Escaladagrupo aviator f12betviolência cria dificuldade adicional a general brasileiro no Congo:grupo aviator f12bet
- Author, Luis Kawaguti
- Role, Enviado especial da BBC Brasil a Goma (República Democrática do Congo)
grupo aviator f12bet Uma escalada recente no conflito entre forçasgrupo aviator f12betsegurança e rebeldes da República Democrática do Congo (RDC) e desentendimentos diplomáticos envolvendo a nação e seus vizinhos estão dificultando o trabalho do general brasileiro Carlos Alberto dos Santos Cruz ─ o novo comandante das forçasgrupo aviator f12betpaz da ONU no país.
As forças lideradas por Cruz podem ser arrastadas a qualquer momento para a batalha, que vem sendo travada nos limites da maior cidade do leste da RDC, Goma, e já teria deixado maisgrupo aviator f12betuma centenagrupo aviator f12betmortos.
O general comanda não só a maior missãogrupo aviator f12betpaz das Nações Unidas, com 20 mil militares, mas também a que possui o mandato mais robusto.
Ele foi o militar escolhido pelo Conselhogrupo aviator f12betSegurança para liderar a ação devido agrupo aviator f12betexperiência prévia na missãogrupo aviator f12betpaz no Haiti. Cruz liderou os capacetes azuis no período final da tomada do último reduto rebeldegrupo aviator f12betPorto Príncipe.
A operação na RDC tem uma unidade militar especial, chamadagrupo aviator f12betBrigadagrupo aviator f12betIntervenção, que estará completa com três mil homens e terá característicasgrupo aviator f12betforçagrupo aviator f12betataque ─ com contingentesgrupo aviator f12betartilharia, aviação e comandos. Essa força possui suporte legal para não apenas se defender, mas atacar os maisgrupo aviator f12bet50 grupos rebeldes que operam no leste do Congo, especialmente na província do Kivu Norte.
Cruz, que está no país desde o fimgrupo aviator f12betmaio, não ordenou ainda nenhuma grande operação ofensiva contra rebeldes.
No último domingo, quando preparava medidas para impedir açõesgrupo aviator f12betgrupos armados no norte da província, ele foi surpreendido por um conflitogrupo aviator f12betlarga escala nas redondezas da principal cidade do leste, Goma, onde estão estacionadas a maior parte das forças da ONU na região.
O confronto ocorre entre o Exército do governo e rebeldes do M23, um grupo formado por ex-militares treinados que desertaram das Forças Armadas levando grande quantidadegrupo aviator f12betarmamento pesado. Eles fazem oposição ao governo e teriam recebido financiamento do governogrupo aviator f12betRuanda, segundo relatórios da ONU.
Esta é a batalha mais intensa entre as duas forçasgrupo aviator f12betmeses. O confronto começou por volta das 14h do domingo. Rebeldes do M23 alegaram ter sido atacados pelo Exército do governo. Já as forçasgrupo aviator f12betsegurança afirmaram que as hostilidades foram provocadas pelo grupo armado.
Tanto os rebeldes como o governo estão se enfrentando com tropasgrupo aviator f12betinfantaria armadas com fuzis kalashnikov, lançadoresgrupo aviator f12betfoguetes RPG-7 e artilharia pesada. Toda a regiãogrupo aviator f12betKibati é um reduto do M23.
A batalha perdeu força durante a noite porque os dois lados possuem pouco equipamento para combater no período noturno, mas logo no início da manhã as hostilidades recomeçaram com força e continuaram durante toda a segunda-feira.
Centenasgrupo aviator f12betmoradores abandonaram as regiões mais periféricas da cidade, procurando refúgio atrás das montanhasgrupo aviator f12betMuningi, onde Cruz montou a principal linhagrupo aviator f12betdefesa da cidade.
Segundo uma fonte da ONU, não houve envolvimento das Nações Unidas na batalha até então porque as forças do governo estavam conseguindo resistir ao ataque e manter a posiçãogrupo aviator f12betKibati ─ uma vila próxima a Goma que fica dentro da áreagrupo aviator f12betação do M23. Há, porém, a possibilidadegrupo aviator f12betque os militares congoleses peçam apoio aos capacetes azuis.
Também não pode ser descartada a hipótesegrupo aviator f12betque a ONU seja arrastada para o confronto se os rebeldes do M23 avançaremgrupo aviator f12betdireção a cidadegrupo aviator f12betGoma. O general Santos Cruz já havia deixado claro para seus subordinados que qualquer ataque rebelde contra posições da ONU "deve ser retaliado com força total, sem economiagrupo aviator f12betrecursos e armamentos".
Diplomacia
Em paralelo aos enfrentamentosgrupo aviator f12betGoma, conversaçõesgrupo aviator f12betpaz entre o M23 e a ONU estão acontecendogrupo aviator f12betUganda. Segundo analistas, tanto capacetes azuis como rebeldes vinham evitando hostilidades para não serem acusadosgrupo aviator f12betestragar o processogrupo aviator f12betpaz.
Contudo, a escalada da violência afasta ainda mais a esperança da ONUgrupo aviator f12betresolver o confronto na esfera política. No momentogrupo aviator f12betque ocorria a batalhagrupo aviator f12betGoma, no campo diplomático, os esforços do secretario geral Ban Ki-moon ─ que reuniu no início do ano 11 países da regiãogrupo aviator f12betum tratado para tentar acabar com a violência local ─ também sofreram um revés.
A chancelariagrupo aviator f12betRuanda acusou o governo da RDC e a ONUgrupo aviator f12betbombardearem seu território nesta segunda-feira. Uma cartagrupo aviator f12betum diplomata disse ainda que um grupogrupo aviator f12betrebeldes hutus ─ o FDLR (Frente Democrática para a Libertaçãogrupo aviator f12betRuanda), supostamente ligado ao genocídiogrupo aviator f12bet1994 ─ estariam recebendo apoiogrupo aviator f12betmembros da Brigadagrupo aviator f12betIntervenção.
Já o governo da RDC voltou a acusar Ruandagrupo aviator f12betfinanciar o M23, o maior grupo rebelde que operagrupo aviator f12betseu território.
Até a noite desta segunda-feira a ONU ainda acompanhava a batalha entre rebeldes e forçasgrupo aviator f12betsegurança a distância. Não estava claro se a estratégia dos capacetes azuis seria aguardar uma solução políticagrupo aviator f12betrelação ao M23 ou iniciar uma campanha ofensiva.