A história secreta da bruxaria:bwin conference league

Acontecimentos ruins do cotidiano podiam ser interpretados como puniçãobwin conference leagueDeus, puro azar ou reflexosbwin conference leagueatosbwin conference leaguebruxaria. Havia uma disseminada crençabwin conference leagueque bruxos e bruxas eram capazesbwin conference leaguecausar tempestades, destruir rebanhos, levar pessoas à loucura ou mesmo matá-las.

Processos jurídicos

Os julgamentosbwin conference leaguepessoas acusadasbwin conference leaguebruxaria seguiam um rito legal, e as taxasbwin conference leagueabsolvição eram relativamente altas. No sudeste da Inglaterra, apenas 22% daqueles processados foram executados.

Apesarbwin conference leaguea morte na fogueira ser comum na Europa na época, na Inglaterra os condenados por bruxaria eram executados na forca.

Na décadabwin conference league1640, durante o caos causado pela Guerra Civil Inglesa, surgiu o caçadorbwin conference leaguebruxas Matthew Hopkins, acompanhadobwin conference leagueseu colega John Stearne.

Conhecido como o "descobridor-geralbwin conference leaguebruxos", Hopkins viajava para vilas na regiãobwin conference leagueEast Anglia, geralmente convidado por moradores preocupados para ouvir suas suspeitas.

Com seus assistentes, ele procurava a chamada "marcabwin conference leaguebruxa", também conhecida como "tetina", no corpobwin conference leagueacusados,bwin conference leagueonde acreditava-se que "familiares" chupassem sangue.

Acreditava-se que tais "familiares", que eram meio humanos e meio demônios, faziam companhia às bruxas ou bruxos - as criaturas apareciam nas formasbwin conference leaguesapo, furão ou gato.

Hopkins mantinha a suspeita - ou suspeito -bwin conference leaguebruxariabwin conference leagueobservação durante dias para ver se seu animal "familiar" vinha a seu encontro. A conduta acabava funcionando como mecanismobwin conference leagueprivaçãobwin conference leaguesono, desenhada para quebrar a resistênciabwin conference leagueum suspeito e fazê-lo confessar.

O caçadorbwin conference leaguebruxas também usava o teste do nado, que envolvia amarrar os dedões das mãos aos dedões dos pés do suspeito e lançá-lo na água, submerso. Acreditava-se que uma bruxa - ou bruxo - pudesse flutuar, por ser rejeitada pela água pura. Se o suspeito fosse inocente, afundaria.

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Naquela época, mulheres eram consideradas mais vulneráveis às tentações do Diabo. Algumas eram particularmente vulneráveis a acusaçõesbwin conference leaguebruxaria devido à ausênciabwin conference leagueproteçãobwin conference leagueuma sociedade patriarcal.

Entretanto, embora a maioria das pessoas acusadasbwin conference leaguebruxaria nos tempos da perseguiçãobwin conference leagueMatthew Hopkins fossem mulheres,bwin conference leagueoutras partes da Europa um número maiorbwin conference leaguehomens foram perseguidos como bruxos. Alguns também acabaram vítimas da caça protagonizada por Hopkins na Inglaterra.

O clérigo John Lowes,bwin conference leagueidade avançada, foi acusadobwin conference leaguebruxaria embwin conference leaguecidade, Brandenston, na regiãobwin conference leagueSuffolk. Ele foi examinado por Hopkins, que disse ter encontrado duas tetinas embwin conference leaguecabeça e uma terceira sobbwin conference leaguelíngua.

Sob tortura, ele confessou ter seis familiares, que ele, segundo acusações, ordenou que afundassem um navio, matando 14 homens à bordo. Embora ele tenha posteriormente retiradobwin conference leagueconfissão, no dia 27bwin conference leagueagostobwin conference league1645 Lowes foi enforcado na cidadebwin conference leagueBury St Edmunds.

A oposição às açõesbwin conference leagueHopkins, porém, cresceu. Várias pessoas começaram a condenar seus métodos. Sua influência diminuiu, e ele acabou morrendobwin conference leaguecasa,bwin conference league1647, após ter ficado doente.

No total,bwin conference leaguetoda a Inglaterra, cercabwin conference league250 pessoas foram investigadas sob acusaçãobwin conference leaguebruxaria durante a caça protagonizada por Hopkins. Cercabwin conference league100 delas foram condenadas.

Foi um período curto e trágico na história do país. Nos séculos 16 e 17, muita gente acreditava na necessidadebwin conference leaguecaças a bruxas (e bruxos) para proteger suas comunidades. Essas perseguições, porém, também podem ser vistas como uma formabwin conference leagueculpar pessoas vulneráveis pelas dificuldades da época.

Hoje vivemosbwin conference leagueum mundo muito diferente, mas será que a mentalidadebwin conference leaguecaça às bruxas realmente despareceu? Ainda temos a tendênciabwin conference leagueaceitar respostas fáceis para problemas complexos.

As redes sociais alimentam tanto teorias da conspiração quanto a humilhação públicabwin conference leaguepessoas. Medo e incerteza continuam sendo usados para transformar setores vulneráveis da sociedadebwin conference leaguebodes expiatórios.

Embora o contexto seja diferente, parece que as caças às bruxas seguem vivas e fortes.

*Gemma Allen é doutora e professorabwin conference leaguehistória moderna da Inglaterra na Open University (Reino Unido)

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