Baixa procura surpreende mas turismo espera boom na Copa:mrjack bet cnpj
- Author, Ruth Costas
- Role, Da BBC Brasilmrjack bet cnpjSão Paulo
mrjack bet cnpj Faltando três semanas para a Copa do Mundo, quem quiser visitar algumas das cidades-sede durante o Mundial pode se surpreender com a relativa facilidade para comprar passagens ou fazer uma reservamrjack bet cnpjhotel.
O medomrjack bet cnpjpreços altos, multidões e caos logístico acabou espantando turistasmrjack bet cnpjlazer tradicionais, sem ingresso para os jogos, e praticamente paralisou o turismomrjack bet cnpjnegócios que costuma encher hotéis e voosmrjack bet cnpjalguns destinos do país.
O resultado é que só 26,5% das passagens aéreasmrjack bet cnpjvoos para as cidades-sede durante o Mundial foram vendidas até agora segundo a Agência Nacionalmrjack bet cnpjAviação Civil (Anac).
Além disso, cercamrjack bet cnpj45% dos quartosmrjack bet cnpjhotéis ainda estão vazios,mrjack bet cnpjacordo o Fórummrjack bet cnpjOperadores Hoteleiros do Brasil (Fohb) - emboramrjack bet cnpjalguns destinos, como o Riomrjack bet cnpjJaneiro, Recife e Natal, essa taxamrjack bet cnpjdisponibilidade não passemrjack bet cnpj20%.
"No caso do setor aéreo, ao menos até agora não tem faltado assento para quem quer viajar nesse período (do Mundial)", disse a BBC Brasil Marcelo Guaranys, diretor-presidente da Anac, acrescentando que os preços parecem estar adequados.
Até para os jogosmrjack bet cnpjtorno da final, no Rio, a ocupação dos voos estaria por voltamrjack bet cnpj30%.
Guaranys nota o dado curiosomrjack bet cnpjque o destino com maior taxamrjack bet cnpjcomercialização no período da Copa não tem nada a ver com o evento – Campina Grande, na Paraíba, tem voos com 70% das passagens vendidasmrjack bet cnpjfunçãomrjack bet cnpjsua famosa festamrjack bet cnpjSão João.
Mas considerando que, no geral, dois terços dos passageirosmrjack bet cnpjvoos domésticos viajam a negócios ou para participarmrjack bet cnpjeventos, segundo a Agência Brasileiramrjack bet cnpjEmpresas Aéreas (Abear), não é difícil entender por que 74,5% dos assentos ainda estão disponíveis, como nota Edson Domingues, professormrjack bet cnpjeconomia da Universidade Federalmrjack bet cnpjMinas Gerais.
"As empresas, órgãos governamentais e até organizações internacionais parecem ter evitado programar reuniões ou eventos corporativosmrjack bet cnpjcidades-sede com medomrjack bet cnpjpreços altos e problemas logísticos", explica Domingues.
Ocupaçãomrjack bet cnpjhotéis
No que diz respeito a ocupação dos hotéis, São Paulo tem a menor taxa entre as cidades-sedemrjack bet cnpjpartemrjack bet cnpjfunçãomrjack bet cnpjsua vocação empresarial, segundo Roberto Rotter, presidente do FOHB (que fazmrjack bet cnpjpesquisamrjack bet cnpjredes hoteleiras conveniadas).
A médiamrjack bet cnpjocupação hoteleira da cidade para o período do Mundial é hojemrjack bet cnpjapenas 31% - chegando a 42% durante o jogomrjack bet cnpjabertura entre Brasil e Croácia.
"Alguns hotéis paulistas já estão fazendo promoções e os órgãos oficiaismrjack bet cnpjturismo do Estado estão preparando uma campanha com diárias promocionais e apelos para os atrativos turísticos da cidade", conta Rotter.
Em Curitiba, a disponibilidademrjack bet cnpjquartos ainda émrjack bet cnpj44% emrjack bet cnpjSalvador e Belo Horizonte,mrjack bet cnpj33%.
Associações do setor turístico e autoridades ligadas ao governo esperam que as reservas aéreas emrjack bet cnpjhospedagem cresçam bastante com as comprasmrjack bet cnpjúltima hora.
O Fohb, por exemplo, acredita que a médiamrjack bet cnpjocupação dos hotéis chegará a 65% até o início dos jogos.
