Ameaça extremista na África vira preocupação global:365aposta
"Esse grupo pode se radicalizar", afirma Obasi.
Não foi provado que o Boko Haram tem ligações com a Al-Qaeda ou com o grupo extremista Al-Shabab. O grupo nigeriano continua a agir agressivamente, mas dentro do país.
Por outro lado, Martin Ewi, do Instituto365apostaEstudos365apostaSegurança, baseado na África do Sul, acredita que essa classificação tornará "mais organizada e sistemática a busca por bens e investimentos do Boko Haram365apostabancos americanos".
Drones e mísseis
Há muito tempo, os nigerianos preocupam-se com a possibilidade365apostaque a classificação atrairia drones365apostavigilância ou ataques365apostamísseis ao país.
Os drones americanos já voam a partir da capital do Níger, Niamey, para ajudar o exército francês e países da região a coletar informações sobre grupos extremistas.
"Acredita-se que os americanos já enviaram drones365apostaforma discreta à Nigéria no ano passado", afirma Ewi.
Apesar365apostaos Estados Unidos e a Nigéria terem afirmado que drones não devem ser usados, isso pode mudar se o Boko Haram se aproximar365apostaoutros grupos extremistas. Obasi tem receios similares.
"Existe a preocupação365apostaque o exército americano lance operações militares no país365apostaforma unilateral, como vêm fazendo no Paquistão", ele afirma.
Isso seria suficiente para que o Boko Haram e o Ansaru se manifestem contra o governo e conquistem um apoio popular que pode ser facilmente resultar no recrutamento365apostanovos membros, que poderiam ser usados além das fronteiras da Nigéria.
Até agora, o Boko Haram não se manifestou sobre a classificação pelos Estados Unidos.
Exemplo prévio
Mas, a julgar pelo exemplo dado pelo Al-Shabab na Somália - que era inicialmente um grupo local antes365apostaaliar à Al-Qaeda e conquistar membros internacionais -, o mesmo pode vir a acontecer com o novo estatus do grupo Nigeriano.
Ser parte365apostaum grupo que se opõe fortemente aos americanos é algo atraente para extremistas.
A curto prazo, no entanto, não deve ocorrer uma mudança radical na forma já agressiva do Boko Haram operar.
Mas seus líderes sempre se disseram contra o diálogo. "Essa classificação torna ainda mais improvável que isso ocorra", diz Obasi.