Lembrançasbônus para estrela bet1950 e pressão por vitória assombram Seleção:bônus para estrela bet

Schiaffino chuta por cima do goleiro Barbosa e marca o primeiro gol do Uruguaibônus para estrela bet16bônus para estrela betjulhobônus para estrela bet1950 (AFP/Getty)
Legenda da foto, Schiaffino chuta por cima do goleiro Barbosabônus para estrela bet16bônus para estrela betjulhobônus para estrela bet1950
  • Author, Tim Vickery
  • Role, Do Riobônus para estrela betJaneiro para a BBC Brasil

bônus para estrela bet Um dos meus bens mais valiosos é uma cópia autografada da autobiografiabônus para estrela betZizinho, ídolo do jovem Pelé e um dos maiores jogadores que o Brasil já teve.

Se eu pudesse voltar no tempo e tivesse a chancebônus para estrela betassistir a algum jogador do passado, o "Mestre Ziza" seria provavelmente o primeiro da lista. Mas o lugar dele no panteão foi, sem dúvida, abalado por um jogo – ou, para ser mais preciso, pelos últimos 25 minutosbônus para estrela betum jogo.

"Ainda hoje os pais me param na rua", escreveu, "e dizem a seus filhos: 'Este é o Zizinho, que jogou na Copabônus para estrela bet50'. Joguei 19 anos, tenho alguns títulos e sou lembrado como os demais jogadores daquela campanha como um perdedor."

Aquela derrota por 2 a 1 para o Uruguai deixou cicatrizes profundas. Cercabônus para estrela bet15 anos atrás, tive a sortebônus para estrela betconhecer, alémbônus para estrela betZizinho, o seu também talentoso companheirobônus para estrela bet1950 Jair Rosa Pinto e Flávio Costa, o técnico daquela Seleção.

Quase meio século depois, era evidente que os três nunca conseguiram esquecer aquela tarde fatídica. Com diferentes níveisbônus para estrela betamargura, eles carregavam o 16bônus para estrela betjulhobônus para estrela bet1950 com eles desde então.

Tragédia ou farsa?

Sem dúvida, chegou a horabônus para estrela beto Brasil revisitar aquela Copa do Mundo. Certamente, há muito o que festejar. O torneio descentralizou o esporte - estendendo-se ao Recife no Nordeste e a Curitiba e Porto Alegre no Sul, abrindo caminho para um campeonato genuinamente nacional que seria lançado 21 anos depois.

E,bônus para estrela betcampo, o Brasil pode não ter conquistado o troféu, mas consolidou e aprimorou a impressão positiva deixada na Copabônus para estrela bet1938, e jogou um futebolbônus para estrela betuma beleza sinuosa, que os visitantes europeus nunca haviam visto.

Mas as conotações são sempre negativas. Alguns meses atrás, tive a chancebônus para estrela betentrevistar o ministro do Esporte, Aldo Rebelo. Quando ele se referiu à Copabônus para estrela bet1950 como "uma tragédia", eu me lembreibônus para estrela betMarx, que estudei muitos anos atrás. "Isso significa", perguntei, "que a Copabônus para estrela bet2014 será uma farsa?"

Como erabônus para estrela betse esperarbônus para estrela betqualquer ministro do Partido Comunista do Brasil, Rebelo reconheceu a citação ("A história se repete, a primeira vez como tragédia, a segunda como farsa"). Ele sorriu. "De jeito nenhum", afirmou.

Bem, tivemos alguns elementosbônus para estrela betfarsa no vaivém da ameaçabônus para estrela betsuspensão do jogo contra a Inglaterra no Maracanã. E nas cenasbônus para estrela betduas semanas atrás,bônus para estrela betSalvador, na Arena Fonte Nova, onde parte da cobertura cedeu por causa das chuvas e, como crianças à beira do mar, funcionários usaram pequenos baldes para remover o excessobônus para estrela betágua.

Mas o objetivo da Copa das Confederações é resolver os problemas técnicos ebônus para estrela betorganização.

