Síria, Irã e espionagem ‘esquentam’ Assembleia Geral da ONU:chat f12bet

Dilma Rousseff e Cristina Kirchner
Legenda da foto, Cristina e Dilma: posições semelhantes sobre Síria e espionagem
  • Author, Pablo Uchoa
  • Role, Enviado especial da BBC Brasil a Nova York

chat f12bet Síria, uma possível reaproximação entre Estados Unidos e Irã e,chat f12betúltima hora, questões sobre terrorismo internacional levantadas pelo ataque a um shopping centerchat f12betNairóbi dominaram a vésperachat f12betuma sessão da Assembleia Geral da ONU "quente", que a presidente Dilma Rousseff abre nesta terça-feira.

A presidente brasileira já disse que vai contribuir para o debate sobre os temas polêmicos da atualidade colocando na mesa a questão da espionagem americana, da qual ela própria foi vítima junto com ministros do seu governo e a Petrobras.

Espera-se que a presidente critique os Estados Unidos e peça ações para garantir as liberdades fundamentais nas comunicações globais e na internet.

O tema foi incluídochat f12betuma listachat f12betoito razões listadas pelo jornal Washington Post para argumentar que, neste ano, a reuniãochat f12betlíderes nas Nações Unidas pode ter mais relevância quechat f12betanos menos agitados.

"Os governos precisam protegerchat f12betforma efetiva a privacidade online por meiochat f12betpolíticas e leis mais fortes, dado o aumento da vigilância eletrônica generalizada", sublinhou na segunda-feira a organização Human Rights Watchchat f12betum comunicado emitidochat f12betGenebra.

A entidade assina, junto com cercachat f12betoutras 250 organizações não governamentais, uma cartachat f12betprincípios internacionais com recomendações para que os governos não façam usochat f12betpráticaschat f12betvigilância ilícitas e abusivas nas comunicações globais.

Exemplos dessas práticas revelados por documentos vazados da Agência Nacionalchat f12betSegurança (NSA) dos Estados Unidos foram alvochat f12betdeclarações preocupadas da Alta Comissária das Nações Unidas para Direitos Humanos, Navi Pillay, e do relator especial para Liberdadechat f12betExpressão da ONU, Frank La Rue.

Temas mais 'quentes'?

Rebeldes sírios na cidadechat f12betDeir Ezzor
Legenda da foto, Temas como a Síria deverão deixar a Assembleia Geral deste ano mais quente que o normal

Mas,chat f12betcomparação com outros temas, a bandeira da espionagem levantada por Dilma recebe atenção limitada no país que ela criticaráchat f12betseu discurso.

Às vésperas da abertura do debatechat f12betlíderes, a maior expectativa é para o anunciado encontro entre o ministro do Exterior do Irã, Mohammed Javad Zarif, com o secretáriochat f12betEstado americano, John Kerry — o contatochat f12betmais alto nível entre iranianos e americanoschat f12betmaischat f12bettrês décadas. Os dois se sentarão à mesa do grupochat f12betseis países (Estados Unidos, Rússia, China, França, Grã-Bretanha e Alemanha) que negocia com o Irã o programa nuclear bancado por Teerã.

Analistas buscarão sinaischat f12betretribuição à abertura manifestada pelo presidente iraniano, Hassan Rouhani, no discurso que o americano Barack Obama fará logo após ochat f12betDilma, assim como a estratégiachat f12betObama para assegurar Israelchat f12betque está ao lado do povo israelense na tensão com os iranianos.

Outro tema "quente" será o conflito sírio, cujo mais recente desenrolar foi o acordo negociado por Estados Unidos e Rússia pelo qual o presidente sírio, Bashar al Assad, se compromete a eliminar o seu arsenalchat f12betarmas químicas.

França, Grã-Bretanha, países do Golfo, Turquia e outros devem dar seus pontoschat f12betvista na Assembleia Geral.

