Obama promete rever espionagem, mas diz que mundo hoje é mais estável:aposta ganha libertadores

Barack Obama na ONU (Foto Getty Images)
Legenda da foto, Para Obama, o mundo está mais estável do que há cinco anos
  • Author, Pablo Uchoa
  • Role, Enviado especial da BBC Brasil a Nova York

aposta ganha libertadores Minutos depoisaposta ganha libertadoresa presidente Dilma Rousseff afirmar na ONU que a espionagem dos Estados Unidos representa uma violação dos direitos humanos e da soberaniaaposta ganha libertadoresoutros países, o presidente americano, Barack Obama, defendeu nesta terça-feira que o mundo é hoje "mais estável" por causa das ações americanas na política internacional.

Obama, porém, lembrou a promessaaposta ganha libertadoresseu governoaposta ganha libertadoresfazer uma revisão das práticas da Agência Nacionalaposta ganha libertadoresSegurança (NSA, na siglaaposta ganha libertadoresinglês), órgão ao qual são atribuídas as atividadesaposta ganha libertadoresespionagem que tiveram como alvo, segundo documentos vazados pela imprensa, até mesmo Dilma e a Petrobras.

"Assim como revemos a forma como utilizamos nossas capacidades militares extraordinárias para que estejam à altura dos nossos ideais, começamos a rever a maneira como coletamos inteligência, para equilibraraposta ganha libertadoresforma apropriada as preocupações legítimasaposta ganha libertadoressegurançaaposta ganha libertadoresnossos cidadãos e aliados com as preocupaçõesaposta ganha libertadoresprivacidade que todos compartilhamos", disse Obama à Assembleia Geral da ONU.

"Como resultado desse trabalho e da cooperação com aliados e parceiros, o mundo é mais estável do que era cinco anos atrás."

"Basta um olhar sobre as manchetesaposta ganha libertadoreshoje para verificar que os perigos ainda persistem”, completou, citando o atentadoaposta ganha libertadoresum shopping center no Quênia como exemplo dos “riscos”aposta ganha libertadoresextremismo e sectarismo que ainda existem globalmente.

"Excepcionalismo"

As declaraçõesaposta ganha libertadoresObama não foram uma resposta direta, mas sim uma sutil referência à ondaaposta ganha libertadorescríticas desatada contra a Casa Branca pelas atividadesaposta ganha libertadoresespionagem da NSA – inclusive as feitas por Dilma na Assembleia Geral.

Em seu discurso, a presidente enfatizou que “jamais pode uma soberania firmar-seaposta ganha libertadoresdetrimentoaposta ganha libertadoresoutra soberania."

"Jamais pode o direito à segurança dos cidadãosaposta ganha libertadoresum país ser garantido mediante a violaçãoaposta ganha libertadoresdireitos humanos fundamentais dos cidadãosaposta ganha libertadoresoutros países”, declarou.

Em seu discurso, Obama apelou para o “excepcionalismo americano” – a doutrina segundo a qual os EUA são diferentesaposta ganha libertadorestodos os outros países e têm a obrigação moralaposta ganha libertadoreslevar o mundo rumo à democracia e à liberdade – para justificar as açõesaposta ganha libertadoresseu país no cenário global.

O presidente americano disse que os EUA têm “humildade quando se trataaposta ganha libertadoresdeterminar os eventos dentroaposta ganha libertadoresoutros países”, mas defendeu que o erro maior seria deixar o mundo à mercê dos riscos existentes.

Foco no Oriente Médio

O grosso do discursoaposta ganha libertadoresObama na ONU foi dedicado ao Oriente Médio, região na qual ele disse que seu país concentrará esforços diplomáticos.

Obama disse que não tem interesseaposta ganha libertadoresmudar o regime no Irã nem impedir o paísaposta ganha libertadorester acesso a tecnologia nuclear para fins pacíficos. Mas insistiu que o governo iraniano cumpra suas responsabilidades para com o Tratadoaposta ganha libertadoresNão-Proliferação Nuclear e as resoluções do Conselhoaposta ganha libertadoresSegurança da ONU.

Ele elogiou os sinaisaposta ganha libertadoresmoderação do recém-eleito presidente, Hassan Rouhani, mas disse que “palavrasaposta ganha libertadoresconciliação precisam ser acompanhadasaposta ganha libertadoresações transparentes e verificáveis”.

Obama também falou extensamente sobre a Síria, país que esteve a pontoaposta ganha libertadoresbombardear, não fosse um inesperado acordo negociado entre Washington e Moscou mediante o qual o regime sírio entregará suas armas químicas.

Obama disse que seus únicos interesses no país são eliminar o perigo deste arsenal, garantir a segurança do povo sírio e dos aliados regionais dos EUA, e evitar que o paísaposta ganha libertadorescrise vire um refúgio para grupos terroristas.

“Não há Guerra Fria, não há nenhum jogo maior a ser ganho”, disse o presidente americano.

Mas ele qualificouaposta ganha libertadores“fantasia” a ideiaaposta ganha libertadoresque o presidente sírio Bashar al-Assad possa continuar no poder depoisaposta ganha libertadoresum conflito que deixou maisaposta ganha libertadores100 mil mortos, nas estimativas da ONU.

Dilma Rousseff (Foto Getty Image)
Legenda da foto, Dilma Rousseff criticou espionagem da NSA na ONU

Sobre o conflito entre israelenses e palestinos, Obama disse que, “da mesma forma que os palestinos não devem ser deslocados, o Estadoaposta ganha libertadoresIsrael está aqui para ficar”.

Abordagem 'mais ampla'

O presidente americano também indicou que entende as críticas aos EUA naaposta ganha libertadorespolítica para o Egito, país cujo presidente, Mohammed Morsi, foi derrubado por um regime militar.

Washington tem sido questionado por não remover ajudas ao país que deveriam ser interrompidasaposta ganha libertadorescasoaposta ganha libertadoresgolpes militares.

Obama afirmou que suas decisõesaposta ganha libertadoresrelação ao Egito refletem uma abordagem “mais ampla” da política americana para o Oriente Médio.

“Os EUA vão, às vezes, trabalhar com governos que não cumprem, pelo menos do nosso pontoaposta ganha libertadoresvista, as expectativas internacionais mais altas, mas que querem trabalhar conoscoaposta ganha libertadoresnossos interesses fundamentais”, disse o presidente.

“Ao mesmo tempo que reconhecemos que nossa influência às vezes será limitada, e embora desconfiemosaposta ganha libertadoresesforços para impor a democracia pela força militar, e embora às vezes sejamos acusadosaposta ganha libertadoreshipocrisia e inconsistência, vamos continuar engajados na região no longo prazo.”

“Alguns podem discordar, mas acredito que os EUA são excepcionais,aposta ganha libertadoresparte porque demonstramos o desejo, através do sacrifícioaposta ganha libertadoressangue e riqueza,aposta ganha libertadoresdefender não apenas nosso interesse próprio, mas os interessesaposta ganha libertadorestodos.”