Em meio à escaladaapostar online ao vivotensão, chavistas e opositores saem às ruas na Venezuela:apostar online ao vivo

Protestoapostar online ao vivoCaracas (AFP)

Crédito, AFP

Legenda da foto, Policiais lançam bombasapostar online ao vivogás e balasapostar online ao vivoborracha durante choque com estudantes anti-chavistas
  • Author, Claudia Jardim
  • Role, De Caracas para a BBC Brasil

apostar online ao vivo Partidários e oponentes do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, foram às ruas neste sábadoapostar online ao vivopartes distintas da capital Caracas,apostar online ao vivomeio a uma escaladaapostar online ao vivotensão.

Na Avenida Bolívar, onde o ex-presidente Hugo Chávez costumava reunir seus simpatizantes, Maduro discursou durante uma marcha que ele mesmo convocou “pela paz e contra o facismo”.

A manifestação foi uma demonstraçãoapostar online ao vivoforçaapostar online ao vivoresposta aos protestos estudantis, que se intensificaram após a morteapostar online ao vivotrês pessoas e a prisãoapostar online ao vivodezenas nesta quarta-feira, durante uma marcha contra o governo.

“Vocês querem as ruas? Pois lhes daremos as ruas. Querem o povo na rua? Então chegou a hora da rua outra vez. Não vou renunciar nenhum milímetro do poder que o povo da Venezuela me deu”, disse Maduro, durante um discurso transmitidoapostar online ao vivocadeia nacionalapostar online ao vivorádio e TV. “Trata-seapostar online ao vivoderrotar uma corrente fascista que quer acabar com a pátria.”

Ele disse ainda que se a direita venezuelana tentar dar um golpe, seu governo estaria "decidido a tudo". "Radicalizaríamos a revolução muito além dos limites já conhecidos", afirmou Maduro, logo depois da manifestação, durante reunião na sede do governo.

Maduro também acusou o ex-presidente colombiano Álvaro Uribeapostar online ao vivoapoiar a direita venezuelana a planejar um golpe.

Do outro lado da capital venezuelana, os protestos contra o governo continuaram, com muitos pedindo a libertação dos estudantes presos durante as marchas dos últimos dias.

No início da noite, após algumas horasapostar online ao vivomanifestação pacífica, estudantes e forças do governo entraramapostar online ao vivochoque, com policiais disparando balasapostar online ao vivoborracha e bombasapostar online ao vivogás.

Disputa política

As manifestações deste sábado são como uma reedição da disputa política nas ruas - que marcou a história da gestão chavista – e que subiramapostar online ao vivotom nesta semana, quando ex-prefeito do municipioapostar online ao vivoChacao Leopoldo López (que é presidente do partidoapostar online ao vivodireita Voluntad Popular) convocou uma manifestação cujo horizonte é levar à renúncia do presidente venezuelano.

Ele argumenta que os venezuelanos não podem esperar até 2019 - fim do mandatoapostar online ao vivoMaduro - para corrigir os problemas do país. Seu chamado à mobilização "até que Maduro renuncie" é interpretado pelo governo como uma tentativaapostar online ao vivogolpe.

Novos protestos da oposição estão convocados para o domingo. Paradoxalmente, desde a quinta-feira, as barricadas e fechamentoapostar online ao vivorodovias ocorrem no municípioapostar online ao vivoChacao, bastião da oposição.

O governo afirma que há uma ordemapostar online ao vivocaptura para prender a Leopoldo López, acusadoapostar online ao vivoser responsável pela ondaapostar online ao vivoviolência desta semana. Uma eventual prisão do líder opositor pode inflamar ainda mais as manifestações anti-chavistas.

Violência

Tanto chavistas como opositores vivem uma crescente insatisfação diante da alta criminalidade e da crise econômica que predomina no país.

Ainda assim, chamados para protestos mais violentos por parte do setor radical da oposição não vêm tendo muita adesão.

