'Guerra fria' secreta entre Israel e Irã começa a sair das sombras:betesporte grupo telegram

Israel não confirmou nem negou seu envolvimento na mortebetesporte grupo telegramFakhrizadeh, que se tornou o quinto cientista nuclear iraniano assassinado desde 2007.

No entanto, o jornal americano New York Times publicou um relatório detalhado descrevendo como o ataque foi realizado por Israel.

O ex-chefe da Mossad revelou mais tarde que o cientista havia sido um alvo "por muitos anos", e que a agênciabetesporte grupo telegraminteligência israelense estava preocupada com seu conhecimento.

As agênciasbetesporte grupo telegraminteligência ocidentais acreditavam que Fakhrizadeh era o chefebetesporte grupo telegramum programa secreto para construir uma ogiva nuclear.

Outras operações

Nos meses que se seguiram, quando Joe Biden se tornou presidente dos EUA e tentou reviver o acordo nuclear com o Irã (que foi abandonado por seu antecessor Donald Trump), Irã e Israel aparentemente continuaram com as operações secretas.

Israel anunciou que havia frustrado um suposto planobetesporte grupo telegramassassinato iraniano; o Irã se gaboubetesporte grupo telegramuma operaçãobetesporte grupo telegramdrones dentrobetesporte grupo telegramIsrael, e ambos os países supostamente atacaram os naviosbetesporte grupo telegramcarga um do outro.

O Irã disse na semana passada que Israel estava por trásbetesporte grupo telegramum ataquebetesporte grupo telegramsabotagem a uma instalação nuclear subterrânea. E, há poucos dias, afirmou que vai processar três pessoas por suspeitabetesporte grupo telegramligação com a Mossad, acusadasbetesporte grupo telegramplanejar o assassinatobetesporte grupo telegramcientistas nucleares iranianos.

O Irã também denunciou uma sériebetesporte grupo telegrammortes misteriosas dentro do país, incluindo dois oficiais aeroespaciais que foram "mártires durante uma missão", assim como um engenheiro do Ministério da Defesa que foi "mártir por sabotagem industrial".

Mas não chegou a culpar Israel pelas mortes.

Uma guerra não tão secreta

A guerra entre Israel e Irã agora parece estar saindo das sombras.

Chegou até a ganhar contornos hollywoodianos na série Teerã, da Apple TV, na qual um agente da Mossad se infiltra nos mais altos escalões do aparatobetesporte grupo telegramsegurança da Guarda Revolucionária iraniana.

Na vida real, Richard Goldberg, que atuou como diretor do Conselhobetesporte grupo telegramSegurança Nacional da Casa Branca para combater as armasbetesporte grupo telegramdestruiçãobetesporte grupo telegrammassa iranianas sob a gestão do presidente Donald Trump (2017-2021), disse que Mohsen Fakhrizadeh não poderia ter sido assassinado sem que houvesse uma enorme brechabetesporte grupo telegramsegurança dentro do Irã.

"Pode-se supor que, para entrarbetesporte grupo telegramuma instalação nuclear altamente protegida ou ter acesso a funcionários-chave, você teria que ter cúmplices dentro do regime", declarou.

O Irã continua insistindo que seu programa nuclear é apenas para fins pacíficos.

Mas desde que Trump abandonou o acordo nuclearbetesporte grupo telegram2018 e restabeleceu as sanções dos EUA, o Irã respondeu enriquecendo urânio a níveisbetesporte grupo telegrampureza cada vez mais altos — e agora está pertobetesporte grupo telegramter o suficiente para uma arma nuclear.

Suas conversas com potências mundiaisbetesporte grupo telegramViena sobre a retomada do acordo nuclear também estagnaram.

Outros confrontos

Também se suspeita que o Irã tenha atacado interesses americanos e israelenses na regiãobetesporte grupo telegramretaliação por ataquesbetesporte grupo telegramseu território.

Em março, disparou mísseis balísticos contra o que supostamente era um "centro estratégico" israelense na região do Curdistão iraquiano.

As milícias apoiadas pelo Irã também foram acusadasbetesporte grupo telegramlançar foguetes e dronesbetesporte grupo telegrambases iraquianas que abrigavam tropas dos EUA, alémbetesporte grupo telegramrealizar ataques a bomba a comboiosbetesporte grupo telegramsuprimentos.

