Como Irã ajuda Venezuela a produzir petróleo apesarbetpix originalsanções dos EUA:betpix original

Trabalhadores do setorbetpix originalpetróleo venezuelano carregam bandeiras do Irã e da Venezuela

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, O Irã tem enviado gasolina e derivadosbetpix originalpetróleo para a Venezuela

Em 1998, antesbetpix originalHugo Chávez chegar ao poder, a Venezuela produzia cercabetpix original3,12 milhõesbetpix originalbarris por dia, segundo a Organização dos Países Exportadoresbetpix originalPetróleo (Opep).

Após uma queda abrupta durante a greve dos petroleirosbetpix original2002-2003, a produção voltoubetpix original2004 a 3 milhõesbetpix originalbarris, antesbetpix originaliniciar um lento declínio até chegar a 2,6 milhõesbetpix originalbarrisbetpix original2015.

A partir daí, a queda se acelerou até atingir o patamarbetpix original1,14 milhãobetpix originalbarris por diabetpix originalnovembrobetpix original2018.

Dois meses depois, por conta da reeleiçãobetpix originalMaduro, o governo dos Estados Unidos impôs sanções contra a indústria petrolífera venezuelana — pedindo a "restauração da democracia, eleições livres e justas, libertaçãobetpix originalpresos políticos e fim da repressão" —, o que acabou ajudando a arruinar a já minguada produção.

Embora muitos especialistas questionem o númerobetpix originalbarris anunciado por Maduro, eles reconhecem quebetpix original2021 a Venezuela conseguiu recuperar partebetpix originalsua produçãobetpix originalpetróleo — e apontam o Irã como uma peça fundamental nesse processo.

Troca-chave

"O que vem acontecendo é que a Venezuela está importando diluentes do Irã — nafta, condensados, óleo bruto leve — que estão sendo misturados ao óleo bruto extrapesado venezuelano do Cinturão do Orinoco para aumentar a produção", explica o economista José Toro Hardy, que foi membro do conselhobetpix originaladministração da PDVSA, petroleira estatal venezuelana.

Hugo Chávez e Mahmoud Ahmadinejad

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Durante os governosbetpix originalHugo Chávez e Mahmoud Ahmadinejad, Venezuela e Irã se tornaram aliados estratégicos

Ele explica que o petróleo dessa região da Venezuela é muito pesado e está carregadobetpix originalenxofre — por isso, é preciso misturá-lo com esses produtos para criar um petróleo mais comercial.

Ele ressalta que a Venezuela no passado produzia esses diluentes, mas isso não acontece mais porque há muitos camposbetpix originalpetróleo fechados, e as refinarias do país estão trabalhando bem abaixo da capacidade.

Hardy indica que a Venezuela vai dar ao Irã,betpix originaltroca desses diluentes, uma parte da produção desse petróleo médio.

"O Irã, assim como a Venezuela, é alvobetpix originalsanções dos Estados Unidos, ebetpix originalproduçãobetpix originalpetróleo caiu drasticamente. Provavelmente, esse petróleo que está saindo, digamos, à margem das sanções que são impostas à Venezuela e ao Irã, está sendo transportadobetpix originalpetroleiros não reconhecidos, que até desligam seus dispositivos para não serem localizados por satélite. Esse é um petróleo que o Irã pode comercializar assim que o tiverbetpix originalseu poder", acrescenta.

Teerã também vem ajudando a Venezuela com o embarquebetpix originalgasolina para abastecer o mercado interno do país latino-americano, onde a produção desse derivado diminuiu devido a problemas nas refinarias.

Francisco Monaldi, diretor do Programa Latino-Americanobetpix originalEnergia do Instituto Baker da Universidade Rice, nos Estados Unidos, destacou que a produçãobetpix originalpetróleo bruto venezuelano está voltando aos níveis registrados no iníciobetpix original2020, antes da petroleira russa Rosneft se retirar da Venezuela e dos preços despencarem devido ao impacto da pandemiabetpix originalcovid-19.