"Principalmente depois dos resultados das oitavasmrjack bet cnpjfinal teremos uma maior definição sobre essas reservas, porque os torcedores vão saber quem vai jogarmrjack bet cnpjcada cidade", diz Leonel Rossi Júnior, vice-presidentemrjack bet cnpjRelações Internacionais da Associação Brasileiramrjack bet cnpjAgênciasmrjack bet cnpjViagens (Abav).
Mas nenhum dos setores espera que as reservas alcancem os níveismrjack bet cnpjferiados como o Carnaval – a não sermrjack bet cnpjdestinos específicos como o Rio.
Númeromrjack bet cnpjvisitantes
Apesar dos investimentos para se ampliar a rede hoteleira do país, a Copa pode decepcionar os que esperam ver o Brasil receber um númeromrjack bet cnpjturistas muito maior que o normal para o período.
O próprio Ministro do Turismo, Vinícius Lages, admitiu a limitação do evento nesse pontomrjack bet cnpjentrevista à BBC Brasil.
Segundo o Ministério, 600 mil turistas estrangeiros devem visitar o Brasil durante o torneio.
Mas no ano passado o Brasil já recebeu 6 milhõesmrjack bet cnpjturistas estrangeiros e o períodomrjack bet cnpjjunho e julho costuma concentrar 10% do fluxomrjack bet cnpjturismo do ano, como explica Lages.
Ou seja, sem a Copa, é provável que o país também recebesse algomrjack bet cnpjtornomrjack bet cnpj600 mil visitantes.
Segundo Lages, o que fará do Mundial um sucesso para o setor turístico é o perfil desses turistas.
Os turistas que vem para o Mundial devem gastarmrjack bet cnpjmédia US$ 5.500, contra US$ 4.000 dos turistas tradicionais, segundo o Ministério.
"Eles também devem virmrjack bet cnpjuma gamamrjack bet cnpjpaíses mais diversificada, nos quais podemos nos promover", afirma Lages.
O lento ritmo das reservas, porém, levanta dúvidas sobre o riscomrjack bet cnpjo Brasil experimentar um fenômeno semelhante ao da Olimpíadamrjack bet cnpjLondres, que esvaziou famosos pontos turísticos da capital britânica (Ver quadro).
Dúvidas
"Durante uma Copa ou Olimpíadas, no geral a chegadamrjack bet cnpjvisitantes para os jogos nem sempre compensa a redução do númeromrjack bet cnpjturistas tradicionaismrjack bet cnpjlazer e negócios – e esse é um risco que o Brasil também irá enfrentar", afirma Domingues.
Wolfgang Maennig, especialistamrjack bet cnpjeconomia do esporte da Universidademrjack bet cnpjHamburgo, concorda. Para ele, no que diz respeito a economia, o Mundial "costuma ser um jogomrjack bet cnpjsoma zero".
Já para Leonel Rossi Júnior, vice-presidentemrjack bet cnpjRelações Internacionais da Agência Brasileiramrjack bet cnpjViagens (Abav), o Brasil deve evitar a decepçãomrjack bet cnpjLondres por duas razões.
Primeiro, porque a Copa brasileira ocorremrjack bet cnpjmais cidades, incluindo algumas que, tradicionalmente, não recebem grande fluxomrjack bet cnpjturistas – e tem no evento uma oportunidade únicamrjack bet cnpjse promover.
Depois, porquemrjack bet cnpjLondres o esvaziamento da cidade foimrjack bet cnpjparte consequênciamrjack bet cnpjuma ampla campanhamrjack bet cnpjque a prefeitura alertou sobre possíveis problemas no sistemamrjack bet cnpjtransporte e pediu aos britânicos para evitar o centro da cidade. E não haveria nada comparável no Brasil.
"A Copa pode até ter um efeito limitado no setor turístico no curto prazo", diz Júnior. "O importante, porém, é que teremos uma oportunidade únicamrjack bet cnpjpromover o país no exterior."
Longo Prazo
O Ministério do Turismo também aposta nessa possibilidade: "No total 3,6 bilhõesmrjack bet cnpjtelespectadores assistirão à Copa e quem estiver no país vai voltar para casa falando bem do Brasil", afirma Lages.
Já para Domingues "não há como garantir que a imagem projetada pelo país durante o evento será positiva."
"Se tivermos algum incidente grave envolvendo turistas, por exemplo, o Mundial pode acabar funcionando como uma propaganda negativa do Brasil", diz ele.
Ele concorda, porém, que os aeroportos e hotéis construídos ou expandidos para o evento são um legado que pode ajudar o setor turístico brasileiro a ganhar fôlegomrjack bet cnpjum futuro próximo.
"Certamente, isso é algo que pode fazer a diferença no longo prazo", diz.