Após 100 diaspremier bet netprotestos e maispremier bet net500 mortes, manifestantes no Irã prometem: ‘Não vamos parar’:premier bet net

Manifestantespremier bet netTehran (01/10/22)

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Protestos começaram na região curda do Irã e se espalharam por todo o país

Taraneh Alidoosti, uma conhecida atriz iraniana, está detida na conhecida prisãopremier bet netEvin depoispremier bet netse manifestar contra a execuçãopremier bet netum jovem manifestante.

Ela havia publicado antes uma foto sem o véu na cabeça (obrigatório pelas leis do país)premier bet netque segurava uma placa com o slogan dos protestos.

"Eu trabalhei com Taranehpremier bet netquatro filmes e agora ela está na prisão por seu legítimo apoio a seus compatriotas epremier bet netoposição às sentenças injustas anunciadas", escreveu no Instagram o diretor Asghar Farhadi, que dirigiu Alidoostipremier bet netO Apartamento, produção que ganhou o Oscarpremier bet netfilmepremier bet netlíngua estrangeira.

"Se mostrar tal apoio é um crime, então dezenaspremier bet netmilhõespremier bet netpessoas nesta terra são criminosos", acrescentou Farhadi.

'Ameaçaspremier bet netmorte'

Outra proeminente atriz iraniana que deixou o país, Pegah Ahangarani, disse à BBC Persa: "Ambos os lados se radicalizaram, o regime empremier bet netrepressão e as pessoas na indústria cinematográfica empremier bet netresposta."

"O Irã não pode voltar à era pré-Mahsa Amini", referindo-se à iraniana curda cuja morte sob custódia da polícia da moralidade do Irãpremier bet net16premier bet netsetembro deu início aos protestos.

Hamid Farrokhnezhad, outro conhecido ator iraniano, mudou-se para os EUA no início deste mês e imediatamente chamou o líder supremo iraniano Ali Khameneipremier bet net"ditador", comparando-o a Franco, Stálin e Mussolini.

Mulherpremier bet netmanifestação pró-iraniana na Cidade do México (19/12/22)

Crédito, Reuters

Legenda da foto, "Mulheres, Vida, Liberdade" virou lema dos protestos

Ali Karimi, um dos ex-jogadorespremier bet netfutebol mais famosos do Irã, que moravapremier bet netDubai, também apoiou os protestos. Ele disse que agentes da inteligência iraniana ameaçaram matá-lo, levando-o a se mudar para os Estados Unidos.

Karimi é hoje um dos críticos mais ferrenhos do regime iraniano empremier bet netconta no Instagram, que tem maispremier bet net14 milhõespremier bet netseguidores.

Outro ícone do futebol iraniano, Ali Daei, tevepremier bet netjoalheria e restaurante fechados pelo judiciário iraniano depoispremier bet netmanifestar seu apoio a uma greve nacional.

O que também distingue os protestos atuais dos anteriores é o uso cada vez mais frequentepremier bet netcoquetel molotov por parte dos manifestantes.

Os artefatos foram usados ​​contra bases da milícia Basij e Hawza epremier bet netescolas religiosas para clérigos muçulmanos xiitas.

Turbantes arrancados

A Geração Z do Irã tem estado na vanguarda desses protestos, desafiando regras religiosas rígidas e estabelecendo novas tendências, como queimar o véu obrigatório para as mulheres.

Outra nova tendência entre os jovens manifestantes é a chamada "arrancadapremier bet netturbante" — que consistepremier bet netse posicionar despercebido por tráspremier bet netclérigos muçulmanos xiitas, arrancar seus turbantes e fugir.

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Um meninopremier bet net16 anos, Arshia Emamgholizadeh, foi preso na cidadepremier bet netTabriz (noroeste do país), no mês passado, acusadopremier bet nettirar o turbantepremier bet netoutra pessoa.

Ele foi detido por 10 dias antespremier bet netser liberado. Dois dias depois, ele cometeu suicídio, algo quepremier bet netfamília atribui ao seu tratamento na prisão. Durantepremier bet netdetenção, Arshia foi espancado com cassetetes e recebeu pílulas desconhecidas, disse uma fonte próxima à família à BBC Persa.

As autoridades iranianas não apenas reprimiram os manifestantes, mas também usaram os corpos dos mortos sobpremier bet netcustódia como moedapremier bet nettroca para silenciar as famílias das vítimas.

Temendo tal pressão, o irmãopremier bet netum manifestante morto roubou o corpopremier bet netum necrotério, dirigindo pela cidade por horas, disse uma fonte à BBC Persa.

Mehran Samak, 27, foi baleado na cabeça na cidadepremier bet netBandar Anzali, no norte do país, por buzinar seu carropremier bet netcomemoração à eliminação do Irã da Copa do Mundopremier bet net29premier bet netnovembro.

Outra família diz ter encontrado sinais brutaispremier bet nettorturapremier bet netHamed Salahshoor,premier bet net23 anos, quando exumaram seu corpo após ele ter sido enterrado 30 quilômetros distantepremier bet netsua cidade natal.

Execuções e tortura

Até agora, dois homens foram executados após serem condenados por acusaçõespremier bet netsegurança nacional vagamente relacionadas aos protestos, o que grupospremier bet netdireitos humanos condenaram como erros grosseiros da justiça.

Muitos dos que estão no corredor da morte disseram que foram torturados.

A Redepremier bet netDireitos Humanos do Curdistão, uma organização não-governamental, disse que um rapper curdo-iraniano, Saman Yasin, que foi condenado à morte, tentou se matar na terça-feira. O grupopremier bet netdireitos humanos disse anteriormente que Yasin foi torturado enquanto estava detido. A Suprema Corte do Irã manteve um recurso contrapremier bet netsentençapremier bet netmorte no sábado e ordenou que ele fosse julgado novamente.

Em um arquivopremier bet netáudio obtido pela BBC Persa, um fisiculturista amadorpremier bet net26 anos, Sahand Noormohammadzadeh, alega que forçaspremier bet netsegurança simularam por diversas vezes o momentopremier bet netsua execução.

Sahand Noormohammadzadehsegura uma medalha conquistadapremier bet netcompetiçãopremier bet netfisiculturismo

Crédito, Sahand Noormohammadzadeh

Legenda da foto, Sahand Noormohammadzadeh, um fisiculturista, mantevepremier bet netinocênciapremier bet netseu julgamento no mês passado

Noormohammadzadeh foi condenado à mortepremier bet netnovembro, depoispremier bet netter sido considerado culpadopremier bet net"hostilidade contra Deus" (algo definido pela lei iraniana como "criar insegurança pública" com uma arma).

Ele foi acusadopremier bet netbloquear o tráfegopremier bet netuma rodovia derrubando grades durante um protestopremier bet netTeerãpremier bet net23premier bet netsetembro, o que ele negou.

A BBC Persa também obteve imagenspremier bet netraio-x que mostram três costelas quebradas e seu pulmão perfuradopremier bet netum radiologista preso.

Hamid Ghare-Hasanlou foi considerado culpadopremier bet net"corrupção na Terra", um crime que acarreta penapremier bet netmorte.

Uma fonte disse à Anistia Internacional que Ghare-Hasanlou foi submetido a tortura e maus-tratos para fornecer uma "confissão" forçada.

- Este texto foi publicado em http://vesser.net/internacional-64103695