Gettr: ex-assessorevent freebetTrump diz queevent freebetrede social não vai tolerar conteúdo que incite 'invasão do Congresso' no Brasil:event freebet

Jason Miller e Jair Bolsonaro

Crédito, Divulgação

Legenda da foto, Jason Miller foi detido pela PF no Brasilevent freebetsetembro do ano passado, após se encontrar com Bolsonaro

Ele mostra apoio explícito, por exemplo, ao partido AfD, na Alemanha, e a Marine Le Pen, na França, paísevent freebetque esteveevent freebetao menos quatro ocasiões antes do pleitoevent freebetque a candidata da direita radical foi derrotada por Emmanuel Macron, que se reelegeu presidente recentemente.

"O presidente Bolsonaro é um dos nossos dez maiores perfis globais. Acredito que ele esteja entre sexto ou sétimoevent freebetnúmeroevent freebetseguidores", diz Jason Miller à BBC News Brasil,event freebetWashington D.C., um pouco antesevent freebetembarcar para o Brasil,event freebetjunho.

Bolsonaro tem 674 mil seguidores na Gettr, contra 8,3 milhões no Twitter, o que dá uma medida tanto do potencialevent freebetexpansão da plataforma quantoevent freebetquão pequena ela ainda é, um possível sinalevent freebetque a rede social, que completará um ano nesta semana, pode não decolar.

O próprio Trump, que motivou o ex-assessor a criar uma espécieevent freebetTwitter alternativo após ter sido banido das redes no episódio da invasão do Capitólio,event freebet6event freebetjaneiroevent freebet2021, não chegou a um acordo financeiro com a Gettr para criar seu perfil.

Mas figuras centrais emevent freebetgestão, como o ideólogo Steve Bannon e o ex-secretárioevent freebetEstado Mike Pompeo estão entre os cercaevent freebet5 milhõesevent freebetusuários da rede social.

Presença frequente no Brasil

Como já fezevent freebetoutros países, no entanto, com a proximidade das eleições no Brasil, Jason Miller deve reforçarevent freebetpresença no país para atrair usuários ao mesmo tempoevent freebetque os Bolsonaro tentam arregimentar eleitores.

"Espero estar no Brasil com bem mais frequência agora e dar um grande impulso nos números", diz Miller, que nega qualquer envolvimento com a campanha pela reeleiçãoevent freebetJair Bolsonaro (PL).

"Temos visto o Brasil como nossa segunda maior comunidade. É cercaevent freebet14% ou 15% da nossa plataforma, atrás apenas dos EUA. Uma das melhores coisas sobre a Gettr é que ela é 51% americano e 49% internacional. Logo após o Brasil, temos o Reino Unido, com cercaevent freebet10% dos usuários, a Alemanha, entre 8% e 9% e a França, entre 5% e 6%. É uma comunidade internacionalevent freebetcrescimento", diz Miller.

A Gettr também tem se beneficiadoevent freebetusuários que costumavam usar o hoje ostracizado Parler. O Parler se firmou como uma redeevent freebetusuáriosevent freebetdireita, atraindo inclusive expoentes brasileiros, como Eduardo Bolsonaro, ao longoevent freebet2019 eevent freebet2020.

Invasão do capitólio por apoiadoresevent freebetTrumpevent freebet6event freebetjaneiroevent freebet2021

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Invasão do capitólio por apoiadoresevent freebetTrumpevent freebet6event freebetjaneiroevent freebet2021

Em janeiroevent freebet2021, segundo a plataforma, ela contava com 15 milhõesevent freebetusuários. O ataque ao capitólioevent freebet6event freebetjaneiro, no entanto, representou praticamente o seu fim.

A própria plataforma reportou ao serviço investigativo americano FBI ter sido extensamente usada por usuários trumpistas para preparar e coordenar o ataque ao Congresso americano, que resultouevent freebetcinco mortos e na interrupção da certificação da vitória eleitoral do democrata Joe Biden por algumas horas.

As investigações mostraram que o Parler foi totalmente tomado por mensagens que afirmavam ter havido fraude no pleito americanoevent freebet2020, ressoando alegações do próprio Trump, e clamavam por "guerra civil", ameaçasevent freebetmorte a policiais e conclamação à insurreição. O aplicativo foi incapazevent freebetconter o fluxo e moderar as mensagens para que elas não se traduzissemevent freebetviolência no mundo real. Depois disso, o Parler foi excluído das lojasevent freebetaplicativos do Google e da Apple, e houve um intenso movimentoevent freebetanunciantes para retirar seus anúncios da plataforma.

