabouapostas esportivosconfronto entre policiais e manifestantes - e a organização dos jogos também foi considerada satisfatória.
"Falaram tanto que o Brasil era violento, que seríamos assaltados, que os estádios não estavam prontos e tudo mais, mas não tivemos nenhum problema, está tudo muito tranquilo até aqui", relatou Neftalí Barría, um chileno que chegou ao Brasil no dia 10apostas esportivosjunho e passou por Cuiabá, Curitiba e São Paulo.
Mas nem tudo foram "flores" para os turistas que desembarcaram no Brasil neste mêsapostas esportivosjunho. Para outro chileno, por exemplo, a experiência no país já havia tido algumas intempéries, como um assalto a 25 companheirosapostas esportivosum albergue nos arredores da capital mato-grossense. O canadense Steven quase passou pela mesma experiência, mas foi mais esperto que os “ladrões” da Vila Madalena, bairro boêmio da zona oesteapostas esportivosSão Paulo.
“Eles pegaram minha carteira, mas era minha carteira falsa”, explicou. Carteira falsa? “É, eu tenho essa carteira aqui com cartõesapostas esportivoscrédito vencidos e até carteiraapostas esportivosmotorista antiga para enganar os ladrões. Quando eles se deram conta, largaram na ruaapostas esportivosnovo. Sou mais esperto que eles”, festejou.
Um outro holandês relatou a faltaapostas esportivosinfraestruturaapostas esportivosalgumas cidades e as obras que atrasaram e ainda estãoapostas esportivoscurso durante o Mundial.
"Fiquei impressionado com as obras que não ficaram prontas, muita coisa por fazer. Acho que a Fifa tinha que ter pressionado mais para as coisas saírem", contou à BBC Siegfried Mulder.
“Os estádios não estão prontos. Estão funcionando, mas não estão prontos”, disse o sul-coreano Sangnin, que passou por Cuiabá, Porto Alegre e São Paulo indo aos jogos da Coreia.
Em 100% das respostas, o principal elogio era sempre o mesmo: "As pessoas são incríveis aqui." A hospitalidade do povo brasileiro foi o que sobressaiu aos olhosapostas esportivostodos os estrangeiros que conversaram com a reportagem. Holandeses, croatas, chineses, uruguaios, ingleses, chilenos, mexicanos, alemães, coreanos, belgas, canadenses, americanos, todos, sem exceção, citaram “as pessoas” como o melhor do Brasil até agora.
"Os estádios são muito bonitos, mas acho que o mais especial é o povo. As pessoas são muito alegres, fantásticas, isso colore a Copa do Mundo", disse o colombiano Elkin.
Entre as críticas, a mais recorrente foi com relação à língua, pelo fato de, principalmente os turistas que não falam português - ou pelo menos espanhol -, terem um poucoapostas esportivosdificuldade para se comunicarem no país.
Unanimidade
Sejaapostas esportivosSão Paulo, Porto Alegre, Salvador, Manaus ou Cuiabá,apostas esportivostodas as regiões do país pelas quais os gringos passaram, não houve um que não destacasse o povo brasileiro com o a principal atraçãoapostas esportivoscada lugar. A acolhida dos nativos foi o que chamou bastante a atenção, principalmente dos europeus, que se disseram "não acostumados" com tamanha simpatia.
"Os brasileiros são extremamente prestativos, sempre querendo ajudar. É incrível", disse a irlandesa Enya. "Passei por Foz do Iguaçu, Curitiba, agora São Paulo. Em São Paulo, assim que desci do metrô e abri o mapa para procurar o hostel, já veio uma pessoa para me ajudar a achar, me explicar o que tinha que fazer. Fiquei impressionada, porque na Irlanda não é assim."
"Nós ficamos muito surpresos, todos os brasileiros estão sendo incríveis com a gente, muito solidários, qualquer lugar que vamos eles perguntam 'vocês precisamapostas esportivosajuda?', por enquanto não houve nenhum problema', sentenciaram os amigos britânicos Sam e Adam.
