Quais são os interesses da China no conflito entre Rússia e Ucrânia?:betfair aposta multipla
Em um comunicado divulgado após a reunião, os dois países afirmaram que "a amizade entre [Rússia e China] não tem limites, não há áreas 'proibidas'betfair aposta multiplacooperação" e que pretendem "combater a interferênciabetfair aposta multiplaforças externasbetfair aposta multiplaassuntos internosbetfair aposta multiplapaíses soberanos".
Ébetfair aposta multiplase imaginar que, numa eventual escalada das tensões com a Ucrânia e o Ocidente, a China ficaria do lado da Rússia, país que é seu aliadobetfair aposta multiplalonga data e ex-camarada comunista. Mas os motivos que levaram Pequim a apoiar o governobetfair aposta multiplaVladimir Putin no atual confronto vão muito além da afinidade histórica.
Rússia e China contra o Ocidente
Na semana passada, o ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, classificou as preocupações da Rússiabetfair aposta multiplarelação àbetfair aposta multiplasegurança nacional como "legítimas", afirmando que elas deveriam ser "levadas a sério e discutidas".
Já na segunda-feira (31/1), o representantebetfair aposta multiplaPequim na ONU, Zhang Jun, foi ainda mais longe e disse abertamente que a China discordava das alegações dos EUAbetfair aposta multiplaque a Rússia está ameaçando a paz internacional.
Ele também criticou os Estados Unidos por convocar uma reunião do Conselhobetfair aposta multiplaSegurança da ONU, afirmando que a "diplomacia do megafone" americana "não era propícia" para as negociações.
Baseadabetfair aposta multiplaum discurso diplomático ponderado, a China tem tomado uma posição cautelosa e sutilbetfair aposta multiplarelação à crise, esquivando-sebetfair aposta multiplamanifestar qualquer tipobetfair aposta multiplaapoio ao usobetfair aposta multiplaforça militar.
Mas alguns dos meiosbetfair aposta multiplacomunicação estatais que cobrem a crise têm sido mais diretos. Com o crescimento do sentimento anti-Ocidente no país, a crise na Ucrânia foi retratada na China como mais um exemplo do fracasso da política externa ocidental.
Na opinião da imprensa controlada por Pequim, a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan, aliança militar ocidental) sob o comando dos Estados Unidos está adotando uma posição agressiva ao se recusar a respeitar o direito soberanobetfair aposta multiplaoutros países - como Rússia e China -betfair aposta multipladefender seu território.
O jornal Global Times chegou a dizer que o relacionamento e o vínculo cada vez mais próximos entre a China e a Rússia são "a última defesa que protege a ordem mundial". Já um relatório da agênciabetfair aposta multiplanotícias estatal Xinhua afirmou que os EUA estavam tentando "desviar a atenção doméstica " e "reviver abetfair aposta multiplainfluência sobre a Europa" com seu comportamento.
Segundo Jessica Brandt, diretora da áreabetfair aposta multiplapolítica do centrobetfair aposta multiplaestudos Brookings Institution, o discursobetfair aposta multiplaPequim foi divulgadobetfair aposta multiplavários idiomas no Twitter - que é proibido na China -,betfair aposta multiplauma tentativabetfair aposta multiplamoldar a visão do restante do mundobetfair aposta multiplarelação aos EUA e à Otan.
"O objetivo é minar o soft power dos Estados Unidos, manchar a credibilidade e o apelo das instituições liberais e desacreditar a imprensa livre", disse ela à BBC, acrescentando que este é um exemplobetfair aposta multiplacomo Pequim discute o confronto entre o Kremlin e a Ucrânia quando convém aos seus interesses.
No comunicado emitido nesta sexta, a China apoiou a posição russabetfair aposta multiplarelação à Otan e condenou a "expansão" da organização. No documento, as duas nações ainda pedem que a aliança militar "abandone suas abordagens ideológicas da Guerra Fria" e respeite a "soberania, segurança e interessesbetfair aposta multiplaoutros países".
Objetivos compartilhados, inimigo comum
Os governosbetfair aposta multiplaChina e Rússia vêm se aproximando e, segundo especialistas, podem ter criado a conexão mais próxima entre as potências desde a erabetfair aposta multiplaStálin e Mao.
A crise da Crimeiabetfair aposta multipla2014 na Ucrânia empurrou a Rússia para os braços da China, que ofereceu a Moscou apoio econômico e diplomáticobetfair aposta multiplameio ao isolamento internacional.
Desde então, o relacionamento floresceu ainda mais. A China é o maior parceiro comercial da Rússia há anos e atingiu no ano passado um novo recordebetfair aposta multiplaUS$147 bilhõesbetfair aposta multiplacomércio bilateral.