Confrontado com a possibilidadeevent freebetqueevent freebetplataforma, a Gettr, pudesse ser usada no Brasil para coordenar algum tipoevent freebetinsurreição após as eleições nos moldes dos ataques ao Capitólio americano, possibilidade que vem sendo aventada por políticos e analistas nos EUA, Miller é incisivo emevent freebetresposta.

"Não importaevent freebetque país do mundo, este não é o tipoevent freebetcoisa que permitiríamosevent freebetnossa plataforma", diz ele à BBC News Brasil.

Segundo o CEO, o serviçoevent freebetstreamingevent freebetvídeo pelos próprios usuários só está disponível para perfis verificados e ainda assim está sujeito a uma sérieevent freebetregras para coibir abusos e violência. Recentemente, atiradores americanos usaram esse tipoevent freebetserviçoevent freebetplataformas para transmitir ao vivo massacres com armasevent freebetfogo.

"Nossos termosevent freebetserviço deixam muito claro que, se você estiver fazendo ameaças físicas ou planejando cometer violência ou dano contra alguém, isso seria uma violaçãoevent freebetnossos termosevent freebetserviço ou diretrizes da comunidade", diz Miller, garantindo que o conteúdo seria retirado do ar por meio do sistemaevent freebetmoderação humano e automático.

O presidente Jair Bolsonaro tem feito alegaçõesevent freebetque o sistema eleitoral brasileiro é fraudulento eevent freebetque pode não aceitar o resultado, o que poderia motivar situação semelhante à vivida nos EUA, segundo analistas políticos.

Miller, no entanto, não reconhece essa possibilidade: "tudo o que eu vi (de manifestações) do presidente Bolsonaro parece ter sido sempre no sentidoevent freebetapoiar muito a lei e a ordem. Não houve nenhum tipoevent freebetatividade ou comunicação (de Bolsonaro) na Gettr nesse sentido".

No inícioevent freebetjunho,event freebetviagem a Orlando (Flórida, EUA), Bolsonaro foi questionado pela BBC News Brasil se, após a divulgação do resultados das eleições no Brasil, o país poderia viver uma situaçãoevent freebetviolência análoga à invasão do Capitólio nos EUA,event freebetjaneiroevent freebet2021.

O presidente brasileiro respondeu: "Eu não sei o que vai acontecer,event freebetminha parte teremos eleições limpas, com toda certeza nós vamos tomar providências antes das eleições", disse, sugerindo que as Forças Armadas atuarão no processo eleitoral.

Bolsonaro então citou uma declaração recenteevent freebetCiro Gomes, candidato presidencial do PDT: "O Ciro Gomes, terceiro lugar nas pesquisas, acabouevent freebetdizer que 'se Lula ganhar, o Brasil amanheceevent freebetguerra'. A população brasileira, a maioria esmagadora, está comigo".

Miller testemunhou na Comissão da Câmara dos EUA que investiga invasão ao Capitólio

Dentroevent freebetcasa, nos EUA, Miller é parteevent freebetum processoevent freebetinvestigação da Câmara dos Representantes (equivalente à Câmara dos Deputados no Brasil) sobre as ações do ex-presidente Donald Trump que,event freebetacordo com o inquérito, foram determinantes para o desfecho da invasão do Capitólio,event freebet6event freebetjaneiroevent freebet2021, quando o republicano ainda era presidente.

Donald Trumpevent freebetdiscurso no dia 6event freebetjaneiroevent freebet2021

Crédito, REUTERS/Jim Bourg

Legenda da foto, Donald Trumpevent freebetdiscurso no dia 6event freebetjaneiroevent freebet2021, pouco antes da invasão do Capitólio pelos manifestantes

No primeiro diaevent freebetaudiência pública, a vice-presidente do comitê investigativo, Liz Cheney, colocou no ar um depoimentoevent freebetvídeoevent freebetMiller no qual ele diz ter presenciado, no Salão Oval, um diálogo entre Trump e seu principal analistaevent freebetdados da campanha, Matt Oczkowski. Na ocasião, Oczkowski disse a Trump que ele perderia o pleito, pouco tempo depois da eleição.

"Lembro que ele afirmou ao presidente —event freebettermos bastante contundentes —, que ele iria perder", disse Miller, confirmando que as informações do analista eram baseadasevent freebetresultadosevent freebetcondado por condado e Estado por Estado.

A falaevent freebetMiller foi usada para basear a interpretação dos deputados americanos do comitêevent freebetque Trump sabia estar mentindo quando repetiu aos seus eleitores que ele havia sido vítimaevent freebetuma fraude eleitoral.

Depois da divulgação do trecho do vídeo, Miller afirmou que o material cortava parteevent freebetsua argumentação. Segundo Miller, ele contou aos deputados que Trump discordava do analista Matt Oczkowski porque acreditava que seu funcionário não estava levandoevent freebetconta as chancesevent freebetvitóriaevent freebetbatalhas judiciais.

