Às vésperas da Copa, grupos retomam protestos e buscam apoio internacional:roleta de profissões

Ativistas contrários à Copa fazem manifestaçãoroleta de profissõesSão Paulo (foto: AP)

Crédito, AP

Legenda da foto, Grupos contrários aos gastos com a Copa dizem que terão apoioroleta de profissõesativistas internacionais
  • Author, Jefferson Puff
  • Role, Da BBC Brasil no Rioroleta de profissõesJaneiro

roleta de profissões A menosroleta de profissões30 dias da Copa do Mundo, uma sérieroleta de profissõesações marcadas para esta quinta-feira buscam dar impulso a um eventual retorno dos grandes protestos às vésperas do megaevento.

E alémroleta de profissõessaírem às ruas das capitais brasileiras, os manifestantes contam agora com apoio internacional –roleta de profissõesao menos oito países foram confirmados atosroleta de profissõessolidariedade aos manifestantes no momentoroleta de profissõesque o mundo estároleta de profissõesolho no Brasil.

Organizados por dezenasroleta de profissõesmovimentos sociais, gruposroleta de profissõesestudantes, sindicatos e diferentes entidades, os protestos estão sendo coordenados pelo Comitê Popular da Coparoleta de profissõesSão Paulo eroleta de profissõesoutros locais. Eles contariam com apoio do Movimento Passe Livre (que iniciou a ondaroleta de profissõesprotestos no ano passado), MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto), e ao menos no Rioroleta de profissõesJaneiro teriam apoio dos adeptos da tática Black Bloc.

Seus idealizadores prometeram açõesroleta de profissões15 cidades, entre elas a capital paulista, Rioroleta de profissõesJaneiro, Brasília e Belo Horizonte.

A expectativa éroleta de profissõesqueroleta de profissõesSão Paulo ocorram ações simbólicas e paralisações no trânsito desde o início da manhã, além do protesto marcado para o final da tarde.

Já no exterior, os organizadores dizem que haverá atosroleta de profissõesSantiago do Chile, Buenos Aires, Londres, Paris, Berlim, Barcelona, San Francisco, Nova York e Bogotá – outras cidades aguardavam confirmação até a noiteroleta de profissõesquarta-feira.

Para Juliana Machado, do Comitê Popular da Coparoleta de profissõesSão Paulo, o apoio internacional ao "15M", como está sendo chamado o diaroleta de profissõesmobilizações, é resultadoroleta de profissõesum esforçoroleta de profissõesdivulgação.

"Está acontecendo um tourroleta de profissõesativistas brasileiros por algumas capitais do mundo, alertando para as nossas lutas. Além disso, traduzimos o manifesto para inglês, alemão, francês, italiano, espanhol, dentre outros idiomas, e disseminamos por nossas redesroleta de profissõescontatos e articulaçõesroleta de profissõesmovimentos", explica.

Ela diz que houve a sugestãoroleta de profissõesque os protestos ocorressem diante das embaixadas brasileiras, mas que há total autonomia local quanto ao formato, lugar e horário das manifestações.

A ativista diz que a mobilização internacional conta tanto com ativistas brasileiros vivendo no exterior como estrangeiros que integram movimentos sociaisroleta de profissõesseus países e que se solidarizam com as demandas.

Dentre os 11 itens constantes do manifesto defendido pelo grupo e assinado por dezenasroleta de profissõesorganizações constam o passe livre, o direito à livre manifestação, a realocação das famílias removidas pelas obras da Copa, a indenização às famílias dos nove mortos durante as obras, dentre outras.

Impacto internacional

O geógrafo americano Christopher Gaffney, professor-visitanteroleta de profissõespós-graduação na Universidade Federal Fluminense (UFF) que vem analisando as mudançasroleta de profissõescurso no Brasil devido aos grandes eventos, diz que o embate dos diferentes atores sociais terá impactos diretosroleta de profissõescomo o mundo vai ver o Brasil nas próximas semanas.

