Ômicron: 4 perguntas ainda sem resposta sobre variante do coronavírus:betsul infinity bet

Paciente sendo vacinado por profissionalbetsul infinity betsaúde

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Fabricantesbetsul infinity betvacinas afirmaram ser possível readaptar imunizante para combater ômicron

betsul infinity bet A ômicron, a nova variante do coronavírus detectada na África do Sul, vem causando preocupação ao redor do mundo e deixando muitas perguntasbetsul infinity betaberto.

Ela é mais transmíssivel? Quem já teve covid pode ser reinfectado por ela? Ela causa sintomas mais graves? E, principalmente, as vacinas atuais vão funcionar contra ela?

Por enquanto, ainda não temos todas as respostas. Ainda vai demorar algum tempo até que todos os detalhes dessa nova variante "altamente mutada" sejam conhecidos.

Mas já há pistas.

Na segunda-feira (29/11), a OMS (Organização Mundial da Saúde) disse que a ômicron representa um "risco muito alto"betsul infinity betsurtosbetsul infinity betinfecções e provavelmente se espalhará ao redor do mundo, com "consequências graves"betsul infinity betalguns lugares.

Confira abaixo quatro perguntas ainda sem resposta sobre a ômicron.

Boris Johnson dá entrevista coletiva para revelar novas medidas,betsul infinity betDowning Streetbetsul infinity bet27betsul infinity betnovembrobetsul infinity bet2021

Crédito, Reuters

Legenda da foto, Reino Unido anunciou novas medidas para combater nova variante do coronavírus detectada na África do Sul

1) A Ômicron é mais transmíssivel?

Ainda não há dados consolidados sobre a transmissibilidade da ômicron.

Mas cientistas temem que ela seja mais infecciosa do que outras variantes, embora mais estudos sejam necessários para comprovar isso.

A ômicron, originalmente conhecida como B.1.1.529, foi detectada na África do Sul e notificada à Organização Mundial da Saúde (OMS),betsul infinity bet24betsul infinity betnovembro.

Desde então, se espalhou para maisbetsul infinity betuma dezenabetsul infinity betpaíses, muitos dos quais reimpuseram restriçõesbetsul infinity betviagens para impedir a propagação da nova variante. O Brasil foi um deles.

Segundo a OMS, houve três picosbetsul infinity betcasos confirmadosbetsul infinity betcovid na África do Sul até agora, o último dos quais se deveu predominantemente à variante delta, que causou a terceira onda na Europa e matou milharesbetsul infinity betpessoas.

Legenda do vídeo, Covid: 4 perguntas ainda sem resposta sobre ômicron

Mas, nas últimas semanas, as infecções aumentaram substancialmente no país, coincidindo com a detecção da ômicron. O primeiro caso confirmado dessa nova variante foibetsul infinity betuma amostra coletadabetsul infinity bet9betsul infinity betnovembro.

"Ainda não está claro se a ômicron é mais transmissível (por exemplo, mais facilmente transmitidabetsul infinity betpessoa para pessoa)betsul infinity betcomparação com outras variantes, incluindo a delta. O númerobetsul infinity betpessoas com diagnóstico positivo aumentoubetsul infinity betáreas da África do Sul afetadas por esta variante, mas estudos epidemiológicos estãobetsul infinity betandamento para entender se é por causa dela oubetsul infinity betoutros fatores", disse a OMSbetsul infinity betcomunicado publicadobetsul infinity betseu site.

O brasileiro Tuliobetsul infinity betOliveira, diretor do Centro para Resposta Epidêmica e Inovação da África do Sul, que descobriu a ômicron, escreveu no Twitter:

"Esta nova variante, B.1.1.529, parece se espalhar muito rápido! Em menosbetsul infinity bet2 semanas agora domina todas as infecções após uma onda Delta devastadora na África do Sul".

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2) Quem já pegou covid pode ser reinfectado pela ômicron?

Também não se sabe, mas, segundo a OMS, "evidências preliminares sugerem que pode haver um risco aumentadobetsul infinity betreinfecção com a ômicron,betsul infinity betcomparação com outras variantesbetsul infinity betpreocupação, mas as informações são limitadas".

Variantebetsul infinity betpreocupação é o termo usado pela OMS para descrever as variações do coronavírus que oferecem mais risco à saúde pública. Além da ômicron, as outras variantesbetsul infinity betpreocupação são alpha, beta, gamma (detectada inicialmentebetsul infinity betManaus) e delta.

3) A ômicron causa sintomas mais graves?

Em entrevista à BBC, Angelique Coetzee, a médica sul-africana que primeiro identificou a ômicron, disse que os pacientes infectados até o momento mostram "sintomas extremamente leves".

Mas, segundo ela, mais tempo ainda é necessário para avaliar o efeitobetsul infinity betpessoas vulneráveis.

"Tudo começou com um paciente com sintomas leves. Ele dizia estar com um cansaço extremo nos dois últimos dias e tinha dores no corpo e um poucobetsul infinity betdorbetsul infinity betcabeça. Nem sequer uma dorbetsul infinity betgarganta, mas algo como uma garganta arranhando. Sem tosse, nem perdabetsul infinity betolfato ou paladar", afirmou ela.

Um homem e uma mulher no ônibus usando máscaras

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Legenda da foto, Usobetsul infinity betmáscaras é recomendado como medida individual para evitar propagação da covid por OMS

No entanto, especialistas lembram que observações médicas como abetsul infinity betCoetzee são importantes, mas não servem como evidências epidemiológicas.