Nesta questão, o Brasil também deve exporchat f12betvisão, que consistechat f12betse opor a uma ação militar e defender discussões políticas na conferência internacional Genebra 2,chat f12betreferência à primeira conferência sobre a Síria realizada na cidade suíça no ano passado. Échat f12betinteresse do Brasil participar destas discussões.

Finalmente, a questão das redes extremistas internacionais deve ser tratada no discursochat f12betObama echat f12betdiscussões às margens do encontro da ONU, após o ataque a um shopping centerchat f12betNairóbi, no Quênia, que originou confrontos com as forçaschat f12betsegurança locais e deixou um saldochat f12betmaischat f12bet60 mortos.

Na segunda-feira, o conselheirochat f12betSegurança Nacional da Casa Branca, Ben Rhodes, disse a jornalistas que a milícia islâmica Al-Shabab, que perpetrou o ataque — segundo a milícia, por causa das operações do governo queniano contra seus enclaveschat f12betpoder na vizinha Somália – "é precisamente o tipochat f12bettema com o qual estamos nos confrontando cada vez mais".

"À medida que o núcleo da (rede extremista) Al-Qaeda se desfaz no Afeganistão e no Paquistão, vemos afiliadas criar baseschat f12betdiferentes partes do mundo", disse o conselheiro.

Desenvolvimento sustentável

Na listachat f12bettemas que serão tratados na Assembleia também se inclui o desenvolvimento sustentável, tema da 68ª sessão do debate geral deste ano.

Alémchat f12betabrir o debate na plenária na manhã da terça-feira, a presidente Dilma Rousseff participa no meio da tardechat f12betuma sessãochat f12betalto nível para encaminhar as resoluções da Rio+20, realizada no ano passado.

A conferência procurou sentar as baseschat f12betum modelochat f12betdesenvolvimento sustentável que os governos devem buscar a partirchat f12bet2015,chat f12betsubstituição às metas básicaschat f12betredução da pobreza e elevaçãochat f12betindicadores sociais contidas nos Objetivos do Milênio — oito metas estabelecidas pela ONU para serem alcançadas por 191 países membros até 2015.

O novo Fórumchat f12betAlto Nível sobre Desenvolvimento Sustentável, que reúne governos e chefeschat f12betEstado, se reunirá a cada quatro anos na Assembleia Geral da ONU, com reuniõeschat f12betnível ministerial uma vez por ano.

Suas deliberações se traduzirãochat f12betdeclarações governamentais acordadas pelas partes. A partirchat f12bet2016, a instância acompanhará a implementação das metaschat f12betdesenvolvimento sustentável pelos países da ONU.

"O Fórum é uma plataforma crucial para examinar os desafioschat f12bethojechat f12betmaneira holística e integrada", disse o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon.

Dilmachat f12betNova York

Fachada do prédio da ONUchat f12betNova York
Legenda da foto, Dilma Rousseff fará o discursochat f12betabertura da Assembleia Geral da ONU

Em preparação para os dois eventos, a presidente Dilma Rousseff passou a segunda-feira, seu primeiro diachat f12betNova York, encerradachat f12betreuniões com ministros, "recebendo subsídios" para finalizar seus discursos, segundo a comunicação do Planalto.

À tarde, ela recebeu o ex-presidente americano Bill Clinton, presidentechat f12betuma fundação que leva o seu nome e que realizará no Rio, no fim do ano, um evento para discutir "os problemas mais urgentes do mundo".

Segundo a ministra-chefe da Secretariachat f12betComunicação Social, Helena Chagas, Clinton convidou a presidente brasileira para participar do evento.

Dilma também recebeu a presidente argentina, Cristina Kirchner. Ao fim do encontro, a presidente argentina disse à imprensa que ambas conversaram sobre temas da atualidade, como espionagem americana, questões econômicas discutidas na última reunião do G20 — o grupochat f12betprincipais países emergentes e avançados — e a crise na Síria.

Sobre Síria e a espionagem americana, a presidente argentina manifestou posição semelhante à da colega brasileira.