Cristina Kirchner será operada0 5 apostashematoma na cabeça; vice assume cargo:0 5 apostas
- Author, Marcia Carmo
- Role, De Buenos Aires para a BBC Brasil
0 5 apostas A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, será submetida a uma cirurgia na manhã desta terça-feira por conta0 5 apostasum hematoma na cabeça, informaram seus médicos nesta segunda-feira.
A notícia reduz as especulações no país por conta do estado0 5 apostassaúde da presidente. No sábado, um porta-voz da presidente informou que Cristina sofrera um traumatismo craniano0 5 apostas120 5 apostasagosto - sem detalhar, no entanto, as circunstâncias do trauma.
"A presidente teve no domingo uma sensação0 5 apostasformigamento no braço esquerdo (...) exames físico-neurológicos constataram uma transitória e leve perda0 5 apostasforça muscular", diz comunicado desta segunda-feira da clínica Fundação Favaloro, onde Cristina será operada. "Por conta desse quadro clínico, a equipe (médica) indica intervenção cirúgica, que consiste na (retirada) do hematoma."
O vice-presidente, Amado Boudou, deve assumir interinamente a Presidência do país por 30 dias. Segundo a imprensa argentina, ele já assinou documento protocolar0 5 apostastransferência0 5 apostascomando, que o coloca como líder interino, mas a presidência ainda nega que isso tenha ocorrido.
Em pronunciamento, ele disse que o período será "exatamente igual" à gestão0 5 apostasCristina.
Especulações
Até então, a falta0 5 apostasinformações oficiais sobre o estado0 5 apostassaúde da presidente gerava uma série0 5 apostasdebates médicos e políticos no país.
Inicialmente, o porta-voz da Presidência informara apenas que exames iniciais feitos0 5 apostasCristina não apresentaram nada0 5 apostaserrado, mas no sábado ela esteve no hospital novamente, desta vez para exames cardiovasculares. Scoccimaro afirma que a presidente apresentava "um quadro0 5 apostascefaleia" - termo médico para dor0 5 apostascabeça - e foi constatada a presença0 5 apostasum hematoma no cérebro.
Até agora, não se sabe o local exato onde ocorreu o trauma.
"Aparentemente, pelo que foi dito, a presidente bateu a cabeça, o que provocou a acumulação0 5 apostassangue entre o cérebro e a meninge exterior que protege o sistema nervoso central", disse o médico Ignácio Previgliano, professor0 5 apostasneurologia da Universidade Maimônides, ao jornal <i>La Nación</i>.
O analista político do jornal Clarín, Eduardo van der Kooy, escreveu que a pancada na cabeça, no dia 12, pode ter ocorrido durante uma0 5 apostassuas voltas0 5 apostaspatins na residência presidencial. A presidente contou, tempos atrás, que patina nas horas livres no local.
O médico neurologista Gabriel Persi, do Instituto0 5 apostasNeurociências0 5 apostasBuenos Aires, disse ao jornal <i>Clarín</i> que, dependendo do tamanho do coágulo, ele pode provocar problemas como convulsões e confusão0 5 apostaspacientes que estão com estresse.
Na emissora TN, uma jornalista perguntou ao médico Nelson Castro - também jornalista e crítico do governo - se seria recomendável que ela não volte ao cargo devido ao tratamento.
"É um diagnóstico delicado. Eu não aconselharia (seguir). O ideal é que os médicos da Presidência expliquem melhor o que está acontecendo com a saúde da presidente", respondeu.
Um colunista do jornal <i>La Nación</i> escreveu que ela tem sofrido quedas seguidas e um médico da rádio Mitre afirmou que a presidente "emagreceu oito ou dez quilos0 5 apostaspouco tempo e que vive sob forte estresse".
Legislativo
A presidente foi reeleita0 5 apostas2011 com 54% dos votos, mas atualmente as pesquisas0 5 apostasopinião indicam que o apoio popular a ela estaria0 5 apostasbaixa,0 5 apostastorno0 5 apostas35%.
Na0 5 apostasgestão, ela ficou viúva do ex-presidente Nestor Kirchner (2003-2007), morto0 5 apostas2010, bateu a cabeça0 5 apostasum comício,0 5 apostasjunho0 5 apostas2011, foi submetida a uma cirurgia para a retirada da glândula tireoide e especulou-se, então, que teria câncer.
Os resultados deram negativo, mas, na época, ela se licenciou da Presidência.
O governo0 5 apostasCristina Kirchner, cujo mandato termina0 5 apostas2015, é criticado por questões como a inflação, cujo dado oficial é apontado como maquiado, e pelo controle cambial, adotado desde 2011.
As distorções econômicas podem afetar o resultado das eleições legislativas do dia 27 próximo, quando será renovada metade das cadeiras da Câmara dos Deputados e um terço do Senado,0 5 apostasuma composição que definirá o apoio do governo no Congresso.