A solicitude dos brasileiros é tanta que, segundo os torcedoresapostas esportivosfora, falar português já nem se torna tão essencial.
"As pessoas aqui são muito simpáticas. A língua é um problema pequeno, um inglês bem simples é o suficiente, porque as pessoas fazemapostas esportivostudo para ajudar", contou o chinês Rocky.
Organização e protestos
Por causa da onde enormeapostas esportivosprotestos durante a Copa das Confederações no ano passado, a expectativa por mais demonstrações grandes contra a Copa do Mundo cresceu para o período do Mundial
Nessas duas semanasapostas esportivosCopa, porém, ainda não aconteceu nenhum protesto na escala daquelesapostas esportivos2013, o que minimizou o "medo" por parte dos torcedoresapostas esportivosfora quanto a elas. Ainda assim, alguns deles disseram que foram capazesapostas esportivos“entender os motivos das insatisfações” após alguns dias no Brasil.
"Estamos conseguindo entender melhor por que as pessoas estavam reclamando dessa Copa, por que dos protestos e tudo mais”, pontuou o alemão Jan Menke, que veio para o Brasil com quatro amigos para curtir a Copa, mas sem ir aos estádios - "os ingressos estão muito caros", explica ele.
"Conversando com as pessoasapostas esportivostodos os lugares, a gente começa a ter uma noção melhor sobre o que acontece no país. Porque nós somos apenas visitantes, estamos aquiapostas esportivospassagem, está tudo certo, mas as pessoas que vivem aqui têm inúmeros problemas", prosseguiu. Ele e os amigos passaram por Curitiba, São Paulo e Rio.
A organização e infraestrutura das cidades-sede para essa Copa foram pontos bastantes questionados durante toda a conturbada preparação do Brasil para o Mundial por causa, princpalmente, dos atrasos. E alguns torcedores contaram à BBC que sentiram esses problemas na pele durante o torneio.
"O que eu criticaria um pouco seria a infraestrutura. Os estádios estão bons, mas as estradas estão ruins. Em Cuiabá, a única coisa que está pronta é o estádio. Há muitos desvios, muita coisa para fazer", reclamou o chileno Raúl Castro, que está na caravanaapostas esportivosmaisapostas esportivosmil carros que veioapostas esportivosSantiago ao Brasil para acompanhar o Chile no Mundial. Viajandoapostas esportivoscarroapostas esportivoslá até aqui e passando por Cuiabá, Rioapostas esportivosJaneiro e São Paulo, ele relata problemas nas estradas e faltaapostas esportivossinalização.
Já o holandês Siegfried se disse impressionado principalmente com o Rioapostas esportivosJaneiro. Mas ao contrário da maioria dos turistas ouvidos pela BBC, que se mostraram encantados com a beleza da Cidade Maravilhosa, este separou algumas críticas para a futura sede da Olimpíadaapostas esportivos2016.
"O Rio vai sediar os Jogos Olímpicos daqui dois anos e ninguém fala inglês – comércio, restaurantes, nada", disse. "Eu achava que, alémapostas esportivosSão Paulo, o Rio também era uma metrópole. Mas não é. Você já foi ao Cristo Redentor? O que achou? É muito desorganizado!", reclamou. Siegfried passou por Salvador, Rioapostas esportivosJaneiro, Porto Alegre e São Paulo.
Mas, apesarapostas esportivosalguns problemas, a percepção da grande maioria dos turistas a respeito a Copa do Mundo no Brasil éapostas esportivosque ela está sendo uma "grande festa”. E, segundo eles, “os brasileiros sabem como fazer uma festa.”
“Tudo está bom para esse tempoapostas esportivosfesta do futebol.É muito difícil organizar uma Copa, mas você pode ver que tudo está bem organizado, o estádio é bom, seguro, então o Brasil está provando que está pronto para isso", sentenciou o holandês Oscar.