Irã e potencias chegam a acordo para conter programa nuclear iraniano:slot totem
slot totem O Irã e um gruposlot totemseis potências mundiais chegaram neste domingo a um acordo para que o governo iraniano reduza suas atividades nuclearesslot totemtrocaslot totemum alívio nas sanções internacionais contra o país.
O acordo, conseguido após quatro diasslot totemnegociaçõesslot totemGenebra, na Suíça, prevê que o Irã permita o acessoslot toteminspetores nucleares ao país e suspenda parteslot totemseu programaslot totemenriquecimentoslot totemurânio.
Em troca, parte das sanções adotadas contra o país ao longo dos últimos anos serão suspensas, permitindo um alívio estimadoslot totemUS$ 7 bilhões ao Irã.
As negociaçõesslot totemGenebra tiveram a participação dos chanceleres do Irã e do grupo P5+1, formado pelos cinco membros permanentes do Conselhoslot totemSegurança da ONU (Estados Unidos, França, Rússia, China e Grã-Bretanha), mais a Alemanha.
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, elogiou o acordo, dizendo que ele inclui "limitações substanciosas que impedirão o Irãslot totemconstruir uma arma nuclear".
Ele afirmou, porém, que se o Irã não mantiver seus compromissos, "suspenderemos o alívio (das sanções) e reforçaremos a pressão".
O acordo deste domingo vale por seis meses, e depois disso se buscará um acerto permanente.
'Direitos reconhecidos'
Em pronunciamento à TV, o presidente do Irã, Hassan Rouhani, afirmou que seu país nunca teve como objetivo desenvolver armas nucleares e que nunca o fará.
Segundo ele, o acordoslot totemGenebra "reconheceu os direitos do Irã a um programa nuclear" e afirmou que as atividades nucleares do país seguirão iguais.
O governo do Irã afirma que seu programa tem fins pacíficos, para a produçãoslot totemenergia, mas as potências ocidentais, lideradas pelos Estados Unidos, acusavam Teerãslot totemtentar construir armas atômicas.
O secretárioslot totemEstado dos Estados Unidos, John Kerry, afirmou que o acordo tornará a região do Oriente Médio mais segura para os aliados dos americanos, incluindo Israel.
Mas o governo israelense chamou o acordoslot totem"erro histórico" e disse que Israel não se sentia limitado por ele.
"Esse é um acordo ruim, que dá ao Irã o que o país queria: uma suspensão parcial das sanções, ao mesmo tempo mantendo uma parte essencialslot totemseu programa nuclear", disse um comunicado divulgado pelo governo do premiê Biniyamin Netanyahu.
A tensão forçou Obama a telefonar para Netanyahu, na tardeslot totemdomingo, para dizer que Israel será ouvido nas negociações do acordo permanente.
Negociações secretas
O acordo deste domingo foi alcançado apenas cinco meses após a eleição do presidente iraniano Hassan Rouhani - considerado moderado -, para substituir o linha-dura Mahmoud Ahmadinejad.
No finalslot totemsetembro, Rouhani e Obama conversaram por telefone, no primeiro contato direto entre os líderes do Irã e dos Estados Unidos desde a Revolução Islâmicaslot totem1979.
Rouhani afirmou que o acordo nuclear poderia "abrir novos horizontes".
Segundo fontes envolvidas nas negociações, representantes dos Estados Unidos e do Irã tiveram negociações secretas ao longo do último ano, sobre as quais nem mesmo os aliados americanos foram informados.
Os detalhes do pacto ainda não foram divulgados, mas os negociadores indicaram as suas linhas gerais:
- O Irã interromperá o enriquecimentoslot totemurânio alémslot totem5%, o nível no qual pode ser usado para desenvolvimentoslot totemarmamentos, e reduzirá seu estoqueslot totemurânio enriquecido além desse ponto.
- O Irã permitirá um maior acesso a inspetores, incluindo acesso diário nas usinas nuclearesslot totemNatanz e Fordo.
- Em troca, não haverá mais sanções relacionadas ao programa nuclear por um períodoslot totemseis meses.
- Também haverá um alívio estimadoslot totemUS$ 7 bilhões nas sanções ao Irãslot totemoutros setores, incluindo oslot totemmetais preciosos.
Natureza pacífica
O chanceler do Irã, Mohammad Javad Zarif, afirmou que o acordo é uma oportunidade para "a remoçãoslot totemqualquer dúvida sobre a natureza exclusivamente pacífica do programa nuclear iraniano".
Mas ele insistiu que o Irã não havia abdicadoslot totemseu direitoslot totemenriquecer urânio.
"Acreditamos que o acordo atual, ou o atual planoslot totemação, como chamamos, temslot totemdois lugares distintos uma clara referência ao fatoslot totemque o programaslot totemenriquecimento nuclear iraniano poderá continuar e será parteslot totemqualquer acordo, agora e no futuro", disse.
O ministro britânico das Relações Exteriores, William Hague, disse que o acordo significava "boas notícias para todo o mundo".
Entre congressistas dos EUA, o acordo provocou reações diversas. Alguns - democratas e republicanos - afirmaram que o acerto favorece o Irã.
O secretário John Kerry pediu, porém, que o Congresso americano não aprove nenhuma sanção contra o Irã durante a vigência do acordo interino.