'Termômetro' para Copa, protestos mobilizam menos que o esperado:blackjack kazino
Os organizadores também haviam anunciado a realizaçãoblackjack kazinoprotestos internacionais,blackjack kazinovárias cidades do mundo, mas não houve nenhuma mobilização significativa contra a Copa do Mundo fora do Brasil.
Movimentos organizados
O que se viu nas ruas do Brasil nesta quinta-feira foi,blackjack kazinofato, um número menorblackjack kazinomanifestantes exclusivamente ligados aos grupos anti-Copa ou até sem afiliação alguma, comoblackjack kazinojunho do ano passado, e um contingente muito mais expressivoblackjack kazinodiferentes movimentos sociais organizados e setores jáblackjack kazinogreve ou ameaçando paralisações.
As maiores mobilizações ocorreramblackjack kazinoSão Paulo, onde um protestoblackjack kazinosem-teto pela manhã reuniu cercablackjack kazino2 mil pessoasblackjack kazinofrente ao Itaquerão, estádio que sediará a abertura da Copa, 5 mil professores da rede municipalblackjack kazinogreve fizeram passeatablackjack kazinovias do centro expandido e cercablackjack kazino1.500 protestaram à noite contra os gastos para a Copa na avenida Paulista.
No centro do Rio, professores que marchavam por melhores condiçõesblackjack kazinotrabalho se uniram a manifestantes que protestavam contra a Copa. Houve alguns confrontos e a polícia usou sprayblackjack kazinopimenta para dispersar manifestantes.
Em Recife, o dia foi caótico, com o envio da Força Nacional e do Exército para tentar conter saques e distúrbios após três diasblackjack kazinogreve da Polícia Militar - que já cruzou os braços no mês passadoblackjack kazinoSalvador, e, segundo analistas, ameaça parar também no Rio Grande do Norte. Os policiais pernambucanos decidiram encerrar a greve por voltablackjack kazino20h, depoisblackjack kazinoserem vistas cenas como ablackjack kazinoum grupo dando tiros para o alto e dando início a um saque a um supermercado.
Brasília, Belo Horizonte e Porto Alegre também tiveram protestos, e na capital mineira houve mais confrontos do que no Rio, por exemplo, mas nada comparável às cenas registradas na capital paulista.
Outra diferença são as demandas atuais. Em junhoblackjack kazino2013, os manifestantes tinham como demandas mais concretas as exigidas pelo Movimento do Passe Livre (MPL) – redução das tarifas e adoção do passe livre –blackjack kazinomeio a uma sérieblackjack kazinooutras queixas bastante amplas, como corrupção, faltablackjack kazinoinvestimentosblackjack kazinosaúde e educação, e gastos com a Copa.
Agora, há grupos com demandas muito específicas, como moradia. Em São Paulo, não só o problema é palpável e diário, como os movimentos tomam ação concreta (vide as maisblackjack kazino20 ocupaçõesblackjack kazinocurso, inclusive a que ocorre a poucos metros do estádio que sediará a abertura da Copa).
"O momento é extremamente difícil. Nós estamos há três anos tentando contato com o governo. Temos reintegraçõesblackjack kazinoposse marcadas, remoções forçadas. Aumento dos aluguéis, pessoas perdendo moradia. Em abril os movimentos realizaram maisblackjack kazino20 ocupações sóblackjack kazinoSão Paulo", explica à BBC Brasil Benedito Roberto Barbosa,blackjack kazino53 anos, advogado e membro da coordenação da UMM (União dos Movimentosblackjack kazinoMoradia).
Ele diz que duas reintegraçõesblackjack kazinoposse estão marcadas na capital paulista para os dias 25 e 30blackjack kazinojunho, já durante o Mundial, e que certamente haverá resistência. "A questão da moradia mostra duas das faces mais perversas dos efeitos do megaevento para o país. De um lado as remoções forçadas para as obras, e do outro a especulação que faz com que os preços dos aluguéis se tornem impagáveis", diz.
Planalto e protestos na Copa
Diante deste cenário, é difícil prever o que está por vir nestes 26 dias que antecedem o Mundial e também durante o torneio.
Relatos apontam que na visão do Planalto houve"baixa adesão" e que tanto a presidente Dilma Rousseff quanto seus principais assessores comemoraram como positivo o saldo desta quinta-feira, que poderia ter sido uma reediçãoblackjack kazinojunhoblackjack kazino2013 caso as mobilizações tivessem tomado as proporções que seus organizadores esperavam.
Mas seja com o retorno do público que saiu às ruas no ano passado ou com a nova configuração que mescla sindicalistas, movimentos sociais e estudantes, uma eventual intensificação dos protestos durante a Copa pode forçar o governo a colocarblackjack kazinopráticablackjack kazinoestratégiablackjack kazinosegurançablackjack kazinoquase R$ 2 bilhões e fazer uso das milharesblackjack kazinoarmas não letais (como balasblackjack kazinoborracha e bombasblackjack kazinogás lacrimogêneo) compradas nos últimos meses - o que certamente deve ter um impacto internacional, como afirmou recentemente à BBC Brasil o especialista americano Christopher Gaffney.
"Para os executivos e grandes corporações internacionais, agrada ver que o Estado brasileiro está disposto a usar a força para defender seus interesses. Para o turismo e para mostrar que aqui se vive um estado democráticoblackjack kazinodireito, no entanto, será péssimo se as cenasblackjack kazinoviolênciablackjack kazinojunho do ano passado se repetirem agora", avalia o geógrafo, que é professor-visitanteblackjack kazinopós-graduação na Universidade Federal Fluminense (UFF) e vem analisando as mudançasblackjack kazinocurso no Brasil devido aos grandes eventos.