O infectologista Richard Lessells, da Universidadebetsul infinity betKwaZulu-Natalbetsul infinity betDurban, na África do Sul, ressalva que "as observações dos médicosbetsul infinity betcampo são sempre importantes e nos apoiamos muito nelas, mas precisamos ser cautelosos ao confiarbetsul infinity betdados preliminaresbetsul infinity betque todos os casos com esta variante são leves", escreveu ele no Twitter.

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Segundo a OMS, ainda não está claro se a infecção pela ômicron causa doença mais gravebetsul infinity betcomparação com infecções por outras variantes.

"Dados preliminares sugerem que há taxas crescentesbetsul infinity bethospitalização na África do Sul, mas isso pode ser devido ao aumento do número geralbetsul infinity betpessoas que estão se infectando, e não devido a uma infecção específica pela ômicron", informou o comunicado publicadobetsul infinity betseu site.

"Atualmente, não há informações que sugiram que os sintomas associados à ômicron sejam diferentes daquelesbetsul infinity betoutras variantes. As infecções notificadas inicialmente foram entre estudantes universitários — indivíduos mais jovens que tendem a ter uma doença mais branda — mas compreender o nívelbetsul infinity betgravidade da variante ômicron demorará dias ou várias semanas".

A OMS acrescentou ainda que "todas as variantesbetsul infinity betCOVID-19, incluindo a variante delta que é dominantebetsul infinity bettodo o mundo, podem causar doença grave ou morte".

4) As vacinas que temos disponíveis hojebetsul infinity betdia vão funcionar contra a ômicron?

Quando a equipe do brasileiro Tuliobetsul infinity betOliveira fez o anúncio sobre a nova variante, falou sobre a possibilidadebetsul infinity betreinfecção e escape do sistema imunológico.

Isso porque a ômicron tem 50 mutaçõesbetsul infinity betrelação ao coronavírus original, detectadobetsul infinity betWuhan na China.

Dessas 50 mutações, 32 estão na proteína S (spike ou espículabetsul infinity betinglês), "chave" que o vírus usa para entrar nas células.

Algumas dessas mutações existembetsul infinity betoutras variantes, mas não todas juntasbetsul infinity betuma única, dizem cientistas.

Isso acabou alimentando temoresbetsul infinity betque a ômicron possa ser "a pior (variante) já existente".

"A ômicron tem um número sem precedentesbetsul infinity betmutações na proteína spike, algumas das quais são preocupantes por seu impacto potencial na trajetória da pandemia", disse a OMS.

Vale lembrar que a maioria das vacinas, como a AstraZeneca, Pfizer e Janssen, injetam a proteína spike no organismo humano para ensiná-lo a combater o coronavírus. Portanto, podem não ser ideais para a defesa contra a nova variante, que tem mutações justamente nessa proteína, dizem cientistas.

Fabricantesbetsul infinity betvacinas anunciaram que já estão trabalhandobetsul infinity betversões específicas contra a ômicron, caso os imunizantes existentes não sejam eficazes contra essa nova variante.

A Pfizer disse que poderia readaptar suas vacinasbetsul infinity betaté 100 dias, se necessário.

Apesar disso, uma declaração pessimista do CEO da Moderna sacudiu os mercados.

Em entrevista ao Financial Times, Stephane Bancel previu uma "queda material" na eficácia das vacinas existentes e descartou a expectativabetsul infinity betque novas versões podem estar disponíveisbetsul infinity betbreve.

Já a CoronaVac que é uma vacinabetsul infinity bettipo tradicional, feita a partir do vírus inteiro inativado da Sars-CoV-2, poderia apresentar uma vantagembetsul infinity betrelação às demais, já que ela ensina o sistema imune a combater o vírus inteiro, e não apenas a proteína spike.

Mas tudo isso é pura especulação, pois ainda faltam pesquisas conclusivas sobre a eficácia das vacinas atuais no combate à ômicron.

A OMS informou que "está trabalhando com parceiros técnicos para entender o impacto potencial dessa variantebetsul infinity betnossas contramedidas existentes, incluindo vacinas".

Segundo a agência, "as vacinas continuam sendo cruciais para reduzir doenças graves e morte, inclusive contra a variante circulante dominante, delta. As vacinas atuais permanecem eficazes contra doenças graves e morte".

Diantebetsul infinity bettantas perguntas, há pelo menos uma certeza: os testes PCR disponíveis atualmente podem detectar a infecção pela ômicron.

Já estudos estãobetsul infinity betandamento para determinar se há algum impactobetsul infinity betoutros tiposbetsul infinity bettestes, incluindo testesbetsul infinity betdetecção rápidabetsul infinity betantígenos.

Enquanto essas respostas ainda não chegam, a OMS recomenda medidas individuais para reduzir a propagação da covid-19: manter distância físicabetsul infinity betpelo menos 1 metro dos outros, usar máscara bem ajustada, abrir janelas para melhorar a ventilação; evitar espaços mal ventilados ou lotados; manter as mãos limpas; tossir ou espirrar no cotovelo ou tecido dobrado, e se vacinar.

'Perigosa e precária'

Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS, disse que o surgimento da ômicron mostrou como a situação era "perigosa e precária".

"A ômicron demonstra exatamente por que o mundo precisabetsul infinity betum novo acordo sobre pandemias", disse ele no iníciobetsul infinity betuma assembleiabetsul infinity betministros da saúde que deverá iniciar negociações sobre tal acordo.

"Nosso sistema atual desincentiva os paísesbetsul infinity betalertar outros sobre ameaças que inevitavelmente pousarãobetsul infinity betsuas costas."

O novo acordo global, previsto para maiobetsul infinity bet2024, cobrirá questões como o compartilhamentobetsul infinity betdados e sequências do genomabetsul infinity betvírus emergentes ebetsul infinity betquaisquer vacinas potenciais derivadasbetsul infinity betpesquisas.

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