Ômicron: 4 perguntas ainda sem resposta sobre variante do coronavírus:aposta dinheiro
aposta dinheiro A ômicron, a nova variante do coronavírus detectada na África do Sul, vem causando preocupação ao redor do mundo e deixando muitas perguntasaposta dinheiroaberto.
Ela é mais transmíssivel? Quem já teve covid pode ser reinfectado por ela? Ela causa sintomas mais graves? E, principalmente, as vacinas atuais vão funcionar contra ela?
Por enquanto, ainda não temos todas as respostas. Ainda vai demorar algum tempo até que todos os detalhes dessa nova variante "altamente mutada" sejam conhecidos.
Mas já há pistas.
Na segunda-feira (29/11), a OMS (Organização Mundial da Saúde) disse que a ômicron representa um "risco muito alto"aposta dinheirosurtosaposta dinheiroinfecções e provavelmente se espalhará ao redor do mundo, com "consequências graves"aposta dinheiroalguns lugares.
Confira abaixo quatro perguntas ainda sem resposta sobre a ômicron.
1) A Ômicron é mais transmíssivel?
Ainda não há dados consolidados sobre a transmissibilidade da ômicron.
Mas cientistas temem que ela seja mais infecciosa do que outras variantes, embora mais estudos sejam necessários para comprovar isso.
A ômicron, originalmente conhecida como B.1.1.529, foi detectada na África do Sul e notificada à Organização Mundial da Saúde (OMS),aposta dinheiro24aposta dinheironovembro.
Desde então, se espalhou para maisaposta dinheirouma dezenaaposta dinheiropaíses, muitos dos quais reimpuseram restriçõesaposta dinheiroviagens para impedir a propagação da nova variante. O Brasil foi um deles.
Segundo a OMS, houve três picosaposta dinheirocasos confirmadosaposta dinheirocovid na África do Sul até agora, o último dos quais se deveu predominantemente à variante delta, que causou a terceira onda na Europa e matou milharesaposta dinheiropessoas.
Mas, nas últimas semanas, as infecções aumentaram substancialmente no país, coincidindo com a detecção da ômicron. O primeiro caso confirmado dessa nova variante foiaposta dinheirouma amostra coletadaaposta dinheiro9aposta dinheironovembro.
"Ainda não está claro se a ômicron é mais transmissível (por exemplo, mais facilmente transmitidaaposta dinheiropessoa para pessoa)aposta dinheirocomparação com outras variantes, incluindo a delta. O númeroaposta dinheiropessoas com diagnóstico positivo aumentouaposta dinheiroáreas da África do Sul afetadas por esta variante, mas estudos epidemiológicos estãoaposta dinheiroandamento para entender se é por causa dela ouaposta dinheirooutros fatores", disse a OMSaposta dinheirocomunicado publicadoaposta dinheiroseu site.
O brasileiro Tulioaposta dinheiroOliveira, diretor do Centro para Resposta Epidêmica e Inovação da África do Sul, que descobriu a ômicron, escreveu no Twitter:
"Esta nova variante, B.1.1.529, parece se espalhar muito rápido! Em menosaposta dinheiro2 semanas agora domina todas as infecções após uma onda Delta devastadora na África do Sul".
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2) Quem já pegou covid pode ser reinfectado pela ômicron?
Também não se sabe, mas, segundo a OMS, "evidências preliminares sugerem que pode haver um risco aumentadoaposta dinheiroreinfecção com a ômicron,aposta dinheirocomparação com outras variantesaposta dinheiropreocupação, mas as informações são limitadas".
Varianteaposta dinheiropreocupação é o termo usado pela OMS para descrever as variações do coronavírus que oferecem mais risco à saúde pública. Além da ômicron, as outras variantesaposta dinheiropreocupação são alpha, beta, gamma (detectada inicialmenteaposta dinheiroManaus) e delta.
3) A ômicron causa sintomas mais graves?
Em entrevista à BBC, Angelique Coetzee, a médica sul-africana que primeiro identificou a ômicron, disse que os pacientes infectados até o momento mostram "sintomas extremamente leves".
Mas, segundo ela, mais tempo ainda é necessário para avaliar o efeitoaposta dinheiropessoas vulneráveis.
"Tudo começou com um paciente com sintomas leves. Ele dizia estar com um cansaço extremo nos dois últimos dias e tinha dores no corpo e um poucoaposta dinheirodoraposta dinheirocabeça. Nem sequer uma doraposta dinheirogarganta, mas algo como uma garganta arranhando. Sem tosse, nem perdaaposta dinheiroolfato ou paladar", afirmou ela.
No entanto, especialistas lembram que observações médicas como aaposta dinheiroCoetzee são importantes, mas não servem como evidências epidemiológicas.
O infectologista Richard Lessells, da Universidadeaposta dinheiroKwaZulu-Natalaposta dinheiroDurban, na África do Sul, ressalva que "as observações dos médicosaposta dinheirocampo são sempre importantes e nos apoiamos muito nelas, mas precisamos ser cautelosos ao confiaraposta dinheirodados preliminaresaposta dinheiroque todos os casos com esta variante são leves", escreveu ele no Twitter.
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Segundo a OMS, ainda não está claro se a infecção pela ômicron causa doença mais graveaposta dinheirocomparação com infecções por outras variantes.
