Penaboleto betanomorteboleto betanoGaza, mais uma divisão entre lideranças palestinas:boleto betano

Faixaboleto betanoGaza
Legenda da foto, Execuções, segundo procurador indicado pelo Hamas, têm o objetivo dissuadir outros criminosos

A última vezboleto betanoque ocorreram execuções na Faixaboleto betanoGaza foiboleto betanojunho deste ano, quando dois homens foram mortos no pátio da delegacia da policiaboleto betanoJawazat, após serem acusadosboleto betano"colaboração com o inimigo".

Autorização presidencial

De acordo com o porta-voz da presidência da Autoridade Palestina, Abdullah Erakat, "a execução não pode ser levada adiante sem a autorização do presidente palestino Mahmoud Abbas,boleto betanoacordo com o artigo 109 da Constituição Palestina."

"Portanto, ninguém no Estado Palestino pode implementar a penaboleto betanomorte sem que o presidente assine a sentença", disse Erakat à BBC Brasil. "O que está acontecendo na Faixaboleto betanoGaza é totalmente ilegal e contradiz a Constituição."

De acordo com o porta-voz, Abbas não assinou qualquer sentençaboleto betanomorte desde que assumiu o cargo,boleto betano2005.

No entanto, para o primeiro-ministro do Hamas, Ismail Hanyiah, a penaboleto betanomorte é um sinalboleto betano"respeito a nosso sangue, nossa Sharia (lei islâmica) e nossa lei".

O Hamas não reconhece a autoridadeboleto betanoAbbas e argumenta que a gestão do presidente deveria ter terminadoboleto betano2009, ou seja, quatro anos depoisboleto betanoeleito,boleto betano2005.

Porém, a ausênciaboleto betanoum acordoboleto betanoreconciliação entre o Fatah e o Hamas impede a realizaçãoboleto betanonovas eleições nos territórios palestinos.

Desde que o grupo islamista tomou à força o controle da Faixaboleto betanoGaza,boleto betano2007, a Cisjordânia é governada pela Autoridade Palestina,boleto betanoAbbas, e o Hamas impõe novas leis na região que domina.

'Violação'

Em entrevista à BBC Brasil, o diretor da ONG Al-Haq, Shawan Jabarin, criticou as execuções na Faixaboleto betanoGaza.

Para ele, os prisioneiros na Faixaboleto betanoGaza não recebem um julgamento justo, nem uma defesa verdadeira.

"Como organizaçãoboleto betanodireitos humanos, a Al-Haq é contra qualquer penaboleto betanomorte,boleto betanoquaisquer circunstâncias. No caso da Faixaboleto betanoGaza, o Hamas está claramente violando a própria lei palestina, portanto qualificamos essas execuções como extrajudiciais", disse.

A Anistia Internacional acusa o governoboleto betanoHamasboleto betanopraticar a tortura para obter "confissões" nas cadeias da Faixaboleto betanoGaza.

Tortura

De acordo com Philip Luther, diretor do programa da Anistia no Oriente Médio,boleto betanovários casos as "confissõesboleto betanoprisioneiros na Faixaboleto betanoGaza foram extorquidas sob tortura".

Segundo a Anistia Internacional, um dos prisioneiros condenados à morte, identificado apenas como F. A.,boleto betano23 anos, teria assinado uma confissãoboleto betanocolaboração com uma entidade hostil depoisboleto betanosofrer torturas. Ele foi condenado à morte pelo Tribunal Militar Central da cidadeboleto betanoGaza, no dia 24boleto betanomarço deste ano.

A ONG também informou, que segundo o advogadoboleto betanoF.A., quando o réu compareceu ao tribunal apresentava ferimentos no rosto, e disse que fora pendurado pelos pés e mãos e que havia sido espancado durante o interrogatório.

Nos últimos seis anos, desde que o Hamas controla a Faixaboleto betanoGaza, 16 pessoas já foram executadasboleto betanopúblico na região.

O procurador-geral, Ismail Jaber, disse ao site Al Monitor, que as próximas execuções serão realizadas "perante membros das famílias das vitimas, alémboleto betanoprefeitos e lideres religiosos".