Dá para reverter a desigualdade social mundial?:giros grátis sem deposito

Fórum Econômico Mundial,giros grátis sem depositoDavos (AP)

Crédito, AP

Legenda da foto, Desigualdade causa preocupaçãogiros grátis sem depositoDavos, mas haverá esforço para resolvê-la?

Nos últimos 30 anos, segundo a Oxfam, o 1% mais rico da população passou a abocanhar renda ainda maior,giros grátis sem deposito24 dos 26 países que forneceram dados sobre o período. O Brasil é citado como um dos poucos países onde a desigualdade está diminuindo.

Nos EUA,giros grátis sem deposito1978, um salário anual médio equivalia a US$ 48 mil (em valores atuais), e 1% da população ganhava US$ 390 mil. Em 2010, o salário médio caiu para US$ 33 mil, enquanto 1% da população ganhava maisgiros grátis sem depositoUS$ 1 milhão.

O período coincide com a hegemonia da crença neoliberal promovida entre os anos 70 e 80 por políticos como Augusto Pinochet, no Chile, Ronald Reagan, nos EUA, Margaret Thatcher, no Reino Unido.

A ideologia, que emergiu triunfante com a queda do Murogiros grátis sem depositoBerlim, prega regulação mínima do Estado sobre a atividade econômica, liberdade absoluta ao mercado e redução dos impostos aos mais ricos, a fimgiros grátis sem depositopromover o crescimento econômico.

A Oxfam defende iniciativas que vão na direção oposta: "É preciso um combate global à evasão a paraísos fiscais. Um sistemagiros grátis sem depositoimpostos progressivo. Um salário digno", disse à BBC Mundo Ricardo Fuentes-Nieva, chefegiros grátis sem depositopesquisas do órgão.

Estados costumam ser as únicas entidades capazesgiros grátis sem depositointervir significativamente na redução da desigualdadegiros grátis sem depositonível nacional, mas, para tal, necessitagiros grátis sem depositodinheiro para financiar investimentosgiros grátis sem depositosaúde, emprego, educação ou previdência social.

Distorções

Nas últimas décadas, a elite mundial contribuiu decisivamente para o "desfinanciamento" estatal: segundo o Tax Policy Center, dos EUA, desde a décadagiros grátis sem deposito1970, a cargagiros grátis sem depositoimpostos caiu para os mais ricosgiros grátis sem deposito29 dos 30 países nos quais há dados disponíveis.

No mesmo período, o númerogiros grátis sem depositoparaísos fiscais alcançou 50 a 60 jurisdições, que, segundo cálculo da revista The Economist, são o destino do equivalente a quase o dobro do PIB dos EUA.

O diretor da ONG Tax Justice Internacional, John Christensen, ilustra o impacto dos paraísos fiscais.

"No âmbitogiros grátis sem depositoindivíduos, a perdagiros grátis sem depositoreceita fiscal égiros grátis sem depositocercagiros grátis sem depositoUS$ 225 bilhões. Em âmbito corporativo, ocorre uma distorçãogiros grátis sem depositopreços. (Multinacionais) pagam pouco ou nada (para manter o dinheiro) no paraíso fiscal e, no paísgiros grátis sem depositoorigem, pagam menos do que deveriam porque seus ganhos ficam muito abaixo da realidade", afirmou à BBC Mundo.

Pobrezagiros grátis sem depositoBangladesh

Crédito, AFP GETTY

Legenda da foto, Renda total dos 3,5 bilhões mais pobres equivale à das 85 pessoas mais ricas do mundo

Isso provoca distorções tragicômicas. Um único edifício nas ilhas Cayman, chamadogiros grátis sem depositoUgland House, é a sede oficialgiros grátis sem deposito18 mil empresas.

Nos Estados Unidos, Delaware, cuja população não chega a 1 milhãogiros grátis sem depositopessoas, existem 945 mil empresas, masgiros grátis sem depositouma por cabeça.

E o Google faturou US$ 5 bilhões no Reino Unidogiros grátis sem deposito2012, mas praticamente não pagou impostos por isso.

Políticas

A globalização financeira, a desregulação e a capacidadegiros grátis sem depositomover a produçãogiros grátis sem depositoum país a outro converteram esse poder econômicogiros grátis sem depositouma força capazgiros grátis sem depositodobrar governos.

"A elite mundial está impondo políticasgiros grátis sem depositoEstado que lhes favoreçam", opinou Ricardo Fuentes-Nieva. "Isso produz uma 'deslegitimação' da democracia e do Estado."

O relatório da Oxfam diz que,giros grátis sem depositopesquisas conduzidasgiros grátis sem depositoseis países - Brasil, Espanha, Índia, África do Sul, Reino Unido e EUA -, a maioria dos entrevistados opinou que as leis tendem a favorecer os mais ricos.

A ONG fez um chamado por mais responsabilidade à elite global - chamado que, segundo Fontes-Nieva, pode ter mais apelo por conta da profundidade e da extensãogiros grátis sem depositopotenciais turbulências globais.

"Estamos ante um perigogiros grátis sem depositoruptura do contrato social. Desta vez, o conjunto da sociedade, inclusive a classe média, se vê afetada. Precisamos lembrar que tratam-segiros grátis sem depositopolíticas públicas que podem ser mudadas. Se não forem, o impacto prejudicará as próprias elites, porque a crescente exclusãogiros grátis sem depositoconsumidores pode acabar produzindo uma sociedade economicamente doente."

Sinaisgiros grátis sem depositodebilidade não faltam: segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), o desemprego mundial serágiros grátis sem deposito6,1% neste ano,giros grátis sem depositocomparação com 5,5%giros grátis sem deposito2008. Entre os jovens, a taxa serágiros grátis sem deposito13,1%.