Por que as multinacionais não deixam a Venezuela?:esportiva bet spaceman

Loja na Venezuela forçada pelo governo a cortar preçosesportiva bet spaceman50% (Reuters)

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Legenda da foto, Governo venezuelano tem tabelado preços e limitado margemesportiva bet spacemanlucro das empresas

Recentemente, o governo decretou que a margemesportiva bet spacemanlucros não pode ser maior que 30%. Além disso, o país tem uma das mais altas taxasesportiva bet spacemaninflação do mundo e as empresas têm problemas para retirar suas divisas do país. Isso tudo faz a Venezuela parecer um dos piores lugares do mundo para se fazer negócios.

Mesmo assim, várias multinacionais das indústrias alimentícia, bancária e petroleira, entre outras, não só optaram por ficar na Venezuela, como por manter no país algumas das maiores operações da América Latina.

Centenasesportiva bet spacemanmultinacionais ainda operam na Venezuela, incluindo a Procter & Gamble, a Chevron e a Telefónica. Perante esse cenário, por que elas ainda continuam no país?

Dificuldades

O relatório Doing Business, do Banco Mundial, que classifica os países onde é mais rentável fazer negócios, colocouesportiva bet spaceman2014 a Venezuela no posto 181, entre as 189 economias que entram na lista.

Segundo o relatório, a Venezuela não protege suficientemente os investimentos, tem problemas tributários e dificulta o comércio por meioesportiva bet spacemansuas fronteiras.

As principais agênciasesportiva bet spacemanclassificaçãoesportiva bet spacemanrisco já baixaram,esportiva bet spacemanmaisesportiva bet spacemanuma ocasião, as notas da Venezuela.

O controle cambial impostoesportiva bet spaceman2003 por Chávez também faz com que as multinacionais dependam do Estado para repatriar seus lucrosesportiva bet spacemandólares.

Nos últimos anos, o Estado não foi capazesportiva bet spacemantransferir esses dólares às multinacionais. O governo agora tem uma dívidaesportiva bet spacemanaproximadamente US$ 13 bilhões com o setor privado.

Nesse grupo estão as farmacêuticas e as companhias aéreas, o que explica a escassezesportiva bet spacemanmedicamentos e o funcionamento precárioesportiva bet spacemanalgumas companhias.

A renda do petróleo

A maior diferença entre a Venezuela e outros países consideradosesportiva bet spacemanrisco é que o país é um dos maiores produtoresesportiva bet spacemanpetróleo do mundo.

A Venezuela exporta maisesportiva bet spaceman2 milhõesesportiva bet spacemanbarrisesportiva bet spacemanpetróleo por dia. Produzir um barril custa US$ 15. Na venda, ele alcança até US$ 105.

Os US$ 90esportiva bet spacemanlucro por barril compõem a chamada "renda do petróleo", que não apenas permite ao governo expandir os gastos públicos, como serveesportiva bet spacemanfiador dos empréstimos da Venezuela no exterior.

Nicolás Maduro

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Legenda da foto, Nicolás Maduro vem ameaçando setor privado com expropriações

"Todo esse dinheiro o governo gasta como quer, porque não há instituições para regulá-lo. Ele acaba entrando na economia real", diz Ángel García Banchs, diretor do centroesportiva bet spacemanpesquisas Econométrica.

Com tanto dinheiro injetado constantemente na economia, acaba não sendo tão difícil ter um empreendimento rentável.

"Isso permite às empresas levantar uma renda que não é produtoesportiva bet spacemansua estratégia, que não existe graças aesportiva bet spacemaneficiência ou produtividade, mas apenas resultado da liquidez monetária."

As multinacionais acabam não se queixando publicamente das restrições e controles do governo. Segundo Waleska Miguel, executiva da Coca-Cola, a companhiaesportiva bet spacemanbebidas tem uma operação "extraordinária" no país.

'Corridaesportiva bet spacemanresistência'

Quem dá voz às queixas é a Fedecámaras, organismo que agrupa o setor privado na Venezuela e que o governo classifica como órgão opositor.

Por definição, uma empresa tem chanceesportiva bet spacemanobter lucros maiores se estiver mais exposta ao risco.

"Aqui te expropriam, há o risco cambial, mas se você consegue se estabelecer, a alta marcação dos preços (inflação) permite que você compense o risco", afirma García Banchs.

E, diz o economista Maxim Ross, depois dos investimentos iniciaisesportiva bet spacemaninfraestrutura e publicidade, "nenhuma empresa está disposta a abandonar um mercado a não ser que esteja a pontoesportiva bet spacemancolapso,esportiva bet spacemanexpropriação ou conflito final. A Venezuela tem uma economia rentável demais para que uma empresa deixe um vácuo e (seja substituída) por outra".

Mas Ross agrega que "as empresas sempre estão na expectativaesportiva bet spacemanque haja uma trocaesportiva bet spacemangoverno que as favoreça e justifique a espera".

Essa opinião é compartilhada pela consultora política Anabella Abadi, do grupo ODH. "As empresas estãoesportiva bet spacemanuma corridaesportiva bet spacemanresistência, mais do queesportiva bet spacemanvelocidade", diz.