"Dados preliminares sugerem que há taxas crescentesaposta dinheirohospitalização na África do Sul, mas isso pode ser devido ao aumento do número geralaposta dinheiropessoas que estão se infectando, e não devido a uma infecção específica pela ômicron", informou o comunicado publicadoaposta dinheiroseu site.
"Atualmente, não há informações que sugiram que os sintomas associados à ômicron sejam diferentes daquelesaposta dinheirooutras variantes. As infecções notificadas inicialmente foram entre estudantes universitários — indivíduos mais jovens que tendem a ter uma doença mais branda — mas compreender o nívelaposta dinheirogravidade da variante ômicron demorará dias ou várias semanas".
A OMS acrescentou ainda que "todas as variantesaposta dinheiroCOVID-19, incluindo a variante delta que é dominanteaposta dinheirotodo o mundo, podem causar doença grave ou morte".
4) As vacinas que temos disponíveis hojeaposta dinheirodia vão funcionar contra a ômicron?
Quando a equipe do brasileiro Tulioaposta dinheiroOliveira fez o anúncio sobre a nova variante, falou sobre a possibilidadeaposta dinheiroreinfecção e escape do sistema imunológico.
Isso porque a ômicron tem 50 mutaçõesaposta dinheirorelação ao coronavírus original, detectadoaposta dinheiroWuhan na China.
Dessas 50 mutações, 32 estão na proteína S (spike ou espículaaposta dinheiroinglês), "chave" que o vírus usa para entrar nas células.
Algumas dessas mutações existemaposta dinheirooutras variantes, mas não todas juntasaposta dinheirouma única, dizem cientistas.
Isso acabou alimentando temoresaposta dinheiroque a ômicron possa ser "a pior (variante) já existente".
"A ômicron tem um número sem precedentesaposta dinheiromutações na proteína spike, algumas das quais são preocupantes por seu impacto potencial na trajetória da pandemia", disse a OMS.
Vale lembrar que a maioria das vacinas, como a AstraZeneca, Pfizer e Janssen, injetam a proteína spike no organismo humano para ensiná-lo a combater o coronavírus. Portanto, podem não ser ideais para a defesa contra a nova variante, que tem mutações justamente nessa proteína, dizem cientistas.
Fabricantesaposta dinheirovacinas anunciaram que já estão trabalhandoaposta dinheiroversões específicas contra a ômicron, caso os imunizantes existentes não sejam eficazes contra essa nova variante.
A Pfizer disse que poderia readaptar suas vacinasaposta dinheiroaté 100 dias, se necessário.
Apesar disso, uma declaração pessimista do CEO da Moderna sacudiu os mercados.
Em entrevista ao Financial Times, Stephane Bancel previu uma "queda material" na eficácia das vacinas existentes e descartou a expectativaaposta dinheiroque novas versões podem estar disponíveisaposta dinheirobreve.
Já a CoronaVac que é uma vacinaaposta dinheirotipo tradicional, feita a partir do vírus inteiro inativado da Sars-CoV-2, poderia apresentar uma vantagemaposta dinheirorelação às demais, já que ela ensina o sistema imune a combater o vírus inteiro, e não apenas a proteína spike.
Mas tudo isso é pura especulação, pois ainda faltam pesquisas conclusivas sobre a eficácia das vacinas atuais no combate à ômicron.
A OMS informou que "está trabalhando com parceiros técnicos para entender o impacto potencial dessa varianteaposta dinheironossas contramedidas existentes, incluindo vacinas".
Segundo a agência, "as vacinas continuam sendo cruciais para reduzir doenças graves e morte, inclusive contra a variante circulante dominante, delta. As vacinas atuais permanecem eficazes contra doenças graves e morte".
Dianteaposta dinheirotantas perguntas, há pelo menos uma certeza: os testes PCR disponíveis atualmente podem detectar a infecção pela ômicron.
Já estudos estãoaposta dinheiroandamento para determinar se há algum impactoaposta dinheirooutros tiposaposta dinheirotestes, incluindo testesaposta dinheirodetecção rápidaaposta dinheiroantígenos.
Enquanto essas respostas ainda não chegam, a OMS recomenda medidas individuais para reduzir a propagação da covid-19: manter distância físicaaposta dinheiropelo menos 1 metro dos outros, usar máscara bem ajustada, abrir janelas para melhorar a ventilação; evitar espaços mal ventilados ou lotados; manter as mãos limpas; tossir ou espirrar no cotovelo ou tecido dobrado, e se vacinar.
'Perigosa e precária'
Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS, disse que o surgimento da ômicron mostrou como a situação era "perigosa e precária".
"A ômicron demonstra exatamente por que o mundo precisaaposta dinheiroum novo acordo sobre pandemias", disse ele no inícioaposta dinheirouma assembleiaaposta dinheiroministros da saúde que deverá iniciar negociações sobre tal acordo.
"Nosso sistema atual desincentiva os paísesaposta dinheiroalertar outros sobre ameaças que inevitavelmente pousarãoaposta dinheirosuas costas."
O novo acordo global, previsto para maioaposta dinheiro2024, cobrirá questões como o compartilhamentoaposta dinheirodados e sequências do genomaaposta dinheirovírus emergentes eaposta dinheiroquaisquer vacinas potenciais derivadasaposta dinheiropesquisas.
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