Irã: presidente mudou o tom sobre programa nuclear, mas líder supremo tem palavra final:site bet
As açõessite betHassan Rouhanisite betNova York mostram um homem que lida com a inerente, esmagadora contradiçãosite betseu trabalho: ele tem um mandato popular, sem poder real.
Em junho, o eleitorado do Irã unanimemente aprovou asite betpromessasite betengajamento e moderação. Mas a presidência do Irã dá à Rouhani muito pouco poder formal para cumprirsite betpromessa.
No Irã, o poder do presidente é ofuscado pelo líder supremo do país, o aiatolá Ali Khamenei. A seção 1, do artigo 110 da Constituição estabelece que o líder supremo tem a responsabilidadesite bet"Delineação das políticas gerais da República Islâmica do Irã, após consulta com o Conselhosite betExigência da Nação."
Por maissite bettrês décadas, essas políticas gerais incluíram ódio dos Estados Unidos. O novo presidente do Irã não pode alterar esta política por conta própria. Hassan Rouhani conhece a regra fundamental da política iraniana - se há discordância entre o líder supremo e o presidente, o líder supremo sempre vence.
Amigosite betconfiança
De 1997 a 2005, o presidente reformista Mohammad Khatami tentou trazer mudanças - mas ele não conseguiu convencer o líder supremosite betque essas mudanças valiam a pena. Assim, a decisão do líder supremo prevaleceu, e as reformassite betKhatami falharam.
Hassan Rouhani optou por evitar cometer o mesmo erro. Ele está optando trabalharsite betestreita aliança com o aiatolá. O fato dos dois homens se conhecerem há décadas ajuda - eles são da mesma geração fundadora da Rapública Islâmica, que derrubou o Xásite bet1979.
A chave para toda a presidênciasite betRouhani serásite betcapacidadesite betpersuadir o aiatolá, e seus aliados na Guarda Revolucionária, a dar-lhe espaço suficiente para explorar a diplomacia. A questão não é se o presidente do Irã deseja mudança, mas sim se este é um desejo do líder supremo.
Durante os últimos 24 anos, o aiatolá suprimiu todos as críticas à natureza conservadora da República Islâmica. Em 2009, suas forças acabaram com as manifestações lideradas pelos partidários do Movimento Verdesite betoposição. No início deste ano, os aliadossite betAli Khamenei no Conselho dos Guardiães desclassificaram da eleição presidencial um númerosite betcandidatos que não eram vistos como partidáriossite betconfiança.
Mas o aiatolá permitiu que Hassan Rouhani se candidatasse. Pode ser que, aos 74 anos, Ali Khamenei confiesite betseu velho amigo para trazer uma mudança limitada, sem ameaçar a natureza da república. Assim, o líder supremo endossousite betforma limitada o desejosite betseu presidentesite betbuscar a diplomacia.
Em um discurso proferido no dia 17site betsetembro,site betTeerã, Ali Khamenei aprovou o usosite bet"flexibilidade heróica" na diplomacia. O que pode ser traduzido como uma instrução ao presidente Rouhani que diz: veja o que você pode conseguir dos americanos, mas não saia por aí apertando a mão do presidente Obama.
A aprovação do aiatolá à busca por diplomaciasite betNova York resultou nas primeiras negociações diretas sustentadas entre os Estados Unidos e o Irã, com participaçãosite betseus ministros das Relações Exteriores,site betmaissite bet30 anos.
'Parar, fechar, enviar'
Contatos diretos entre os dois países continuarãosite betGenebra,site bet15 e 16site betoutubro, quando o Irã e os Estados Unidos se juntaram ao Reino Unido, China, França, Rússia e Alemanha para uma ronda formalsite betnegociações sobre o programa nuclear da República Islâmica.
Em rodadas anterioressite betnegociações, as potências mundiais fizeram três exigências ao Irã: parar o enriquecimentosite beturânio, fechar as instalaçõessite betenriquecimento fortificadasite betFordo, e exportarsite betofertasite betbaixo e médio urânio enriquecido (uma demanda conhecida como "parar , fechar, enviar").
O Irã rejeitou essas demandas. Em vez disso, ele quer que as sanções sejam levantadas – e que o direito da República Islâmicasite betenriquecer urânio seja reconhecido.
Ainda não está claro se essas exigências e contra-exigências serão ou não o pontosite betpartida para a nova rodadasite betnegociaçõessite betGenebrasite betoutubro. Mas é claro que as negociações reiniciamsite betum ambiente melhor.
Rodadas anteriores (eu assisti a todas as sete nos últimos três anos) eram muitas vezes monólogos paralelos com pouca negociação real.
Desta vez, todos os lados parecem estar mais dispostos a dar e receber. Eles conseguiram até evitar o comum argumento sobre onde eles devem se encontrar.
Negociações anteriores foram adiadas porque o Irã não aceitava que as reuniões acontecessemsite betGenebra. Como resultado, as negociações fizeram uma turnê mundial não oficial por Istambul, Bagdá, Moscou e Almaty.
O ministro das Relações Exteriores, Mohammad Javad Zarif, representará o Irã nas negociações. Zarif vai se reportar diretamente ao presidente Rouhani, que, porsite betvez, apresentará um relatório ao líder supremo.
Hassan Rouhani pode ser capazsite betrecomendar um acordo, esite betexplicar como as concessões são a melhor maneirasite better as sanções levantadas, e melhorar a vida do povo iraniano. Mas, no final, é o líder supremo que terá a palavra final.