Crise no Maranhão exige respostacassino roleta betanolongo prazo:cassino roleta betano
"A transferência (de líderescassino roleta betanofacções para presídios federais) é uma forma emergencialcassino roleta betanoenfrentar a questão", disse Joisiane Gamba, da Sociedade Maranhensecassino roleta betanoDireitos Humanos. Segundo ela, a medidacassino roleta betanosi não deve resolver o problema se questões como a superlotação e a punição dos responsáveis pelos crimes não forem resolvidos.
Ela defende também que a investigação sobre os crimes no sistema prisional do Maranhão seja assumida pela Polícia Federal.
'Agravar o problema'
O presidente do Sinpol-MA (Sindicato dos Policiais Civis), Heleudo Albino Moreira, e o vice-presidente do Sindspem, César Castro Lopes, que representa os agentes penitenciários, afirmaram à BBC Brasil que as transferências para presídios federais podem até agravar o problema.
Eles temem que os presos transferidos entremcassino roleta betanocontato com detentoscassino roleta betanooutras facções do país e "aprendam" novas técnicascassino roleta betanoorganização e táticas para cometer crimes – voltando mais tarde ao Maranhão para "ensinar" o que aprenderam.
De acordo com Gamba e com Lopes, tanto as transferências para presídios federais como o emprego da Polícia Militar dentro dos presídios não resolvem os problemas estruturais do sistema prisional, que precisacassino roleta betanomelhorias a longo prazo.
"O sistema está sucateado por faltacassino roleta betanoinvestimento", disse Lopes.
Segundo os dados mais recentes do Ministério da Justiça (de dezembrocassino roleta betano2012), o sistema carcerário maranhense tinha capacidade para abrigar cercacassino roleta betano2.200 detentos, mascassino roleta betanolotação passavacassino roleta betano5.400.
Lutacassino roleta betanofacções
Segundo agentes prisionais e policiais maranhenses ouvidos pela BBC Brasil, a ondacassino roleta betanoviolência é resultadocassino roleta betanouma luta pelo poder entre duas das cinco facções criminosas que atuam nos presídios do Estado, o "PCM" (Primeiro Comando do Maranhão) e o "Bonde dos 40".
Segundo um relatório do CNJ (Conselho Nacionalcassino roleta betanoJustiça), a formação dessas facções se deve à acomodação tantocassino roleta betanopresos do interior como da capital do Maranhão no complexo prisionalcassino roleta betanoPedrinhas,cassino roleta betanoSão Luís.
O primeiro desses grupos, o PCM, foi criadocassino roleta betanomeadoscassino roleta betano2002 por detentos do interior para se proteger contra abusos dos presos da capital. Eles afirmariam ter mais direitocassino roleta betanoestar lá do que prisioneiros que cometeram seus crimescassino roleta betanocidades localizadas a até 800 quilômetroscassino roleta betanoSão Luís.
Eles teriam recebido influência e copiado aspectos da organização da facção PCC (Primeiro Comando da Capital), que domina os presídioscassino roleta betanoSão Paulo. Iniciaram também no Maranhão a práticacassino roleta betanodecapitar seus oponentes, como formacassino roleta betanointimidar rivais.
Há cercacassino roleta betanodois anos, os detentoscassino roleta betanoSão Luís organizaram seu próprio grupo criminoso, o Bonde dos 40, caracterizado por açõescassino roleta betanoextrema violência e por possuir "soldados" livres atuando nas ruas da capital.
As duas facções vêm protagonizando desde então inúmeros episódioscassino roleta betanoviolência nos presídios do Estado.
Desde 2007, maiscassino roleta betano150 detentos morreram nos conflitos, segundo dados da Anistia Internacional. Um dos episódios mais violentos ocorreucassino roleta betano2010, quando 18 presos foram mortoscassino roleta betanouma única rebelião e três deles acabaram sendo decapitados.
Crise
Sócassino roleta betano2013, os conflitos resultaram nas mortescassino roleta betano60 detentos. Mas a crise ganhou as manchetes do resto do paíscassino roleta betanooutubro, quando uma rebelião no local deixou nove mortos no complexo prisionalcassino roleta betanoPedrinhas.
O conflito se intensificou gerando novo motimcassino roleta betanonovembro, quando três detentos foram decapitados. A escalada da violência fez o CNJ – que já vinha pressionando o Estado a fazer mudanças no sistema prisional – a elaborar um relatóriocassino roleta betanodezembro.
O documento concluía que as unidades do complexo "estão superlotadas e já não há mais condiçõescassino roleta betanomanter a integridade física dos presos, seus familiares ecassino roleta betanoquem mais frequente os presídioscassino roleta betanoPedrinhas".
Ao mesmo tempo, a Comissão Interamericanacassino roleta betanoDireitos Humanos da OEA (Organização dos Estados Americanos) recomendou medidas ao Brasil, entre elas garantir a segurançacassino roleta betanoPedrinhas, reduzir a superlotação prisional e investigar os assassinatos.
Os presídioscassino roleta betanoSão Luís foram então ocupados no fim do ano passado por homens da Força Nacional e do Batalhãocassino roleta betanoChoque da PM.
A medida teria irritado líderescassino roleta betanofacções, que teriam sido flagradoscassino roleta betanoescutas telefônicas ordenando ataques a ônibus, policiais e bombeiros nas ruas da capital como retaliação.
Uma meninacassino roleta betanoseis anoscassino roleta betanoidade sofreu queimaduras por todo o corpo e morreu, quando um dos coletivos foi incendiado. Quatro pessoas ficaram feridas. Uma base e um carro da polícia foram alvocassino roleta betanotiros.
Nesta semana, o governo federal ofereceu 25 vagascassino roleta betanopresídios federais para transferênciascassino roleta betanolíderescassino roleta betanofacções. A Anistia Internacional divulgou nota demonstrando preocupação com a situaçãocassino roleta betanoPedrinhas e recomendando ao Brasil que implemente as medidas sugeridas pela OEA.