Candidatos no Chile têm passado marcado por ditadura:flamengo e cuiaba palpites

Michelle Bachelet, (à esq.), Evelyn Matthei e Marco Enríquez-Ominami | AFP
Legenda da foto, Michelle Bachelet (à esq.), Evelyn Matthei e Marco Enríquez-Ominami disputam a presidência no Chile

As duas presidenciáveis se conhecem desde a infância, quando os pais ainda não eram adversários no regime.

Porflamengo e cuiaba palpitesvez, o paiflamengo e cuiaba palpitesOminami, Miguel Enríquez, que era médico e integrante do grupo guerrilheiro Movimentoflamengo e cuiaba palpitesEsquerda Revolucionária (MIR), foi mortoflamengo e cuiaba palpitesum tiroteio com a políciaflamengo e cuiaba palpitesPinochet, a DINA.

Ominani era bebê quando foi levado pela mãe para o exílioflamengo e cuiaba palpitesParis e acabou adotando esse último sobrenomeflamengo e cuiaba palpiteshomenagem ao padrasto que o educou. Ominami chegou a ser aliado políticoflamengo e cuiaba palpitesBachelet, mas agora são adversários.

Divergências

Ominami, que apareceflamengo e cuiaba palpitesquarto nas pesquisasflamengo e cuiaba palpitesopinião, tentou tirar proveito da ligação com o passado das principais candidatas, Bachelet e Matthei, para tentar se apresentar como um candidato que "olha para a frente".

Durante o último debate presidencial antes do primeiro turno, Ominami,flamengo e cuiaba palpites40 anos, disse aos eleitores: "Se vocês votaremflamengo e cuiaba palpitesBachelet eflamengo e cuiaba palpitesMatthei, a discussão será voltada para o que ocorreu na ditadura. Ou seja, olhando para o retrovisor. Apoio a questão dos direitos humanos, mas o Chile precisa olhar pra frente".

Mas para o analista político chileno Guillermo Holzmann, professorflamengo e cuiaba palpitesciências políticas na Universidadeflamengo e cuiaba palpitesValparaiso, o fatoflamengo e cuiaba palpitesserem filhasflamengo e cuiaba palpitespersonagensflamengo e cuiaba palpitespeso naquele período do Chile, não deverá influenciar o voto dos chilenos.

"A cidadania chilena reconhece a trajetória das duas, mas não se sente motivada a votar por elas por causa do passado. Os chilenos entendem que elas hoje possuem trabalho e identidade próprias nas quais a cidadania percebe virtudes e debilidades."

"Além disso", diz o analista, "nenhuma delas usa a história como motivo centralflamengo e cuiaba palpitesseus discursos e propostas". "O que influencia é a personalidade e o estiloflamengo e cuiaba palpitesliderançaflamengo e cuiaba palpitescada uma".

Visões opostas

Matthei é a candidata da frente chamada Alianza, que reúne a UDI (União Democrata Independente) e Renovação Nacional (RN). Bachelet, socialista, é candidata da frente Nueva Mayoria, que reúne integrantes da Concertación – agremiação politicaflamengo e cuiaba palpitescentro-esquerda que governou o país durante vinte anos após o fim do regimeflamengo e cuiaba palpitesPinochet e do retorno da democracia,flamengo e cuiaba palpites1990.

O último debate pela TV serviu para expor as visões opostas das candidatas, refletindo,flamengo e cuiaba palpitescerta forma, as diferenças ideológicas que colocaram seus paisflamengo e cuiaba palpiteslados opostos durante o regime militar.

Bachelet, que lidera as pesquisasflamengo e cuiaba palpitesopinião, defendeu "educação gratuita para todos pela desigualdade social". Ao que Matthei retrucou: "Educação gratuita significará uma conta bilionária para o Estado".

Outra diferença está nas propostas sobre como lidar com os protestosflamengo e cuiaba palpitesrua no país,flamengo e cuiaba palpitesparticular com os chamados "mascarados",flamengo e cuiaba palpitesatuação semelhante a dos black blocs nas manifestações recentes no Brasil.

Matthei quer uma nova lei específica para tratar do assunto e punir atosflamengo e cuiaba palpitesviolência cometidos por manifestantes. Bachelet acha que a questão "não pode ser resolvida com leis mais duras".

Caminhos diferentes

Apesarflamengo e cuiaba palpitesterem se conhecido na infância, Bachelet, uma médicaflamengo e cuiaba palpites62 anos, e Matthei, economista e ex-ministra do Trabalhoflamengo e cuiaba palpites59 anos, se distanciaram a partir da ditadura.

"Apesarflamengo e cuiaba palpitesas duas compartilharem uma história comumflamengo e cuiaba palpitestermosflamengo e cuiaba palpitessuas famílias eflamengo e cuiaba palpitesterem se conhecido ainda pequenas, os caminhos ideológicos e político que escolheram foram diferentes. E elas se afastaram já na etapa da pré-adolescência", disse Holzmann.

Bachelet foi exilada durante a ditadura e, quando retornou ao país, destacou-se como líder política, ministra da Saúde e da Defesa e se tornou a primeira mulher presidente do Chile.

Matthei estudou economiaflamengo e cuiaba palpitesLondres, é integrante do partidoflamengo e cuiaba palpitesdireita UDI, e foi ministra do Trabalho no atual governo do presidente Sebastián Piñera.

O terceiro candidato na disputa eleitoral, segundo as pesquisasflamengo e cuiaba palpitesopinião, Franco Parisi, que foi a surpresa na campanha, também é filhoflamengo e cuiaba palpitesmilitar e estudouflamengo e cuiaba palpitescolégio militar durante a ditadura.

O fato não escapou aos jornalistas que participaram do debate da semana passada. "No colégio militar não nos ensinavam nada sobre o que ocorreu", disse.

No mesmo encontro quando perguntada sobre o que achavaflamengo e cuiaba palpitesPinochet, Matthei respondeu: "Ele fez coisas boas e ruins. Direitos humanos ruim, claro, mas fez muito bem para a economia do país".