Policiais são condenados a 624 anoscasa de aposta ronaldinhoprisão pelo massacre do Carandiru:casa de aposta ronaldinho
casa de aposta ronaldinho Um caso que chocou o país e foi notíciacasa de aposta ronaldinhotodo o mundo demonstrou esta semana toda a complexidade do sistema judiciário brasileirocasa de aposta ronaldinhojulgar e condenar acusadoscasa de aposta ronaldinhocrimes contra a vida.
Depoiscasa de aposta ronaldinhoquase 21 anos, foram condenados na madrugada deste sábado 25 policiais acusadoscasa de aposta ronaldinhoparticipação na mortecasa de aposta ronaldinho52 dos 111 presos do presídio do Carandiru, episódio ocorridocasa de aposta ronaldinho2casa de aposta ronaldinhooutubrocasa de aposta ronaldinho1992,casa de aposta ronaldinhoSão Paulo.
Os réus receberam uma penacasa de aposta ronaldinho624 anoscasa de aposta ronaldinhoprisãocasa de aposta ronaldinhoregime fechado e a perda do cargo público. Eles ainda têm o direitocasa de aposta ronaldinhorecorrer da decisãocasa de aposta ronaldinholiberdade.
O último dos cinco diascasa de aposta ronaldinhojulgamento foi marcado por 12 horascasa de aposta ronaldinhoargumentações dos advogadoscasa de aposta ronaldinhodefesa e promotoria, além da apresentaçãocasa de aposta ronaldinhovídeos e depoimentos.
Durante os interrogatórios, apenas 5 dos 23 réus presentes no julgamento prestaram depoimento. Os demais preferiram ficarcasa de aposta ronaldinhosilêncio.
Demora
De acordo com gruposcasa de aposta ronaldinhodireitos humanos, o atraso do julgamento do Carandiru demonstrou como os conflitos na condução do processo, que envolveram diversas instituições e instâncias da justiça, protelaram a decisão do casocasa de aposta ronaldinhomaiscasa de aposta ronaldinhoduas décadas.
O Tribunalcasa de aposta ronaldinhoJustiçacasa de aposta ronaldinhoSão Paulo atribui a demora para se dar um desfecho para o caso aos conflitoscasa de aposta ronaldinhocompetência entre os ramos militar e comum da Justiça – e também aos diversos recursos propostos à Corte por advogadoscasa de aposta ronaldinhoréus.
Organizações internacionaiscasa de aposta ronaldinhodireitos humanos ressaltam que os longos anoscasa de aposta ronaldinhoespera por um resultadocasa de aposta ronaldinhocondenação no Brasil favorecem a uma culturacasa de aposta ronaldinhoimpunidade no país.
Para Maria Laura Carineu, representante da HRW (Human Rights Watch) no Brasil, a demora do procedimento "por si só representa a violaçãocasa de aposta ronaldinhoum direito fundamental constitucionalmente assegurado no Brasil: a 'razoável duração do processo e meios que garantam a celeridadecasa de aposta ronaldinhosua tramitação'".
O diretor da Anistia Internacional Brasil, Atila Roque, afirmou que a entidade vê como consequência "direta e perigosa" da lentidão judicial o fatocasa de aposta ronaldinhogrande parte dos réus terem permanecido tantos anos trabalhando na polícia após o episódio.
Consequências
Ao longocasa de aposta ronaldinhoduas décadascasa de aposta ronaldinhoespera por um resultado convincente da justiça, as consequências do massacre do Carandiru tiveram tempocasa de aposta ronaldinhose desenvolver e seguem presentes nos diascasa de aposta ronaldinhohoje.
De acordo com especialista ouvidos pela BBC Brasil, o massacrecasa de aposta ronaldinhoSão Paulo foi um episódio decisivo para a fundação e estabelecimento da facção criminosa que atua dentro e fora do sistema prisional paulista, o PCC (Primeiro Comando da Capital).
"Antes do massacre, o Estado já extorquia, torturava e matava os presos. O Carandiru não foi a única causa da fundação (do PCC), mas colaborou muito para isso", afirmou o padre Valdir João Silveira, coordenador nacional da Pastoral Carcerária, da Igreja Católica.
O PCC foi criado por um grupocasa de aposta ronaldinhopresoscasa de aposta ronaldinho31casa de aposta ronaldinhoagostocasa de aposta ronaldinho1993 na Casacasa de aposta ronaldinhoCustódiacasa de aposta ronaldinhoTaubaté - pouco menoscasa de aposta ronaldinhoum ano depois do massacre do Carandiru.
Os principais objetivos da facção eram combater os maus tratos no sistema prisional e evitar novos massacres como ocasa de aposta ronaldinho1992, segundo o jornalista Josmar Jozino, autorcasa de aposta ronaldinhotrês livros sobre o PCC, entre eles "Xeque-mate, o Tribunal do Crime e os Letais Boinas Pretas" (Ed. Letras do Brasil).
"O massacre do Carandiru foi a gota d'água para a criação do PCC. O episódio está registrado até no estatutocasa de aposta ronaldinhofundação da facção", disse ele.
Segundo os especialistas Jozino e Silveira, o grupo criminoso se espalhou por todo o sistema prisional e impôs regrascasa de aposta ronaldinhoconduta aos presos - como a proibição nas cadeias do uso do crack ecasa de aposta ronaldinhoassassinatos motivados por dívidascasa de aposta ronaldinhodrogas. A ação teria diminuído os índicescasa de aposta ronaldinhomortalidade nas penitenciárias.
Mais desdobramentos
Com a possibilidadecasa de aposta ronaldinhorecorrerem da decisão, os 25 policiais sentenciados ainda podem gerar novos desdobramentos na justiça até mesmo com outro julgamento.
Esse grupo é o segundo a ser julgado, num processo que foi divididocasa de aposta ronaldinhoquatro etapas.
A primeira ocorreucasa de aposta ronaldinhoabril, quando 23 policiais foram condenados a 156 anoscasa de aposta ronaldinhoprisão por assassinar 13 detentos. Ela dizia respeito aos crimes ocorridos no primeiro andar do pavilhão nove, o local do massacre. Eles também receberam o benefíciocasa de aposta ronaldinhorecorrer da condenaçãocasa de aposta ronaldinholiberdade.
Outros dois gruposcasa de aposta ronaldinhoacusados ainda serão julgados ao longo do ano.