Mortescadastre e ganhe rodadas gratisestudantes abalam comunidade africana no Ceará:cadastre e ganhe rodadas gratis
- Author, João Fellet
- Role, Da BBC Brasilcadastre e ganhe rodadas gratisBrasília
cadastre e ganhe rodadas gratis Nascida na Guiné-Bissau, país na África Ocidental que é um dos mais pobres e instáveis do mundo, Ciserina Santos se mudou para Fortaleza há quatro anos para cursar uma faculdade privada, paga do próprio bolso.
Neste ano, a jovemcadastre e ganhe rodadas gratis29 anos se formoucadastre e ganhe rodadas gratistecnologia da informação e descobriu que estava grávida do companheiro.
Dois meses depoiscadastre e ganhe rodadas gratissua formatura,cadastre e ganhe rodadas gratismarço, Santos deu entrada no hospital estadual César Cals com febre e dores no corpo. Segundo amigos, ela temia estar com dengue.
Na madrugada seguinte, a jovem perdeu o bebê. Ela passou um mês internada e, no dia 24, morreu após sofrer um derrame.
Em janeiro, outro estudante guineense morreucadastre e ganhe rodadas gratisFortaleza. Lester Raul Indeque,cadastre e ganhe rodadas gratis31 anos, havia ido ao hospital estadual São José para uma consulta. Acabou internado e diagnosticado com pneumonia. Ele morreu no hospital alguns dias depois.
Comocadastre e ganhe rodadas gratisfamília não tinha dinheiro para transportar o corpo até a Guiné-Bissau, amigos e parentes fizeram uma campanha no Facebook para arrecadar recursos para o translado.
A campanha teve o apoio do Movimento Pastoral Africano, grupo criado pela primeira levacadastre e ganhe rodadas gratisestudantes guineenses a aportarcadastre e ganhe rodadas gratisFortaleza,cadastre e ganhe rodadas gratis2009. O movimento diz que o transporte custou cercacadastre e ganhe rodadas gratisR$ 25 mil.
Menoscadastre e ganhe rodadas gratistrês meses após conseguir levar o corpo do jovemcadastre e ganhe rodadas gratisvolta à Guiné-Bissau, o grupo agora colhe doações para devolver o corpocadastre e ganhe rodadas gratisCiserina Santos àcadastre e ganhe rodadas gratisfamília. As mortes revoltaram os guineensescadastre e ganhe rodadas gratisFortaleza.
"Não é possível que duas pessoas deem entrada no hospital e nenhuma delas sobreviva", diz Alberto Imbunde.
Imbunde afirma que os médicos não deram a devida atenção aos seus compatriotas e que o hospital César Cals não esclareceu a mortecadastre e ganhe rodadas gratisCiserina Santos. "Não sabemoscadastre e ganhe rodadas gratisnada. Queremos que um médico faça um laudo, nos mostre o que aconteceu".
Em nota à BBC Brasil, o hospital César Cals disse que Santos deu entrada no hospital com suspeitacadastre e ganhe rodadas gratisaborto e foi prontamente atendida.
Segundo o hospital, o aborto "desencadeou o surgimentocadastre e ganhe rodadas gratisdoença trombótica que evoluiu para insuficiênciacadastre e ganhe rodadas gratismúltiplos órgãos".
A paciente, diz a nota, respondeu bem ao tratamento e foi transferida para a enfermaria "consciente ecadastre e ganhe rodadas gratisbom estado clínico". "Após cercacadastre e ganhe rodadas gratisquatro dias, apresentou acidente vascular cerebral hemorrágico, evoluindo com morte encefálica."
O hospital diz que médicos, psicólogos e assistentes sociais se reuniram com os familiares para explicar a situação clínica da paciente, e que o corpo passou por necropsia no cursocadastre e ganhe rodadas gratismedicina da Universidade Federal do Ceará.
Procurado, o hospital São José não respondeu questionamentos sobre a mortecadastre e ganhe rodadas gratisLester Raul Indeque.
Dificuldadescadastre e ganhe rodadas gratisGuiné-Bissau
Indeque e Santos integravam um grupo cada vez mais numerosocadastre e ganhe rodadas gratisestudantes da Guiné-Bissau no Ceará.
Segundo o Movimento Pastoral Africano, há hoje entre 700 e 800 jovens do país africanocadastre e ganhe rodadas gratisFortaleza, a maioria matriculadacadastre e ganhe rodadas gratisuniversidades privadas.
Outros 181 jovens guineenses moram no interior do Estado,cadastre e ganhe rodadas gratisRedenção, sede da Unilab (Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira). Criadacadastre e ganhe rodadas gratis2010 pelo governo federal, a universidade atraiu ainda mais estudantes estrangeiros – principalmente africanoscadastre e ganhe rodadas gratispaíses lusófonos – para o Ceará.
Hoje, além dos 181 guineenses, estudam na Unilab 32 alunoscadastre e ganhe rodadas gratisAngola, 12cadastre e ganhe rodadas gratisMoçambique, 72cadastre e ganhe rodadas gratisTimor Leste, 50cadastre e ganhe rodadas gratisCabo Verde e 29cadastre e ganhe rodadas gratisSão Tomé e Príncipe.
Presidente do Movimento Pastoral Africano, Alberto Imbunde diz que seus compatriotas têm buscado o Brasil por causa das dificuldades para cursar universidades na Guiné-Bissau.
Neste mês, dois anos após sofrer um golpe militar, o país realizou o primeiro turnocadastre e ganhe rodadas gratiseleições para a Presidência e o Parlamento. Espera-se que o novo governo possa estabilizar o país e se dedicar aos problemas mais urgentes dos guineenses.
Imbunde diz esperar que as autoridades nacionais deem maior assistência aos guineenses no Brasil.
Segundo ele, a embaixada guineense não ofereceu nenhuma ajuda para o translado dos corpos.
A BBC Brasil procurou a embaixada da Guiné-Bissaucadastre e ganhe rodadas gratisBrasília, mas foi informadacadastre e ganhe rodadas gratisque a embaixadora Eugénia Saldanha Araújo estava fora do país. O funcionário encarregadocadastre e ganhe rodadas gratistratar das mortes não foi localizado.
"Se não procuram nem saber como estão os vivos, como vão se preocupar com os mortos? É triste. Estamos nos sentindo sem Estado nem governo, como que jogados para sobreviver", diz Imbunde.