De olhofezbet pagacomércio, Mercosul apostafezbet pagaVenezuela mais pragmática:fezbet paga
"Moderar Chávez significa garantir que o horizonte do projeto bolivariano não ultrapasse o capitalismofezbet pagaEstado", diz Biardeau. Na prática, isso significa, para ele, que o projeto do "socialismo do século 21" do atual governo deve permanecer somente na retórica.
O analista avalia que a tendência é que, se obtiver mais um mandato, Chávez continue se comprometendo com as grandes empresas regionaisfezbet pagatrocafezbet pagaapoio político.
"Se prevalecer o papelfezbet pagamoderaçãofezbet pagaBrasil e Argentina, serão as empresas e os países do Mercosul os negociadores das condiçõesfezbet pagasegurança jurídica para o capital estrangeiro na Venezuela", afirma Biardeau.
Demora, mas paga
O candidato opositor Henrique Capriles criticou durante a campanha a entradafezbet pagaseu país no Mercosul e a desvantagem da Venezuela na relação comercial com o Brasil.
"Queremos ir ao Brasil buscar investimentos para a Venezuela, não que o Brasil seja somente um vendedor para a Venezuela, que é a realidadefezbet pagahoje", afirmou Capriles à imprensa estrangeira,fezbet pagaCaracas.
Os principais empresários venezuelanos apoiam a coalizão opositora e veem com preocupação a livre competição com produtos brasileiros e argentinos.
De olho nas mudanças que uma eventual vitóriafezbet pagaCapriles poderia trazer, a Câmarafezbet pagaComércio e Indústria Venezuelana-Brasileira (Cavenbra) admite que seus sócios vêem com simpatia um novo mandatofezbet pagaChávez.
"Temos maisfezbet paga90 empresários brasileiros querendo vir à Venezuela fazer negócios", afirmou à BBC Brasil o diretor-executivo da Cavenbra, Fernando Portela.
A aposta dos investidores é que, com a entrada do país ao Mercosul, haverá mais segurança jurídica nas negociações com o governo. Nos bastidores, os brasileiros comentam que Chávez "demora, mas paga".
Para Portela,fezbet pagauma eventual vitória da coalizão opositora, a pauta comercial venezuelana tende a migrar aos antigos parceiros do "norte", invertendo a lógica aplicada por Chávez nos últimos anosfezbet pagareduzir a dependência comercial com os Estados Unidos.
"(Com Capriles) o Brasil pode perder a médio prazo maior participação nesse comércio", afirma o diretor da Cavenbra.
Empreiteiras
O setorfezbet pagaconstrução é um dos principaisfezbet pagadisputa. Cinco grandes empreiteiras brasileiras, encabeçadas por Odebrecht e Camargo Correa, foram beneficiadas por uma ofensiva diplomática brasileira iniciadafezbet paga2005.
Neste período, consolidou-se o estabelecimento dessas empresas para a execuçãofezbet pagaobrasfezbet pagaconstruçãofezbet pagainfraestrutura e moradia na Venezuela.
O montante dos investimentos - que, emfezbet pagamaioria, contam com financiamento do BNDES - é tratado com sigilo. Portela afirma que os construtores venezuelanos se sentem desprestigiados porque o governo não lhes deu participação nas obrasfezbet pagainfraestrutura.
Para o diretor da Cavenbra, a pressão do setor sobre Capriles pode modificar a participação das empresas estrangeiras no ramo.
Outro alvo dos investidores brasileiros é a entradafezbet pagaprodutos da China na região, principalmente na áreafezbet pagamanufaturados. "Agora que a Venezuela faz parte do Mercosul, não tem sentido que continue importando tantos manufaturados da China", diz Portela.
O comércio bilateral entre Brasil e Venezuela saltoufezbet pagaUS$ 2,4 bilhõesfezbet paga2005 para uma previsãofezbet pagapouco maisfezbet pagaUS$ 6 bilhões neste ano. O superávit brasileiro éfezbet pagaquase US$ 5 bilhões.
Alba e Farc
Outro desafio para a política externa venezuelana será triangular a relação comercial do Mercosul com os interesses dos países da Alba (Alternativa Bolivariana paras as Américas), criada por Chávez e pelo líder cubano Fidel Castro.
Capriles advertiu que, se eleito, seu governo deixaráfezbet paga"presentear" o petróleo venezuelano como método para ampliar a influência da Venezuela na região.
Na Alba, os laços são baseados na trocafezbet pagaprodutos e serviços. Caso emblemático é a relação com Cuba que estabelece o enviofezbet pagapetróleo à ilhafezbet pagatrocafezbet pagaassistência médica e profissional cubana.
No campo político, há especial preocupação da Colômbia. Após anosfezbet pagacrise durante o governofezbet pagaÁlvaro Uribe - inclusive com ameaçafezbet pagaagressão militar - a Venezuela foi convidada à participar como acompanhante, junto com Chile, na negociaçãofezbet pagaum acordofezbet pagapaz entre o governofezbet pagaJuan Manuel Santos e a guerrilha das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia).
De acordo com um diplomata colombiano, Bogotá prefere a permanênciafezbet pagaChávezfezbet pagaMiraflores para evitar que uma crise interna no país "perturbe" as negociações com a guerrilha.