Kirchnerismo completa 10 anoscentral de esporte apostameio a entraves comerciais com Brasil:central de esporte aposta

Néstor e Cristina Kirchner,central de esporte apostafotocentral de esporte apostaarquivo (AFP)
Legenda da foto, Comércio com Brasil cresceu durante o kirchnerismo, mas barreiras comerciais também
  • Author, Marcia Carmo
  • Role, De Buenos Aires para a BBC Brasil

central de esporte aposta A era Kirchner completa dez anos neste sábado, marcada pela multiplicação do comércio entre Brasil e Argentina, mas também por tensões econômicas bilaterais, afirmam especialistas ouvidos pela BBC Brasil.

O período conhecido como kirchnerismo surgiu com a posse do ex-presidente Néstor Kirchner, que governou o país entre 2003 e 2007, e prosseguiu no governocentral de esporte apostasua viúva e sucessora, Cristina Kirchner, reeleitacentral de esporte aposta2011.

Apesar do comércio entre Brasil e Argentina ter aumentadocentral de esporte apostaUS$ 7 bilhões para US$ 40 bilhões nos últimos dez anos, também cresceram barreiras comerciais que restringem o comérciocentral de esporte apostaprodutos agrícolas e industriais nos dois lados da fronteira.

A suspensãocentral de esporte apostauma obra bilionária da Vale do Rio Doce na Argentina e da vendacentral de esporte apostaativos da Petrobras no país vizinho são as evidências mais recentes das diferenças entre os dois países.

No mês passado, as presidentes Dilma Rousseff e Cristina Kirchner se reuniramcentral de esporte apostaBuenos Aires para tentar resolver os desentendimentos entre empresas brasileiras e autoridades argentinas.

Na ocasião, um executivo brasileiro que não quis se identificar disse esperar que Dilma transmitisse a Cristina “a preocupação” dos empresários com negócios na Argentina.

"Estamos entre os principais investidores estrangeiros na Argentina, mas ultimamente enfrentamos muitas dificuldades, seja por questões internas, como a inflação que aumenta nossos custos e reduz nossos lucros, como pelas barreiras que dificultam as exportações brasileiras", disse ele.

Da aliança à tensão

Para o economista Marcelo Elizondo, da consultoria DNI, o impasse envolvendo as operações da Vale e da Petrobras na Argentina sinalizam como evoluíram as relações entre os dois países na última década.

" Ao longo destes dez anos, os dois vizinhos passaramcentral de esporte apostaum períodocentral de esporte apostaaliança e forte complementação econômica para o atual momentocentral de esporte apostatensão e diferenças", disse o economista.

Na avaliaçãocentral de esporte apostaJorge Todesca, diretorcentral de esporte apostaconsultoria Finsoport e ex-vice ministrocentral de esporte apostaeconomia da Argentina, apesarcentral de esporte apostaserem amigos e compartilharem afinidades políticas e ideológicas, Brasil e Argentina não conseguiram superar os entraves comerciais ao longo dos dez anos da era Kirchner.

Para outro economista, Dante Sica, da consultoria portenha Abeceb, a expansão do comércio bilateral foi possível graças ao crescimento das duas economias, impulsionado, entre outros fatores, pelo boom das exportaçõescentral de esporte apostacommodities para países asiáticos.

"A dúvida agora é se a economia argentina vive uma desaceleração (do crescimento) ou se realmente perdeu o embalo", disse Sica.

O Brasil é o principal destino das exportações argentinas e a Argentina ficacentral de esporte apostaterceiro na lista dos parceiros comerciais do Brasil.

Com as duas economias registrando menor crescimento desde o ano passado, aumentaram as fricções, dizem os especialistas.

Como exemplo, Elizondo citou a redução nas importaçõescentral de esporte apostaprodutos brasileiros pela Argentina, que passaramcentral de esporte apostaUS$ 21,7 bilhõescentral de esporte aposta2011 para US$ 17,9 bilhões no ano passado, uma quedacentral de esporte aposta17,8%.

Para Elizondo, a aliança entre os vizinhos persiste, porém "o clima não é dos melhores".