E quanto à atuação do Brasilbônus para estrela betcampo, Rebelo certamente tem razão. Há muito pouca chancebônus para estrela beta campanha dos anfitriões ser considerada uma farsa. Pelo contrário, será julgada como um triunfo (vencendo) ou um desastre (no casobônus para estrela betqualquer outro resultado).

Antesbônus para estrela bet1950, Uruguai e Itália conseguiram vencer a Copa do Mundobônus para estrela betcasa. Desde então, o feito foi repetido por Inglaterra, Alemanha, Argentina e França. O Brasil pode ter levado o troféubônus para estrela betcinco paísesbônus para estrela betquatro continentes, mas agora a segunda chancebônus para estrela betvencer na frentebônus para estrela betseus torcedores chega com uma enorme pressão.

Exposição

Pouco maisbônus para estrela bet60 anos atrás, a Seleção Brasileira ficava concentrada na então isolada região da Barra da Tijuca, no Rio. Zizinho e Jair argumentavam que tudo começou a dar errado antes da final, quando eles se mudaram para o estádiobônus para estrela betSão Januário.

Treino da Seleção Brasileira antes do amistosobônus para estrela betdomingo (AFP/Getty)
Legenda da foto, Seleção brasileirabônus para estrela bet2014 terá menos privacidade e isolamento que abônus para estrela bet1950

No meiobônus para estrela betuma campanha eleitoral, o quartel-general da equipe se tornou o centro da política nacional. Candidatos foram fazer visitas, havia muitas mãos para apertar e discursos para ouvir e, diziam os dois antigos jogadores, o foco da equipe foi afetado.

"A nossa distração na concentração era fazer balão", escreveu Zizinhobônus para estrela betseu livrobônus para estrela bet1985, "pois era o mês das festas juninas... Nos dias que antecederam a partida contra o Uruguai, havia tanta gente dentro do nosso dormitório que não tínhamos local para estender umas folhas no chão para fazer um balão…. O Castilho (goleiro reserva) ainda hoje reclama que perdemos a Copa porque não fizemos o balão. Ele tem razão. Se tivéssemos tido um espaço para fazer um, era porque nós realmente estávamos concentrados."

Os jogadoresbônus para estrela bethoje, é claro, não têm escolha. Eles vão passar o mês da Copa do Mundobônus para estrela betum aquário, com até mesmo os treinamentos sendo transmitidos pela televisão e analisados pela imprensa 24 horas por dia.

E se Zizinho e companhia tinham uma naçãobônus para estrela betcercabônus para estrela bet50 milhões exigindo vitória, esse número multiplicado por quatro estará esperando pelo sucessobônus para estrela bet2014. Força mental será fundamental. Considerando a velocidade e a crueldade com que os torcedores brasileiros podem se voltar contra a Seleção, muito poucas equipes na história das Copas do Mundo enfrentaram o tipobônus para estrela betpressão que os anfitriões vão encarar no ano que vem.

E issobônus para estrela betum momento confuso para o futebol brasileiro. Há o problema óbvio da entressafra: a geraçãobônus para estrela betKaká e Ronaldinho Gaúcho estábônus para estrela betdeclínio enquanto abônus para estrela betNeymar e Oscar ainda está se estabelecendo.

Há também preocupações mais profundas e conceituais. O futebol brasileiro dos últimos anos, dominado pelo contra-ataque, é considerado por muitos obsoleto, ultrapassado pelo estilo baseado na possebônus para estrela betbola da Espanha. Ebônus para estrela betqualquer forma, com o Brasil jogandobônus para estrela betcasa, poucos adversários vão dar à equipebônus para estrela betScolari a chancebônus para estrela betum contra-ataque.

Mas o Brasil pode ter a equipe perfeita e as táticas mais avançadas, e ainda assim não vencer a Copa do Mundo. O torneio pode ser uma competição cruel. Não é preciso necessariamente um jogo ruim, ou mesmo metadebônus para estrela betum jogo, para acabar com o sonho.

Alguns minutos ruins podem ser o suficiente – como aconteceu com a equipebônus para estrela betDunga na última Copa e com Zizinho e companhiabônus para estrela bet1950.