Torcedores fazem 'leilão'jogo vaidebetingressos da Copa nas redes sociais:jogo vaidebet
O ingresso oferecido - jogojogo vaidebetprimeira fase da segunda categoria mais barata - custou R$ 180 pelo site da Fifa, único canal oficialjogo vaidebetvendajogo vaidebetingressos do Mundial. O valor pedido - maisjogo vaidebet10 vezes o preço impresso no ingresso - é um reflexo do "leilão" da Copa nas redes sociais. Entender como funciona é simples: quem dá mais, leva.
Até estratégias típicas do varejo são usadas para "ganhar" compradores. "BAIXOU, BAIXOU, BAIXOU, ESTOU VENDENDO A PREÇO DE CUSTO. Tenho o seguinte jogo: Suíça x Equador Cat 1jogo vaidebetBrasília, 4 ingressos inteiros. Ótimos lugares e lado a lado. R$ 350,00 cada um. Interessados inbox", postou um participantejogo vaidebetum dos grupos, com tomjogo vaidebetcamelô.
Assim como esse, existem outras dezenasjogo vaidebetgrupos no Facebook com o mesmo intuitojogo vaidebetnegociar ingressos da Copa do Mundo. Alguns são fechados e têm um administrador para autorizar a entradajogo vaidebetnovos membros e "gerir" os posts, outros são abertos para quem quiser ver, ler e participar.
O negócio
Tudo começa com o post do anúncio. "Compra, troca ou vende ingresso para qual jogo e por quanto?" O valor, porém, muitas vezes não é negociado publicamente e só é reveladojogo vaidebetmensagens particulares com os vendedores. É justamente aí que começa o "leilão" com as entradas.
Participantes dos grupos relatam que muitas vezes o vendedor aumenta o preço da entrada depoisjogo vaidebetjá ter anunciado um valor inicial - tudo, dizem eles, baseado na lei da oferta e da procura. Sem falar nos perfis falsos com fotos genéricas -jogo vaidebetFuleco,jogo vaidebettaça da Copa, etc - criados somente para fazer negócios com ingressos no Facebook.
Para quem achava os preços da Fifa já um pouco salgados, o "mercado paralelo" da Copa do Mundo oferece opções bem mais indigestas - muito diferentes dos preços impressos nos ingressos.
Quando os valores cobrados destoam muito da realidade, os próprios membros dos grupos tendem a criticar os vendedores publicamente. Uma mulher anunciou ingressos para o jogo da primeira fase entre Bélgica e Rússia da categoria 4 - a mais barata - no Maracanã por R$ 1.100 - 18 vezes o preço cobrado pela Fifa, que éjogo vaidebetR$ 60. Junto com ele, ela colocou uma listajogo vaidebetingressos, sempre pedindo valores pelo menos 10 vezes mais caros do que o oficial. Nos comentários, ela foi alvojogo vaidebetpiadas: "1.300 reais cat 4? HAHAHA, trabalhar ngm quer ne?"
Outra pessoa, no grupo também fechado "INGRESSOS COPA DO MUNDO 2014", que tem maisjogo vaidebet12 mil membros, ofereceu uma entrada da categoria 4 para a semifinal na Arena Corinthians por R$ 3.000 - 27 vezes mais do que o preço pedido pela Fifa no mesmo ingresso (R$ 110).
Os valores exorbitantes são reflexo do grande motivo que tem levado os "torcedores comuns" a criarem o "mercado paralelo da Copa". Uma oportunidadejogo vaidebetganhar muito dinheiro. É isso que leva grande parte deles a negociar os ingressos nas redes sociais. Alguns entram nos grupos realmente porque não conseguirão ir aos jogos que compraram, mas quando se deparam com o "leilão" no Facebook, acabam sendo tentados a lucrarem um pouco (ou muito) mais com suas entradas.
Uma das pessoas com quem a reportagem da BBC Brasil entroujogo vaidebetcontato estava oferecendo o jogo Brasil x México na primeira fase, categoria 3, a R$ 1.800 - 10 vezes mais do que o valor impresso no ingresso. Mas ao negociar a entrega, ela acabou desistindo da tentaçãojogo vaidebetlucrar com a partida: "Meu filho está implorando para não vender, vou com ele ao jogo".
Enquanto uns reclamam do "abuso", outros defendem as "leis" do mercado. "Quero ver achar alguém vendendo pelo preço que pagou com um montejogo vaidebetgente pagando mais. É a lei da oferta e da demanda", comentou um dos membros do grupojogo vaidebetum dos postsjogo vaidebetvenda com preços muito acima dos da Fifa.
Contra a lei
Uma vez negociado o ingresso, os comerciantes das redes sociais partem para o acordo sobre a entrega. A maioria prefere mandar as entradas pelo correio (Sedex), mas algumas marcam um pontojogo vaidebetencontro na cidadejogo vaidebetque moram para efetivarem a venda. O grande problema nesse caso é que existe o risco do flagrante pela polícia.
A Polícia Civil, por meio da Delegacia do Consumidor (Decon), está empenhadajogo vaidebetinibir o comérciojogo vaidebetingressos do Mundial e criou a "Operação Torcedor" justamente para investigar os cambistas. Na terça-feira, uma mulher foi presa vendendo ingressos da Copa do Mundo por R$ 7.000jogo vaidebetum shopping da zona norte do Riojogo vaidebetJaneiro.
Para combater o problema, a Polícia tem adotado açõesjogo vaidebetinteligência e monitoramento, inclusivejogo vaidebetredes sociais, para localizar os "torcedores-cambistas". Segundo o delegado Ricardo Barboza, da Decon do Riojogo vaidebetJaneiro, três pessoas já foram presasjogo vaidebetflagrante e outra não foi autuada, mas está respondendo pelo crimejogo vaidebetcambismo.
"Na Copa do Mundo, as pessoas estão vislumbrando uma oportunidadejogo vaidebetauferir uma renda extra com a vendajogo vaidebetingressos, o que eu estou denominandojogo vaidebet'cambista ocasional'. São pessoas que não fazem desta prática um meiojogo vaidebetvida, mas como os preços estão altos, vislumbram uma oportunidade financeira", disse à BBC Brasil.
A Fifa tem trabalhadojogo vaidebetparceria com as autoridades brasileiras e tambémjogo vaidebetoutros países para acabar com a açãojogo vaidebetcambistas na Copa do Mundo. A entidade não quis revelar detalhes das ações que têm tomado para combater o problema, mas explicou que usa "estratégias legais, operacionais e educacionais" para ajudar a resolver a questão. Na semana passada, a Fifa divulgou um comunicado sobre o tema, alertando as pessoas para a venda ilegal e para os ingressos falsos que estão sendo comercializados.
A entidade reforça que disponibiliza uma plataformajogo vaidebetrevendajogo vaidebetingressos para os torcedores que, por algum motivo, não possam ir a algum jogo que compraram. É a única forma autorizada para revender um ingresso. Nesse caso, eles podem retornar a entrada para a Fifa, que revende o tíquete e repassa o valor pago pelo comprador inicial com um descontojogo vaidebetuma taxajogo vaidebet10%.
Outra medida para diminuir a ação dos cambistas é fazer o ingresso da Copa ser nominal. Mas, nesse caso, a fiscalização na entrada do estádio - com os seguranças conferindo nome impresso no tíquete e documento com foto do dono dele - acaba não acontecendo.