Maconha legal nos EUA põelançamento bet365xeque política antidrogas no continente:lançamento bet365

Cultivolançamento bet365maconha no Colorado (Reuters)

Crédito, Reuters

Legenda da foto, Para analistas, legalizaçãolançamento bet365maconhalançamento bet365Estados dos EUA e no Uruguai retrata mudançalançamento bet365atitude no hemisfério

"O fatolançamento bet365o país estar vivenciando uma grande mudança interna nas suas políticas para as drogas já está claramente afetando a maneira como os EUA lidam com outros países", disse à BBC Brasil John Walsh, diretor do programalançamento bet365drogas da organização Escritóriolançamento bet365Washington para a América Latina (Wola, na siglalançamento bet365inglês).

"Por muito tempo – décadas – outros países corretamente entenderam que seriam criticados pelos EUA se tomassem medidas para liberalizar as suas leis. Mas no caso do Uruguai, os EUA se deram contalançamento bet365que não estão na posiçãolançamento bet365criticar abertamente o governo uruguaio, elançamento bet365fato não criticaram."

Mudançalançamento bet365atitude

O sucesso inicial da vendalançamento bet365cannabis para fins recreativos no Estado do Colorado reforçou a posição dos que defendem um mercado regulamentado para esta substância.

O governo estadual prevê que a taxaçãolançamento bet36512,9% sobre maconha legal engordará os cofres públicoslançamento bet365US$ 100 milhões neste ano fiscal. Dinheiro suficiente para enriquecer o Estado e implantar programaslançamento bet365saúde para mitigar os efeitoslançamento bet365abusos, argumenta o governo.

Estimativas contidas no orçamento do Executivo estadual indicam que a indústria local alcance US$ 1 bilhão por ano, com as vendas para fins recreativos respondendo por maislançamento bet36560% disto.

No Estadolançamento bet365Washington, as vendaslançamento bet365maconha com fins recreativos começarálançamento bet365junho. Os defensores da legalização acreditam poder conseguir algum tipolançamento bet365liberalização também no Alasca, Arizona e Oregon, e talvez uma espécielançamento bet365referendo nos próximos anos na Califórnia.

'Irresponsável'

Porém, o avanço destas iniciativas ainda é polêmico e está longelançamento bet365ser considerado irreversível.

Na semana passada, Thomas Harrigan, vice-diretor do departamento antidrogas americano, DEA, pediu durante uma audiência na Câmara que os parlamentares "não abandonem a ciêncialançamento bet365favor da opinião pública". Ele disse que os experimentoslançamento bet365legalização da maconha são "irresponsáveis".

Lojalançamento bet365vendalançamento bet365maconha no Colorado (AP)

Crédito, AP

Legenda da foto, Os que defendem mercado regulamentado destacam o sucesso inicial da vendalançamento bet365maconha no Colorado

A legislação federal americana proíbe o usolançamento bet365maconha, considerada uma droga perigosa e sem valor medicinal.

"Ela cria dependência e requer tratamento, alémlançamento bet365abrir a porta para o usolançamento bet365outras drogas, problemaslançamento bet365saúde, comportamento delinquente e direção perigosa", sustentou um porta-voz da DEA na época da legalização da maconha no Uruguai.

Porém, o governo do presidente Barack Obama já anunciou que o Executivo federal não vai tentar impedir as experiências estaduais no campo da legalização.

Para John Walsh, esta posição coloca a Casa Brancalançamento bet365um "dilema".

"Considerando a mudança evidentelançamento bet365atitude do público interno, estamos nos distanciandolançamento bet365uma lógica proibicionista", opina o especialista.

"Mas vai demorar para que a lei nacional reflita a mudança que está acontecendo. Os EUA permanecerão nesta posição desconfortável por algum tempo."

'Hipocrisia'

O dilema já cria tensões entre os EUA e seus aliados da região na luta contra as drogas, segundo o general que está à frente do comando do Exército americano na fronteira sul, John F. Kelly.

"Há 25 anos incentivamos estes países a encampar a guerra contra as drogas", disse Kelly, durante uma audiência no Congresso. "A maioria não consegue crer que estejamos indo, na opinião deles, nessa direção (da legalização)."

"Eles são muito educados comigo, mas às vezes, quando a conversa não é tão educada, o termo 'hipócrita' entra na discussão."

A legalização e regulamentaçãolançamento bet365narcóticos já foi defendida por líderes (ex e atuais)lançamento bet365vários países da região, como México, Colômbia, Guatemala e Brasil.

Um dos principais argumentos sugere que a regulamentação secaria uma importante fontelançamento bet365renda dos cartéis do tráfico.

Essas organizações obtêmlançamento bet365tornolançamento bet36530% dos seus lucros com exportaçãolançamento bet365drogas da vendalançamento bet365maconha, disse à BBC Brasil o co-diretorlançamento bet365pesquisas sobre o tema da consultoria RAND, Beau Kilmer.

Os EUA produzem grande parte da maconha que consomem, mas existe grande demanda pelo produto mexicano, colombiano e jamaicano.

Kilmer pondera que a legalização pode eliminar a competitividade do produto ilegal, potencialmente reduzindo a um quinto o preço da marijuana, que hoje custa entre US$ 1.500 e U$ 2.000 a libra peso (450g) dependendolançamento bet365onde se esteja nos EUA.

"No momento, o preço que um usuário pega pela droga é inflacionado para compensar todo mundo ao longo da cadeialançamento bet365fornecimento pelo riscolançamento bet365ser preso", disse Kilmer.

Produzidolançamento bet365escala industrial, o mesmo volumelançamento bet365marijuana poderia ser barateado para menoslançamento bet365US$ 50 a libra, diz o especialista.

Debate inconcluso

Mas o debate sobre os cartéis permanece inconcluso, porque essas organizações têm demonstrado que são capazeslançamento bet365compensar os lucros menoreslançamento bet365uma atividade com a expansão para outras. Um exemplo recente é a ofensiva para tomar o "mercado"lançamento bet365imigrantes ilegais na Guatemala e no México dos chamados "coiotes".

Além disso, as discussões sobre liberalização atualmente só dizem respeito à maconha. Continuariam as políticaslançamento bet365combate ao abusolançamento bet365cocaína, heroína e outros narcóticos.

O debate está atrelado aos efeitos colateraislançamento bet365décadaslançamento bet365uma abordagem contra as drogas que privilegiou a ação armada, requereu bilhõeslançamento bet365dólares e resultoulançamento bet365dezenaslançamento bet365milhareslançamento bet365mortos dos Andes ao México.

Outro resultado, segundo analistas, foi o salto na proporçãolançamento bet365encarcerados nos EUA: 480 por cada 100 mil habitanteslançamento bet3652012, uma proporção que cresceu exponencialmente nos últimos 30 anos, coincidindo com a chamada "guerra às drogas".

Para John Walsh, ao flexibilizarlançamento bet365política sobre as drogas, os EUA estariam "passando uma mensagem" mais focadalançamento bet365reprimir os grupos mais violentos e evitar punições excessivas e desnecessárias.