Romanos usavam redes sociais há dois mil anos, diz livro:betmotion afiliados
Segundo Standage, Marco Túlio Cícero, filósofo e político romano, teria sido, junto com outros membros da elite romana, precursor do usobetmotion afiliadosredes sociais.
O autor relata como Cícero usava um escravo, que posteriormente tornou-se seu escriba, para redigir mensagensbetmotion afiliadosrolosbetmotion afiliadospapiro que eram enviados a uma espéciebetmotion afiliadosredebetmotion afiliadoscontatos.
Estas pessoas, porbetmotion afiliadosvez, copiavam seu texto, acrescentavam seus próprios comentários e repassavam adiante.
"Hoje temos computadores e banda larga, mas os romanos tinham escravos e escribas que transmitiam suas mensagens", disse Standage à BBC Brasil.
"Membros da elite romana escreviam entre si constantemente, comentando sobre as últimas movimentações políticas e expressando opiniões".
iPad romano
Além do papiro, outra plataforma comumente utilizada pelos romanos era uma tábuabetmotion afiliadoscera do tamanho e formabetmotion afiliadosum tablet moderno,betmotion afiliadosque escreviam recados, perguntas ou transmitiam os principais pontos da acta diurna, um "jornal" exposto diariamente no Fórumbetmotion afiliadosRoma contendo um resumobetmotion afiliadosdebates políticos, anúnciosbetmotion afiliadosferiados,betmotion afiliadosnascimentos ebetmotion afiliadosóbitos, e outras informações oficiais.
Essa tábua, o "iPad da Roma Antiga", era levado por um mensageiro até o destinatário, que respondia embaixo da mensagem.
"Esse sistema é provavelmente o antepassado mais antigo do torpedobetmotion afiliadoscelular", compara o autor.
Outra curiosidade relatada no livro é que o hábitobetmotion afiliadosabreviar palavras e expressões, amplamente usado nos diasbetmotion afiliadoshoje, também era comum entre os romanos.
Entre as expressões mais correntes estavam "SPD", que significa "Envia muitos cumprimentos" e S.V.B.E.E.V: "Se você está bem, que bom. Eu estou bem".
Escrevendo no Mural descreve a evolução das mídias sociais ao longo da História e mostram o grande impacto da criação do papel e da invenção do processobetmotion afiliados impressão sobre a comunicação social.
"Na cortebetmotion afiliadosAna Bolena (uma das mulheres do rei da Inglaterra Henrique 8º), o manuscritobetmotion afiliadosDevonshire era um Facebook do século 16, permitindo aos cortesãos se comunicarem por meiobetmotion afiliadospoesias e fofocas nas páginas que circulavam pelos corredores do palácio", diz o autor.
Standage conta como os panfletos do teólogo alemão Martinho Lutero, que desencadearam a Reforma Protestante no século 16, foram disseminados rapidamente pela Europa depois que as pessoas começaram a replicá-los e, depois, imprimi-los.
"Ele não esperava que isso fosse acontecer, que as pessoas fossem disseminarbetmotion afiliadosmensagembetmotion afiliadosque a Igreja precisava ser reformada. Foi uma disseminação social e viral", diz o autor.
Anomalia histórica
Para o Standage, o advento e a popularização da comunicaçãobetmotion afiliadosmassa no século 19 — com jornais e livros — e no século 20 — cinema, rádio e TV — ofuscaram os modelos sociaisbetmotion afiliadosdistribuiçãobetmotion afiliadosinformação que haviam prevalecido durante séculos.
"As pessoas passaram a obter informações das mídiasbetmotion afiliadosmassa e não maisbetmotion afiliadosseus amigos,betmotion afiliadosum processobetmotion afiliadosmão única, sem interação", diz o autor.
Na última década, a internet abriu caminho para o renascimento das plataformas sociaisbetmotion afiliadoscomunicação que, para o autor, se tornaram tão eficientes que passaram a competir com as mídiasbetmotion afiliadosmassa.
"Agora o grande desafio das grandes organizaçõesbetmotion afiliadosmídia é gerar conteúdobetmotion afiliadosmão dupla, porque já sabem que obetmotion afiliadosmão única foi uma anomalia histórica que não funciona mais".
Para Standage,betmotion afiliadosobra reflete que o ser humano, independentemente da épocabetmotion afiliadosque vive, nutre o desejo profundobetmotion afiliadosse conectar e compartilhar ideias e impressões com outras pessoas.
"Este desejo é construído nos nossos cérebros. A tecnologia vai e vem, mas a natureza humana continua a mesma".