Os dois países também assinaram um acordo para estreitar seus laços militares no ano passado e intensificaram os exercícios militares conjuntos.
Ambos os países têm relações particularmente tensas com o Ocidente, o que é crucial parabetfair aposta multiplaaliança.
"Pequim e Moscou têm um interesse comumbetfair aposta multiplareagir contra os EUA e a Europa e expandir seu papel na política internacional", diz Chris Miller, professor assistentebetfair aposta multiplaHistória Internacional da Universidade Tufts.
No casobetfair aposta multiplauma escalada no conflito com a Ucrânia que resulte na imposiçãobetfair aposta multiplasanções ocidentais à Rússia, os especialistas acreditam que a China provavelmente fornecerá ajuda econômica para Moscou, assim como já fez no passado.
A assistência pode chegarbetfair aposta multiplaformabetfair aposta multiplafornecimentobetfair aposta multiplasistemas alternativosbetfair aposta multiplapagamento, empréstimos para bancos e empresas russas, uma expansão da importaçãobetfair aposta multiplapetróleo russo ou até mesmo a rejeição total dos controlesbetfair aposta multiplaexportação dos EUA.
No entanto, tudo isso significaria um ônus financeiro significativo para a China - razão pela qual os especialistas acreditam que Pequim, ao menos por enquanto, se contentoubetfair aposta multiplaapoiar Moscou apenas com palavrasbetfair aposta multiplaaprovação.
"O apoio manifestado apenas por meio da retórica é um movimentobetfair aposta multiplabaixo custo para Pequim", diz Miller.
Um conflito militar na Ucrânia certamente tiraria a atenção dos EUAbetfair aposta multiplaoutras questões, o que sem dúvida beneficia a China. Mas muitos observadores acreditam que Pequim realmente diz a verdade quando afirma não querer uma guerra.
A China busca estabilizar as relações com os EUA neste momento, aponta Bonnie Glaser, diretora do programa sobre a Ásia do centrobetfair aposta multiplaestudos americano German Marshall Fund. Se Pequim ampliar ainda mais seu apoio a Moscou, "poderia criar mais tensões com os EUA, incluindo uma divisão mais clara entre democracia e autocracia", afirmou a especialista à BBC.
Em um artigo publicado recentemente, o cientista político Minxin Pei afirmou que Pequim está provavelmente "protegendo suas apostas"betfair aposta multiplarelação à crise, pois desconfia das verdadeiras intençõesbetfair aposta multiplaMoscou.
Além disso, dar mais apoio à Rússia pode provocar reações negativas da União Europeia, o segundo maior parceiro comercial da China. Segundo Pei, esse descontentamento europeu poderia assumir a formabetfair aposta multiplaapoio a Taiwan embetfair aposta multiplaluta por independência com Pequim.
'Taiwan não é a Ucrânia'
Americanos e chineses observambetfair aposta multiplaperto o conflito na Ucrânia, que pode servir como um teste para a lealdade dos Estados Unidos com seus aliados.
Muitos questionam se os EUA poderiam intervir militarmente se a Rússia decidir,betfair aposta multiplafato, invadir a Ucrânia, ou se o país faria o mesmo caso a China decida intervirbetfair aposta multiplaTaiwan, uma ilha que se vê como independente e tem os americanos como maiores aliados.
A preocupaçãobetfair aposta multiplarelação ao uma guerra dos EUA com a China por causabetfair aposta multiplaTaiwan é vista como legítima na Ásia, já que a rivalidade EUA-China não parabetfair aposta multiplacrescer e Taiwan relata cada vez mais invasõesbetfair aposta multiplaaviões militares chinesesbetfair aposta multiplaseu espaço aéreo.
Os EUA evitam comentar sobrebetfair aposta multiplaposição no casobetfair aposta multiplaum ataque. E apesar do acordo que obriga os americanos a fornecer suporte militar a Taiwanbetfair aposta multiplamomentosbetfair aposta multiplaameaça, Washington reconhece por meiobetfair aposta multiplasua diplomacia a ideia defendida por Pequimbetfair aposta multiplaque Tibete, Hong Kong, Macau e Xinjiang (todas áreas que reivindicam autonomia perante a China) fazem parte do mesmo país.
Especialistas, no entanto, afirmam que não é correto comparar a situaçãobetfair aposta multiplaTaiwan com a da Ucrânia e argumentam que as duas crises são alimentadas por interesses geopolíticos distintos.
"A China não é a Rússia, e Taiwan não é Ucrânia. Os EUA têm muito maisbetfair aposta multiplajogo com Taiwan do que com a Ucrânia", diz Bonnie Glaser.
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