"Ele acreditava que Matt não estava olhando para a perspectivaevent freebetdesafios legaisevent freebetnosso caminho e que Matt estava olhando puramente para o que esses números estavam mostrando,event freebetoposição a coisas mais amplas para incluir questõesevent freebetlegalidade e integridade eleitoral que, como um caraevent freebetdados, ele pode não estar monitorando", teria dito Miller ao comitê.

Miller continua próximo a Trump e deve ser peça importante na campanha se o republicano realmente se candidatarevent freebet2024.

Esta semana, no entanto, revelações feitas por uma ex-assessora da Casa Branca indicaram que Trump sabia que havia manifestantes armadosevent freebetseu comício, permitiuevent freebetpresença e desejava participar junto com eles dos atos que se seguiram no capitólio, no qual seu vice-presidente, Mike Pence, teve que ser protegido para não ser assassinado. É incerto que tipoevent freebetimpacto as revelações, que Trump classifica como falsas, podem ter sobreevent freebetelegibilidade futura.

Entre os eleitoresevent freebetTrump, foi justamente o seu banimento das redes após o episódio do Capitólio o que motivou um aumento ainda maior do sentimento contra "as big techs do Vale do Silício", como são conhecidas as redes como Facebook, Twitter, Youtube.

Segundo Miller, o mesmo sentimento existe no Brasil. Sem mencionar diretamente os casos, o ex-assessorevent freebetTrump faz referência à situaçãoevent freebetbolsonaristas seguidamente derrubadosevent freebetplataformas por espalhar fake news ou incitar violência, como o blogueiro Allan dos Santos, a ativista Sara Winter, e o deputado federal Daniel Silveira,event freebetinquéritos dos quais o próprio Miller também foi alvo.

"No que diz respeito especificamente ao Brasil, muitas pessoas estão frustradas com a escolha restritaevent freebetmeios e redesevent freebetcomunicação no Brasil, o fatoevent freebetvocê não ter a descentralização do livre fluxoevent freebetinformações", diz.

Ele acusa as redes e a imprensaevent freebetcensurarem as opiniõesevent freebetdireitaevent freebetnomeevent freebetmanter a segurança ou confiabilidade das plataformas. Segundo Miller, seria possível manter as opiniões da direita radical na íntegra sem ferir esses princípios, um tipoevent freebetmoderação queevent freebetrede faria.

Ele, no entanto, se nega a discutir com a BBC News Brasil tanto casos hipotéticos quanto exemplos reaisevent freebetconteúdosevent freebetbolsonaristas retirados do ar no Brasil.

E embora já tenha feito ironias públicas com o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandreevent freebetMoraes, que conduz o inquérito das Fake News, Miller se esforça pra mostrar colaboração com as autoridades brasileiras e critica o Telegram por ter ignorado orientações ou interpelações do Supremo.

"Parece-me que eles (Telegram) provavelmente deveriam ter feito um trabalho melhor e certificar-seevent freebetque seriam melhores parceiros no processo. Quer dizer, a coisa toda sobre emails (do Supremo) se perderem na pastaevent freebetspam e coisas assim…. Eles provavelmente provavelmente encontrarão alguns bons advogados no Brasil", opina Miller, que no Brasil compete com o Telegram por um públicoevent freebetmesmo perfil.

Segundo Miller, nemevent freebetplataforma nem ele próprio estão sob investigação no Brasil atualmente, embora afirme possuir advogados continuamente monitorando a situação no país.

"Nossa expectativa no Brasil é que a Gettr seja um parceiro muito bom. Obviamente, respeitamos muito todas as regras e regulamentos locais. Nós concordamos com qualquer coisa que nos tenha sido solicitado. E acreditamos que,event freebetúltima análise, seremos uma voz forte pela liberdadeevent freebetexpressão no Brasil, onde queremos estar por muito tempo", diz Miller.

Ele acrescenta: "Com nossa políticaevent freebetmoderação inteligente, proativa e robusta, garantimos que não haja ameaças online ou qualquer coisa que possa ser interpretada como ilegal, também garantimos que não haja xingamentos raciais ou religiosos, que não haja doxing (vazamento)event freebetinformações. Acreditamos que criamos um ambiente positivo onde as pessoas podem se expressar, mas sem discriminação política e sem preconceitos políticos".

Ele admite, porém, que não esperava gastar tanto dinheiro com advogados.

"Essa é uma das coisas eu não sabia quando lançamos a Gettr, há quase um ano: que passaria tanto tempo com advogados quanto no ano passado, ou que as contasevent freebetadvogados seriam tão altas no Brasil".

- Este texto foi originalmente publicadoevent freebethttp://vesser.net/internacional-61990552

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