"A PDVSA foi capaz, com a ajuda do Irã,betpix originalcriar uma estruturabetpix originalevasãobetpix originalsanções substituindo a Rosneft. Além disso, o Irã passou a fornecer os diluentes que os russos traziam antes. Tudo isso requer pagar intermediários e cobrir custosbetpix originaltransporte", escreveu Monaldi no Twitter.

O especialista acrescentou que o colapso da produção ocorridobetpix original2020 não foi consequênciabetpix originaluma redução na capacidadebetpix originalprodução, mas simbetpix originaldificuldadesbetpix originalvender petróleo a preços tão baixos e driblar sanções.

Uma recuperação limitada

Muitos analistas do setorbetpix originalpetróleo, incluindo Hardy e Monaldi, questionam o volumebetpix originalproduçãobetpix original1 milhãobetpix originalbarris anunciado por Maduro — e preveem limitações para o crescimento da mesma no futuro.

"Isso parece pouco provável, porque,betpix originalagosto, o próprio governo dizia que estávamosbetpix original600 mil barris", diz Hardy.

Duas mulheres caminham pela rua na Venezuela, ao ladobetpix originalum murobetpix originalque estão pintadas sondasbetpix originalextraçãobetpix originalpetróleo

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Legenda da foto, O petróleo tem sido um elemento central na vida da Venezuela há um século

O especialista afirma que,betpix originaltodabetpix originalhistória, a épocabetpix originalque a Venezuela conseguiu aumentar mais a produçãobetpix originalpetróleo foibetpix original1998, quando estava imersa no ambicioso projetobetpix originalabertura petrolífera — que visava aumentar a produção por meiobetpix originalparcerias com o capital privado. Naquele ano, aumentoubetpix original190 mil barris por dia.

"O anúncio do governo implicaria que,betpix originalquatro meses, a produção teria aumentadobetpix original400 mil barris por dia. E isso parece pouco provável", reitera.

Ele destaca ainda que atualmente não há sondasbetpix originalperfuração ativas na Venezuela, o que indica que o país não está abrindo novos poços.

Mas explica que é possível que a PDVSA consiga aumentar a produção reparando os poços existentes.

"Há uma grande quantidadebetpix originalpoçosbetpix originalpetróleo fechados na Venezuela porque os motores ou outros equipamentos foram roubados. Se consertados, poderia se conseguir um aumento na produçãobetpix originalforma mais ou menos barata, mas, ainda assim, seria difícil chegar aos 400 mil barris diários", diz Hardy.

Monaldi, porbetpix originalvez, alertou que os aumentos que podem ser alcançados no bombeamentobetpix originalpetróleo com a atual capacidadebetpix originalprodução são limitados.

"É provável que a produção esteja chegando a seu potencialbetpix originalcercabetpix original900 mil barris por dia, e a produção adicional exigirá investimentos significativosbetpix originalnovos poços e infraestrutura", escreveu no Twitter.

Hardy concorda que, nas condições atuais, a produção venezuelana tem margembetpix originalcrescimento limitada.

"A Venezuela tem reservas imensasbetpix originalpetróleo, mas são necessários grandes investimentos para explorá-las. Estima-se que, entre investimentos e gastos, para recuperar os níveisbetpix originalproduçãobetpix original20 anos atrás, seriam necessários cercabetpix originalUS$ 25 bilhões por ano durante os próximos oito ou dez anos", diz ele.

"É muito difícil que esse montante possa vir hojebetpix originalinvestimentos feitos por Irã, Rússia ou China, porque, na Venezuela, há uma enorme faltabetpix originalsegurança jurídica que também os afeta", explica.

Assim, pelo menosbetpix originalacordo com esses cálculos, os planosbetpix originalMadurobetpix originalaumentar a produção para 2 milhõesbetpix originalbarris por diabetpix original2022 parecem distantes.

Línea

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