Órgãos federais tentam evitar que disputas cheguem à Justiça:the big bet online grátis
Outro órgão que acompanha a disputa com atenção é o Conselho Nacionalthe big bet online grátisRecursos Hídricos (CNRH), instância máxima na gestão das águas do país.
O secretário-executivo do órgão, Ney Maranhão, diz que Rio e São Paulo precisam chegar a um consenso quanto à gestãothe big bet online grátissuas águas.
"Os Estados precisam sentar à mesa e elaborar um sistema que seja confortável para os dois lados", afirma Maranhão, que também é secretáriothe big bet online grátisRecursos Hídricos e Ambiente Urbano do Ministério do Meio Ambiente.
"Uma situação dessa natureza não pode ser discutida emocionalmente".
Agricultura
Segundo Flecha, da ANA, a agência tem mecanismos para facilitar o entendimento entre Estados. Para evitar que um Estado seja afetado pelos planos hídricosthe big bet online grátisum vizinho, por exemplo, a agência pode estabelecer restrições a esses planos ou compensações ao Estado prejudicado.
A ANA já mediou outros desentendimentos entre Estados, entre os quais a disputa entre o Rio Grande do Norte e a Paraíba pelas águas da bacia do Piranhas Açu.
O rio, que nasce na Paraíba, abastece cercathe big bet online grátis1,5 milhãothe big bet online grátispessoasthe big bet online grátis147 municípios dos dois Estados.
O Rio Grande do Norte se queixava do volumethe big bet online grátiságua que chegava ao Estado, e a ANA definiu uma vazão mínima a ser liberada pela Paraíba. Para isso, os paraibanos tiveram que passar a exercer maior controle sobre as licenças para a extraçãothe big bet online grátiságua.
Tanto naquela região quantothe big bet online grátisoutras áreas do país, os desentendimentos quanto ao uso da água têm relação direta com a expansão da irrigação na agricultura.
Na bacia do rio São Marcos, maior áreathe big bet online grátisagricultura irrigada do país, lavradoresthe big bet online grátisGoiás e Minas Gerais disputam licenças para extrair água para suas terras.
O conflito envolve ainda a hidrelétricathe big bet online grátisBatalha, gerida pela empresa Furnas. A companhia diz que o uso intensivothe big bet online grátiságua para irrigação tem prejudicado a operação da usina. A ANA negocia com os envolvidos uma solução.
Para Flecha, novas disputas poderão ocorrer à medida que a irrigação se expandir ainda mais pelo país. Ele diz que o Brasil hoje tem cercathe big bet online grátis5 milhõesthe big bet online grátishectares irrigados, mas que há potencial para irrigar outros 25 milhões.
"Imagina que tipothe big bet online grátisconflito teremos no país se não nos anteciparmos e criarmos regras para usos múltiplos da água."
Para o secretário nacionalthe big bet online grátisrecursos hídricos, Ney Maranhão, é preciso ter maior controle sobre as licenças para irrigação.
"Nas áreas com potencial para agricultura irrigável, temosthe big bet online grátismapear a disponibilidadethe big bet online grátiságua e estabelecer certos limites", ele diz.
Maranhão afirma que que os órgãos públicos que gerenciam o uso da água devem se coordenar com agricultores para minimizar prejuízosthe big bet online grátiscasothe big bet online grátissecas.
"Ao se detectar que haverá menor ofertathe big bet online grátiságua, é melhor que o agricultor plante menos, mas consiga irrigar e colherthe big bet online grátisprodução, do que perca boa parte do plantio por causa da faltathe big bet online grátiságua."
Reutilização
Maranhão defende ainda que agricultores usem métodosthe big bet online grátisirrigação que poupem água e que privilegiem plantas adequadas ao climathe big bet online grátissua região.
Ele cita o caso do Ceará, onde lavradores costumavam plantar arroz, cultura que exige bastante água. Com o tempo, porém, decidiram substituir as plantações por produtos mais adaptados à região, como côco, manga e goiaba.
"Não faz sentido gastar um montethe big bet online grátiságua para produzir algo que você pode comprarthe big bet online grátisfora pagando menos."
Para o secretário, o Brasil deve ainda investir na reutilização da água, técnica que praticamente inexiste no país.
Na Califórnia, diz ele, já se testa o reaproveitamendothe big bet online grátiságua tratadathe big bet online grátisesgotothe big bet online grátisindústrias ou para fins que não ponham a saúde humanathe big bet online grátisrisco.
Outra ação prioritária, segundo Maranhão, é despoluir rios que cruzam grandes cidades.
"É inadmissível que uma cidade como São Paulo não possa usar a água do Tietê ou do Pinheiros porque estão poluídos e tenha que buscar água lá longe. Por muito tempo não protegemos nossos rios, mas agora precisamos recuperar esse passivo para o futuro."