"O que ocorrer aqui terá impacto direto lá fora. Se a polícia for violenta no Brasil, você terá reações no exterior. Mais ou menos protestos vai depender do que acontecer daqui para frente", diz.

Quanto aos reflexos para a imagem do país no exterior, Gaffney diz que dependeroleta de profissõesquem se está tentando convencer. "Para os executivos e grandes corporações internacionais, agrada ver que o Estado brasileiro está disposto a usar a força para defender seus interesses. Para o turismo e para mostrar que aqui se vive um estado democráticoroleta de profissõesdireito, no entanto, será péssimo se as cenasroleta de profissõesviolênciaroleta de profissõesjunho do ano passado se repetirem agora".

Movimentação e outro lado

Após mesesroleta de profissõesespeculaçãoroleta de profissõesespecialistas, sociólogos e da imprensa, que buscaram prever a intensidade das mobilizações populares durante a Copa, o "15M" pode ser um primeiro testeroleta de profissõescomo as ruas vão,roleta de profissõesfato, reagir ao megaevento.

"Eu tendo a achar que a linha é essa mesmo, do recomeço dos protestosroleta de profissõesgrande impacto. Acredito que deve haver um fluxo regular agoraroleta de profissõesmanifestações, ações emblemáticas, eroleta de profissõesgrandes protestos", diz Gustavo Mehl, do Comitê Popular da Copa e das Olimpíadas, no Rioroleta de profissõesJaneiro.

Ele diz que deve haver a confluência entre as demandas dos movimentos sociais e dos trabalhadores que devem intensificar as greves que já estão ocorrendo.

"Muitos trabalhadores tiveram o custoroleta de profissõesvida aumentado, os aluguéis subiram. Há o sentimentoroleta de profissõesrevoltaroleta de profissõesque os eventos trazem oportunidadesroleta de profissõesnegócios para os grandes empresários, e agora as pessoas queremroleta de profissõesparte. O trabalhador está cobrando a conta da Copa", diz.

Na visão dos organizadores, os protestos, embora legítimos, devem ser adiados para depois do Mundial. Tanto a Fifa quanto o Ministério do Esporte apostam no climaroleta de profissõesfesta e comemoração e pedem que as manifestações sejam "adiadas".

Em entrevista à BBC,roleta de profissõesLondres, o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, disseroleta de profissõesmarço deste ano que a Copa do Mundo "não é um momentoroleta de profissõesnós fazermos protestos, porque teremos todo o tempo para reivindicar e para melhorar as coisas no nosso país [depois do Mundial]".

Pouco antes, o secretário-geral da Fifa, o francês Jerôme Valcke, disse que a Copa "é a hora erradaroleta de profissõesprotestar, porque é a hora que o Brasil deveria curtir esse momento único, um momento que eles não puderam ter desde 1950. É um direito protestar. Para eles (os manifestantes), é o melhor momento. Para mim, é a hora errada".

Polícia e segurança pública

Consultadas pela BBC Brasil, as corporaçõesroleta de profissõespolícia das duas maiores cidades do país dizem estar preparadas para os protestos desta quinta-feira, mas se recusaram a comentar o assuntoroleta de profissõesmaiores detalhes.

"A Polícia Militar se preparou especialmente para atuar nesses eventos, porém o esquemaroleta de profissõespoliciamento, por questões estratégicas, não será comentado neste momento. Após as operações, deveremos fazer um balanço e comentar os resultados", disseroleta de profissõesnota a Polícia Militar do Estadoroleta de profissõesSão Paulo.

No Rio, a nota cita vandalismo e detenções. "A Polícia Militar estará presenteroleta de profissõestoda e qualquer manifestação garantindo o direito constitucional. Se houver atosroleta de profissõesvandalismo e dano ao patrimônio público, as pessoas serão detidas e conduzidas para as delegacias'.

E a Secretariaroleta de profissõesEstadoroleta de profissõesSegurança diz reconhecer "a importânciaroleta de profissõesmanifestações democráticas e que é dever e papel das polícias prover a segurança e preservar o direitoroleta de profissõesir e virroleta de profissõestodos".