Marcha contra Copa no Rio recebe reforçobetano partnersgrevistas e sindicalistas:betano partners

Protesto. Foto: Reuters

Crédito, REUTERS

Legenda da foto, Manifestante queima o álbumbetano partnersfigurinhas da Copa no Rio
  • Author, Jefferson Puff
  • Role, Da BBC Brasil no Riobetano partnersJaneiro

betano partners Emborabetano partnersnúmero e expressão muito menores do que os registradosbetano partnersSão Paulo, cercabetano partners2 mil pessoas se reuniram numa marcha no início da noite desta quinta-feira no Riobetano partnersJaneiro, num protesto pacífico, sem depredações ou cenasbetano partnersviolência. Aliados ao que ocorreubetano partnersRecife, Brasília, Belo Horizonte e outras capitais, os atos serviram como um teste para manifestantes, policiais e governo.

Uma das diferenças mais marcantesbetano partnersrelação aos grandes protestosbetano partnersjunho do ano passado foi a presençabetano partnerssindicalistas e grevistas e uma ampla gamabetano partnersmovimentos sociais organizados ao invésbetano partnersuma grande massa sem demandas específicas ou afiliações partidárias oubetano partnersgrupos.

De fato, no final da tarde o ato do "15M", organizado pelo Comitê Popular da Copa e Olimpíadas, tinha no Riobetano partnersJaneiro um público menor do que duas outras manifestações: a dos rodoviários e professores – ambos setores grevistas na capital fluminense no momento.

Os educadores estãobetano partnersgreve por tempo indeterminado, e os motoristas e trocadoresbetano partnersônibus (dissidentes do sindicato, que discordam do acordo firmado entre a entidade e os patrões) já fizeram duas paralisações nos últimos dez dias, e voltam a se reunir na próxima terça-feira.

Foi quando os três grupos se uniram, por volta das 19h, que o protesto realmente ganhou corpo na Avenida Presidente Vargas, rumo à sede Prefeitura, na Cidade Nova.

Até então o Rio não tinha registrado grandes açõesbetano partnersinterrupção do trânsito, protestos ou marchas, ao contráriobetano partnersSão Paulo, onde tais mobilizações já ocorriam desde o início da manhãbetano partnersquinta-feira.

Pipoca e Pelé

Em fila indiana, tropas da Polícia Militar e do Batalhãobetano partnersChoque acompanhavam a marcha conforme o grupo se deslocava rumo à Prefeitura. Num dado momento a reportagem flagrou policiais tão relaxados com a calmaria que mais pareciam estar num diabetano partnersfolga do quebetano partnerstrabalho – comendo pipoca descompromissadamente enquanto assistiam ao protesto.

Protesto contra Pelé. Foto: Jefferson Puff

Crédito, BBC BRASIL

Legenda da foto, Para Armando Fonseca, Pelé é o "traidor do século"

Cena muito contrastante com o que se viu meses atrás na mesma avenida, que registrou intensos confrontos entre policiais e manifestantes que rodaram o mundo como símbolo dos protestos no Brasil.

Armando Fonseca,betano partners52 anos, falou com a BBC Brasil durante a marcha. De possebetano partnersum cartaz com uma imagembetano partnersPelé onde se lia "Traidor do Século", ele disse que saiubetano partnerscasa motivado pela revolta.

"Se fosse tudo dinheiro privado, não tinha problema, mas aí gastam bilhõesbetano partnersestádios e, se a Saúde Pública precisar, como fica?", disse.

Quanto ao "rei do futebol", o carioca foi taxativo. "Para a minha geração, a posição dele diante da Copa é uma grande decepção".

Pelé vem pedindo ao longo dos últimos meses que os protestos ocorram apenas depois do Mundial, alémbetano partnersafirmar que o futebol só traz benefícios ao país. "Ele se vendeu totalmente. É triste", avalia Fonseca.

Já o mídia-ativista Leonardo Carrato,betano partners31 anos, diz que o protesto é "apenas o começo". Para ele, que vem acompanhandobetano partnersperto todas as manifestações no Rio desde junho do ano passado, há uma nova configuração dos movimentos, mas isso não significa que a mobilização tenha perdido força.

Leonardo Carrato. Foto: Jefferson Puff

Crédito, BBC BRASIL

Legenda da foto, Leonardo Carrato diz que protestobetano partnersquinta-feira foi 'apenas o começo'

Integrante do Coletivo Carranca, ele acredita que os dois lados estão se testando, e que durante a Copa os protestos devem voltar a crescer.

"Acho que vai ser até mais intenso do que ano passado. Veja tudo que o governo está fazendo, gastando tantobetano partnerssegurança. Eles estão se preparando para algo maior", diz.

O protesto carioca terminou com apenas um incidente, jábetano partnersfrente à Prefeitura, quando policiais se irritaram com manifestantes e lançaram bombasbetano partnersgás lacrimogêneo e spraybetano partnerspimenta. Não houve quebra-quebra, tumulto ou maiores enfrentamentos.