Rita Santos, a ‘baiana do acarajé’ que venceu a Fifa:casas de aposta eleicoes
"Estava no aeroporto do Riocasas de aposta eleicoesJaneiro quando um jornalistacasas de aposta eleicoesSalvador me perguntou se as baianas haviam sido contempladas na praçacasas de aposta eleicoesalimentação do estádio. Fiquei atônita e disse que não", afirma ela à BBC Brasil.
A partir do telefonema, Rita mobilizou-se a favorcasas de aposta eleicoesuma tradição que há décadas se confunde com a própria história do Fonte Nova: a vendacasas de aposta eleicoesacarajés por baianas no interior do estádio.
"Após a reinauguração, baianas que há 60 anos trabalham no local não teriam maiscasas de aposta eleicoesonde tirar seu sustento", afirma.
Para reverter a decisão da Fifacasas de aposta eleicoesprolcasas de aposta eleicoessua comunidade, ela conversou com políticos e lideranças locais, alémcasas de aposta eleicoesrecorrer às redes sociais.
Mas o pontocasas de aposta eleicoesinflexão ocorreu ao ser contatada pela equipe brasileira da Change, uma plataformacasas de aposta eleicoespetições virtuais sediada nos Estados Unidos e internacionalmente conhecida por dar amplitude aos mais diferentes tiposcasas de aposta eleicoescausas, desde a fabricaçãocasas de aposta eleicoessutiãs para mulheres mastectomizadas ao reconhecimento da Palestina como estado-membro da ONU.
Juntos, decidiram lançar um abaixo-assinado online sobre o pleito. À reivindicação na web, seguiram-se inúmeras reuniões táticas para angariar maior apoio popular.
A investida deu certo. Em abril deste ano, durante a inauguração oficial do Fonte Nova, que contou com a presençacasas de aposta eleicoesgrandes figurões da política nacional, Santos e outras 80 baianas distribuíram gratuitamente acarajés nas imediações do estádio e entregaram a petição assinada por maiscasas de aposta eleicoes17 mil pessoas a um assessor próximo da presidente Dilma Rousseff, também presente no evento.
No iníciocasas de aposta eleicoesjunho, veio a vitória. A Fifa permitiu que seis baianas, apoiadas por uma equipe que totaliza maiscasas de aposta eleicoes20 pessoas, entre ajudantes e operadorascasas de aposta eleicoescaixa, vendessem acarajé no interior do estádio.
"O perfil ativistacasas de aposta eleicoesRita, que sempre demonstrou muita garra, certamente foi um fator preponderante para o sucesso do pleito", afirmou Lucas Pretti, coordenadorcasas de aposta eleicoescampanhas da Change no Brasil.
Rita, entretanto, quer mais. A Prefeituracasas de aposta eleicoesSalvador ainda não permitiu a vendacasas de aposta eleicoesacarajé pelas baianas nas imediações do estádio.
"Queríamos a autorização para que dezcasas de aposta eleicoesnós pudessem vender acarajé do ladocasas de aposta eleicoesfora", diz ela.
"Além disso, ainda não sabemos se poderemos vender dentro do Fonte Nova durante a Copacasas de aposta eleicoes2014".
Garra
Amigos e familiarescasas de aposta eleicoesRita dizem não ter se surpreendido com as inúmeras noites passadascasas de aposta eleicoesclaro durante a batalha pelo acesso das baianas ao Fonte Nova.
"Minha mãe sempre correu atrás do que quis. Antescasas de aposta eleicoesse tornar presidente da associação das baianas, ela vendia acarajés na praia", diz Ana Caroline.
Rita também é mãecasas de aposta eleicoesoutros cinco filhos, um deles o atual goleiro do Flamengo, Felipe.
Ela chegou a Salvadorcasas de aposta eleicoes1986, acompanhando o marido, Jorge, militar da Aeronáutica e controladorcasas de aposta eleicoestráfego aéreo, que havia sido transferido do Riocasas de aposta eleicoesJaneirocasas de aposta eleicoesmeio à inauguração do aeroporto internacional da capital baiana.
"Ele veio dar cursoscasas de aposta eleicoescapacitação para os jovens recrutas e por aqui ficou", relembra.
Rita, que pediu demissão do bancocasas de aposta eleicoesque trabalhava como gerente para viver na cidade, diz acreditar que seu destino "já estava traçado" na terra enaltecida pelo escritor Jorge Amado.
"Quando fiquei noiva, ganheicasas de aposta eleicoespresente da minha sogra dois quadros. Umcasas de aposta eleicoesum preto velho e o outrocasas de aposta eleicoesuma baiana. O cenáriocasas de aposta eleicoesque essa baiana foi pintada é justamente onde hoje se localiza a nossa sede, o Memorial das Baianas", conta.
"Foi amor à primeira vista", acrescenta.
Acarajé
Mas a relaçãocasas de aposta eleicoesamorcasas de aposta eleicoesRita com os bolinhos fritoscasas de aposta eleicoesfeijão-fradinho é mais recente. Foicasas de aposta eleicoes2001 que ela aprendeu a fazer os quitutes para logo depois aderir à associação da qual se tornaria presidente oito anos depois.
À frente da ABAM desde 2009, a carioca-baiana reelegeu-se por chapa únicacasas de aposta eleicoesabril para um novo mandato que terminacasas de aposta eleicoes2017.
"Sempre gostei muitocasas de aposta eleicoescozinhar. Minha mãe e meu pai vendiam comida para os operários que construíram a estaçãocasas de aposta eleicoesmetrô do Catete (na zona sul do Riocasas de aposta eleicoesJaneiro). Mas foi num sambacasas de aposta eleicoesrodacasas de aposta eleicoesum terreiro que eu me apaixonei pelo acarajé e pela associação. No dia seguinte, já estava vestida lá como baiana."
Alémcasas de aposta eleicoesdefender os interesses da associação, Rita também divide seu tempo entre dar aulascasas de aposta eleicoescapacitação para novas baianas e o cursocasas de aposta eleicoesAdministraçãocasas de aposta eleicoesEmpresas à distância.
Os amigos não duvidamcasas de aposta eleicoesque ela dará contacasas de aposta eleicoestudo.
"Rita não para e está sempre disposta a defender a nossa classe para que nossas tradições passem para nossos filhos e netos", diz Angelice Batista dos Santos, baiana e diretora estadual da associação.