"Maduro não tem um chequeapostar online ao vivobranco nas mãos e sabe disso. Ele tem que corrigir os problemas que estamos enfrentando, mas a saída não é a violência ", afirmou à BBC Brasil a contadora Maritza Gutierrez, uma das milharesapostar online ao vivomanifestantes que participaram do protesto convocado pelo governo.

"Estou aqui defendendo a Constituição e a paz. Essa é a regra e todos temos que cumprir, gostem ou não", acrescentou Gutierrez, que vestia uma camiseta com a fotoapostar online ao vivoChávez.

A enfermeira Martina Marcano relatou à BBC Brasil estar irritada com as filas nos supermercados e com a escassezapostar online ao vivoprodutos, mas disse temar uma saída "violenta" à crise.

"Queremos solução para os problemas. Este senhor (Maduro) tem que dar respostas, mas não quero ver esses meninos se matando na rua, não queremos uma guerra civil. Que cada quem espere seu turno para governar", afirmou Marcano, depoisapostar online ao vivoesperar uma hora na filaapostar online ao vivoum supermercado para comprar papel higiênico.

Moderados x radicais

O que estáapostar online ao vivodebate entre as correntes moderada e radical da oposição é o método com o qual devem se contrapor ao chavismo.

Os primeiros acreditam que é preciso protestar para promover mudanças no Executivo, admitindo que foram derrotados nas urnas. Já os radicais, protestam para mudar o governoapostar online ao vivoMaduro, não somente suas políticas.

"Não existe possibilidadeapostar online ao vivoque o governo mude, precisamosapostar online ao vivouma mudançaapostar online ao vivogoverno", afirmou à BBC Brasil José Atacho, recém-formadoapostar online ao vivoadministração. Nas ruas desde a quarta-feira, Atacho acompanhava a concentraçãoapostar online ao vivoestudantes neste sábado.

O jovem disse não se importar se o caminho para "derrubar o governo" será constitucional ou não. "Se ele (Maduro) renunciar, seria melhor para todos, para evitar mais problemas, mas se não for assim, que caia como tenha que cair", acrescentou.

Representante da classe média, o chamadoapostar online ao vivoAtacho eapostar online ao vivoseus colegas não convence a maioria da população, na avaliação do analista político Luis Vicente León , diretor da consultoria Datanalisis e.crítico ao governo

A seu ver, uma boa parte dos simpatizantes do governo está convencidaapostar online ao vivoque realmente há uma "guerra econômica" empreendida pelo setor privado para desestabilizar a atual gestão e esse elemento sustentaria, por enquanto, o apoio ao Executivo diante da crise.

Para ele, a demanda dos estudantes somada à crise econômica são terreno fértil para protestos e para catapultar desejosapostar online ao vivolíderes políticos. No entanto, a seu ver, apesar da insatisfação que a crise origina, não significa que Maduro esteja na "corda bamba".

Escassez

Os protestos ocorrem também num momentoapostar online ao vivoque o governo aperta ainda mais as regras da economia para o setor empresarial. Numa tentativaapostar online ao vivocontrolar a crescente inflação, Maduro firmou um decreto-lei "de preços justos", limitando o lucro do empresário local a 30% sobre o valor da mercadoria. Coincidentemente, a escassez aumentou depois desta medida, alcançando 28% dos produtos básicosapostar online ao vivoacordo com o Banco Central da Venezuela.

"No hay” (não tem) tem sido a resposta da maioria dos vendedores quando a pergunta se refere a leite, óleo, papel higiênico, produtosapostar online ao vivolimpeza e higiene.

A ausênciaapostar online ao vivoprodutos básicos industrializados nas prateleiras é similar ao início da crise política originada pelo golpeapostar online ao vivo2002 eapostar online ao vivoseguida pelo locaute patronalapostar online ao vivo2003. O clima na capital durante toda a semana foiapostar online ao vivotensa calma eapostar online ao vivocompras nervosas para estocar os alimentos que estão disponíveis.