Idiomasesporte sorte gratispalestinos e Israel se mesclam no 'arabraico':esporte sorte gratis
Em seu livro, o professor analisa esse fenômeno linguístico e cultural. O próprio título da obra é uma expressão idiomática amplamente utilizada tanto por judeus como por árabes, e que inclui uma palavraesporte sorte gratisárabe (walla – "de verdade",esporte sorte gratistradução livre) e outraesporte sorte gratishebraico (beseder – que significa "tudo bem").
Comunicação
Palavras relacionadas a tecnologia, medicina, economia e burocracia são diretamente integradas ao árabe falado pelos palestinosesporte sorte gratisIsrael.
"Os médicos árabes estudam e trabalhamesporte sorte gratisinstituições israelenses nas quais a língua utilizada é o hebraico. Quando voltam para suas cidades usam os termos hebraicos na comunicação com os pacientes e assim essas palavras rapidamente são integradas na língua falada", disse o professor.
O mesmo aconteceesporte sorte gratistodas as instituições públicas, nas quais a língua oficial é hebraico.
"Outro setor do público árabe fortemente influenciado pela língua hebraica é composto pelos acadêmicos. Estudantes árabes frequentam as universidades israelenses,esporte sorte gratishebraico, e passam a integrar muitos dos termos que aprendem na linguagem falada no dia a dia", explica o professor.
"Vale lembrar que no árabe temosesporte sorte gratisfato duas línguas – o árabe falado e o árabe literário – muito diferentes. Quando falamosesporte sorte gratisintegração e do 'arabraico' nos referimos ao árabe falado e não ao literário."
Minoria
Cercaesporte sorte gratis20% dos cidadãos israelenses são árabes palestinos e, segundo Mar'i, "como minoria, para viveresporte sorte gratisIsrael os árabes precisam saber hebraico".
Mas os árabes nem sempre foram minoria na região onde hoje existe o Estadoesporte sorte gratisIsrael.
Para o professoresporte sorte gratislíngua árabe Ali Al-Azhari, até a fundaçãoesporte sorte gratisIsrael,esporte sorte gratis1948, a influência do árabe sobre o hebraico era bem mais intensa.
"Antes da Nakba (tragédia palestina), a direção da influência entre as duas línguas era inversa. Durante o longo períodoesporte sorte gratisque os judeus eram minoria na Palestina eles absorveram não só a língua como também os costumes e a cultura árabes, então hegemônicos na região", disse Al-Azhari à BBC Brasil.
"Naquela época, as fronteiras com todos os países árabes no Oriente Médio ainda estavam abertas e havia aqui uma livre circulaçãoesporte sorte gratisegípcios, iraquianos, sírios e libaneses", afirmou. "Naquelas circunstâncias, os membros da comunidade judaica na Palestina se sentiam minoria e tinham que absorver a língua local para viver seu dia a dia."
Os palestinos na Cisjordânia e na Faixaesporte sorte gratisGaza também foram fortemente influenciados pela língua hebraica.
Até o início dos anos 1990, a maioria dos palestinos dos territórios ocupados na Guerraesporte sorte gratis1967 trabalhavaesporte sorte gratisIsrael e aprendeu o hebraico.
No entanto, com a escalada da violência na região, Israel fechou as fronteiras e hojeesporte sorte gratisdia apenas uma minoria dos palestinos da Cisjordânia trabalha dentroesporte sorte gratisIsrael.
Nessas circunstâncias, só os palestinos mais velhos sabem hebraico. Os jovens que moram nos territórios ocupados apenas entendem termos ligados à presença militar israelense na região, como a palavra "mahsom" (que significa pontoesporte sorte gratischecagem).
Não há palestino que não saiba o significadoesporte sorte gratis"mahsom", já que são constantemente obrigados a passar por inúmeros postosesporte sorte gratiscontrole militares que pontilham toda a Cisjordânia.