Em um movimento sem precedentes, Israel alertou recentemente seus cidadãosbetesporte grupo telegramIstambul para deixar a cidade e aos outros a não viajar para a Turquia, dizendo que enfrentavam "perigo real e imediato"betesporte grupo telegramagentes iranianos que buscavam prejudicar os israelenses.

Enquanto isso, o agora ex-primeiro-ministrobetesporte grupo telegramIsrael Naftali Bennett disse que seu país está implementando o que chamoubetesporte grupo telegram"doutrina polvo", que envolve intensificar as operações secretas relacionadas aos programas nucleares,betesporte grupo telegrammísseis ebetesporte grupo telegramdronesbetesporte grupo telegramterritório iraniano,betesporte grupo telegramvezbetesporte grupo telegrammirarbetesporte grupo telegramproxies regionais (terceiros)betesporte grupo telegramoutros países.

"Não brincamos mais com os tentáculos, com os proxies do Irã: criamos uma nova equação para chegar à cabeça", disse Bennett à revista britânica The Economist no iníciobetesporte grupo telegramjunho.

Mohammad Marandi, professor da Universidadebetesporte grupo telegramTeerã e consultorbetesporte grupo telegrammídia da equipebetesporte grupo telegramnegociação nuclear do Irã nas negociaçõesbetesporte grupo telegramViena, respondeu:

"Matar civis inocentes sob proteção política ocidental não é nenhuma novidade para o regime israelense, mas os israelenses exageram suas capacidades para propósitos políticos, fingindo que acidentes e mortes comuns também são obra deles".

"O Irã definitivamente vai revidar, mas o Irã é paciente", acrescentou.

A resposta

O chefe da forçabetesporte grupo telegramelite Quds do Irã, o braçobetesporte grupo telegramoperações da Guarda Revolucionária no exterior, general Esmail Qaani, afirmou que o Irã continuará apoiando qualquer movimento anti-EUA ou anti-Israelbetesporte grupo telegramqualquer lugar.

As relações entre os EUA e o Irã também se deterioraram desde que Washington matou o antecessorbetesporte grupo telegramQaani, Qasem Soleimani,betesporte grupo telegramum ataquebetesporte grupo telegramdrone na capital iraquianabetesporte grupo telegramjaneirobetesporte grupo telegram2020.

Soleimani havia estado na mira dos militares americanos várias vezes, mas foi poupado até que Donald Trump decidiu puxar o gatilho, sob a influênciabetesporte grupo telegramseu então secretáriobetesporte grupo telegramEstado, Mike Pompeo.

Trump disse que Soleimani era "o terrorista número umbetesporte grupo telegramqualquer lugar do mundo".

O governo Trump também tentou mudar o equilíbriobetesporte grupo telegrampoder no Oriente Médio e isolar ainda mais o Irã ao negociar os Acordosbetesporte grupo telegramAbraão, nos quais os Emirados Árabes Unidos e o Bahrein concordarambetesporte grupo telegramnormalizar as relações com Israel.

"O Irã odeia os Acordosbetesporte grupo telegramAbraão", disse um alto diplomata árabe que não quis ser identificado.

No entanto, uma ex-autoridade iraniana afirmou que eles não viam os acordos como duradouros, descrevendo-os como mais um "casobetesporte grupo telegramamor temporário".

Antes da próxima visita do presidente Biden a Israel e à Arábia Saudita, um alto funcionário da Casa Branca afirmou que os Estados Unidos não viam a guerra nas sombras entre Irã e Israel se intensificando — pelo menos nãobetesporte grupo telegrammaneira preocupante.

No entanto, Richard Goldberg, que agora trabalha para o think tank Foundation for Defense of Democracies, com sedebetesporte grupo telegramWashington, diz que a campanha clandestinabetesporte grupo telegramIsrael pode ter seus limites.

"O mundo está esperando por um grande momento,betesporte grupo telegramque vamos acordar e ouvir sobre os ataques aéreos israelenses."

"Mas os israelenses parecem estar normalizando silenciosamente a guerra nas sombras, que pode facilmente se transformarbetesporte grupo telegramum ataque direto a instalações nucleares, sem que o mundo diga: 'Há um ataque militar, temos que detê-lo'."

- O texto foi publicadobetesporte grupo telegramhttp://vesser.net/internacional-62067419

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