Matança no Carandiru motivou formaçãozebet virementfacção criminosa:zebet virement

Fachada Carandiru | Foto: BBC
Legenda da foto, PCC: surgimento da facção criminosa foizebet virement1993
  • Author, Luis Kawaguti
  • Role, Da BBC Brasilzebet virementSão Paulo

zebet virement O massacrezebet virement111 presoszebet virement1992 na Casazebet virementDetençãozebet virementSão Paulo - o Carandiru - foi um episódio decisivo para a fundação da facção criminosa que atua dentro e fora do sistema prisional paulista, o PCC (Primeiro Comando da Capital), segundo especialistas ouvidos pela BBC Brasil.

"Antes do massacre, o Estado já extorquia, torturava e matava os presos. O Carandiru não foi a única causa da fundação (do PCC), mas colaborou muito para isso", afirmou o padre Valdir João Silveira, coordenador nacional da Pastoral Carcerária, da Igreja Católica.

O PCC foi criado por um grupozebet virementpresoszebet virement31zebet virementagostozebet virement1993 na Casazebet virementCustódiazebet virementTaubaté - pouco menoszebet virementum ano depois do massacre do Carandiru.

Os principais objetivos da facção eram combater os maus tratos no sistema prisional e evitar novos massacres como ozebet virement1992, segundo o jornalista Josmar Jozino, autorzebet virementtrês livros sobre o PCC, entre eles "Xeque-mate, o Tribunal do Crime e os Letais Boinas Pretas" (Ed. Letras do Brasil).

"O massacre do Carandiru foi a gota d'água para a criação do PCC. O episódio está registrado até no estatutozebet virementfundação da facção", disse ele.

Segundo os especialistas Jozino e Silveira, o grupo criminoso se espalhou por todo o sistema prisional e impôs regraszebet virementconduta aos presos - como a proibição nas cadeias do uso do crack ezebet virementassassinatos motivados por dívidaszebet virementdrogas. A ação teria diminuído os índiceszebet virementmortalidade nas penitenciárias.

Mas, segundo a Pastoral Carcerária, não há a divulgaçãozebet virementdados completos que possam retratar a evolução da mortalidade nos presídios.

Um levantamento da entidade nos presídioszebet virementSão Paulo, abrangendo o períodozebet virement1999 a 2006, afirma que as mortes caíramzebet virement522zebet virement1999 (o equivalente 1% da população carcerária na época) para 377zebet virement2006 (0,3%).

A Secretariazebet virementAdministração Penitenciáriazebet virementSão Paulo não confirmou essas estatísticas, mas também não forneceu dados sobre mortalidade solicitados pela BBC Brasil. A pasta também optou por não conceder entrevista.

Crime organizado

A partirzebet virementsua fundaçãozebet virement1993, o PCC também passou a acumular forças para tentar pressionar o Estado, por meiozebet virementviolência ezebet virementameaças, para obter melhores condiçõeszebet virementvida e até regalias para os presos. Porém, os governos paulistas jamais admitiram ter negociado com o PCC.

Cobrando mensalidadeszebet virementseus "associados", a organização criou uma redezebet virementapoio aos criminosos, que inclui contrataçãozebet virementadvogados e apoio financeiro às suas famílias.

A facção também expandiu suas ações para fora dos presídios. Passou a controlar parte do tráficozebet virementdrogaszebet virementSão Paulo, fazer parcerias com facçõeszebet virementoutros Estados, alugar armas para ações criminosas e até assumiu o controlezebet virementrotas internacionaiszebet viremententradazebet viremententorpecentes no país.

Essa expansão colaborou para a formaçãozebet virementmais organizações criminosas nos presídios paulistas - essas, porzebet virementvez, dedicadas a fazer frente ao poder crescente do PCC.

A rede criminosa criadazebet virement1993 também buscou vingança contra autoridades envolvidas no massacre do Carandiru.

Segundo investigações da polícia e do Ministério Público, membros do PCC teriam sido os responsáveis pelo assassinato a tiroszebet virement2005zebet virementJosé Ismael Pedrosa, que dirigia o Carandiru na época do massacre e também administrou a Casazebet virementCustódiazebet virementTaubaté.