Protestos aprofundam crise econômica na Venezuela:pixbet multiplas

Protestos na Venezuela | Foto: Reuters

Crédito, AP

Legenda da foto, Protestos anti-governo prejudicam distribuiçãopixbet multiplasinsumos e vendas no comércio
  • Author, Daniel Pardo
  • Role, Da BBC Mundopixbet multiplasCaracas

pixbet multiplas A livraria Lugar Común, localizadapixbet multiplasfrente à praça Altamira, centro nervoso dos protestospixbet multiplasCaracas, na Venezuela, operapixbet multiplasforma intermitente há semanas.

"Tem diaspixbet multiplasque nem abrimos. Em outros funcionamos por apenas duas horas", diz o dono do estabelecimento, Garcilaso Pumar, à BBC Mundo, o serviço hispânico da BBC, apontando para as barricadas montadas nas ruas.

Apesarpixbet multiplasnão se opor às manifestações, ele admite que só conseguiu abrirpixbet multiplaslojapixbet multiplashorário integral na última terça-feira.

O cotidianopixbet multiplasPumar é um retrato fiel da arritmia que afeta o coração da economia venezuelana.

O país enfrenta uma das piores crises financeiraspixbet multiplassua história: a inflação é uma das mais altas do mundo, a escassezpixbet multiplasalimentos chega a 23% e o déficit fiscal parece sem solução, apesar das seguidas desvalorizações do bolívar, a moeda local.

O cenário se agravou ainda mais com as manifestações, que vem dificultando qualquer esboçopixbet multiplasrecuperação da economia.

Na última quarta-feira,pixbet multiplasuma reunião "para a paz", promovida pelo partido do presidente Nicolás Maduro com a participaçãopixbet multiplasvários setores, uma das declarações mais fortes partiu do empresário Lorenzo Mendonza, presidente das Empresas Polar, do setorpixbet multiplasalimentação e bebidas.

Segundo ele, a agenda nacional deixoupixbet multiplascontemplar discussões sobre o andamento da economia do país.

"Enquanto 95% (do debate) envolve política, o resto - 5% - é dedicado à economia", disse ele. "O país precisapixbet multiplasuma reflexão profunda sobre a economia", acrescentou.

O presidente Maduro, porpixbet multiplasvez, reiterou que a economia é um tema central para o seu governo.

"Vamos parar com as guarimbas e com a violência, e estabelecer um bom nívelpixbet multiplasrespeito à Constituição, para que possamos nos concentrar mais na economia."

As "guarimbas", como as barricadas montadas pelos manifestantes são conhecidas, vêm se espalhando por várias partes do país, especialmente na provínciapixbet multiplasTáchira, onde os protestos ainda mantêm um nível altopixbet multiplastensão.

Distribuição

Protestos na Venezuela | Foto: Reuters

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Legenda da foto, Comerciantes fecham as portas temendo a escaladapixbet multiplasviolência

Com medo da escaladapixbet multiplasviolência, muitos comerciantes decidiram permanecerpixbet multiplasportas fechadas. Nas últimas semanas, os poucos estabelecimentos que abriram ficaram às moscas e milharespixbet multiplasvenezuelanos tiverampixbet multiplastrabalharpixbet multiplascasa.

Mas enquanto o varejo e o comércio são afetados por fechamentos, o setor da economia mais atingido é o da distribuição.

O próprio Maduro já disse acreditar que a escassezpixbet multiplasprodutos é uma das principais causas das manifestações.

Já para Eduardo Garmendia, presidente da Conindustria, confederação que reúne as principais indústrias da Venezuela, "a capacidadepixbet multiplasentregar os produtos no varejo tem sido restrita, o que aumenta a escassez".

A distribuição na Venezuela encontra-sepixbet multiplasestado crítico, uma vez que a produção e o volumepixbet multiplasimportações, ambos a um nível consideravelmente baixo, já não são suficientes para abastecer todos os estabelecimentos do país.

Na semana passada, Giovanni Lupi, presidente da Catracentro, câmara que reúne empresaspixbet multiplastransporte terrestrepixbet multiplascarga pesada, disse que a tensão política provocou um aumentopixbet multiplas20% nas paralisações na frotapixbet multiplasdistribuição na região central do país.

Segundo o jornalpixbet multiplaseconomia El Mundo, soma-se a esse fato a paralisaçãopixbet multiplas40% da frota desde o início dos protestos.

"Há motociclistas encapuzados que queimaram veículos. Por causa disso, estamos protegendo os carros, quase ninguém está fazendo viagenspixbet multiplaslongas distâncias. Na última semana, como a tensão está mais forte, muitospixbet multiplasnós não podemos sair para trabalhar", disse Lupi ao jornal.

Segundo as secretariaspixbet multiplastransporte dos Estadospixbet multiplasVargas e Carabobo, o efetivo do escritório foi reduzidopixbet multiplas60% devido às recentes manifestações.

Preocupação

Protestos na Venezuela | Crédito: AP

Crédito, AP

Legenda da foto, Empresários pediram que funcionários públicos trabalhem durante Carnaval para garantir distribuição

Garmendia, da Conindustria, disse à BBC Mundo que as empresas pediram ao governo, encarregadopixbet multiplasautorizar as rotaspixbet multiplasdistribuição, que mantenha um efetivo trabalhando nos próximo dias, apesar do recessopixbet multiplasCarnaval.

"Dissemos ao governo que os funcionários públicos não podem sairpixbet multiplasférias", afirmou Garmendia. "Depoispixbet multiplascinco dias com a distribuição parada, não há nada nas prateleiras."

Enquanto o governo tenta encontrar uma alternativa para a crise econômica, Pumar continua tentando manter a viabilidade do seu negócio apesar dos protestos.

"Dada a situação atual, acredito que todo empresário que opere hoje na Venezuela esteja preparado para um ou dois mesespixbet multiplasbaixa rentabilidade".

Mas, enquanto muitos enfrentam uma queda nas vendas, outros aproveitam as manifestações para catapultar os ganhos.

Este é caso da pizzaria Mesónpixbet multiplasAltamira. De acordo com o gerente e filho do dono do estabelecimento, Alexandre Freitas, o restaurante tem vendido mais do que a média nos últimos dias.

"Os jovens vêm aqui comprar pizza para comer durante os protestos", afirmou.