Variante ômicron: o que ainda falta saber sobre nova mutação do coronavírus:bete65
Mas essa nova variante é realmente mais transmissível ou devemos levarbete65conta o contextobete65que foi detectada?
Não sabemos como essa variante se comportarábete65outra populaçãobete65que a incidência e a taxabete65vacinação são maiores.
Mas temos que estar vigilantes.
A B.1.1.529 possui maisbete6550 mutaçõesbete65seu genomabete65relação ao vírus original, descobertobete65Wuhan, na China, no fimbete652019. Trinta e duas delas estão na proteína S (spike ou espícula).
O que preocupa os cientistas é o acúmulobete65mutações nessa proteína, através da qual o vírus se ligabete65células humanas para efetuar a invasãobete65nosso organismo.
Algumas dessas mutações já haviam sido detectadasbete65outras variantes, mas não todas juntas na mesma variante.
Essa variante foi classificada como uma "variantebete65preocupação" pela OMS (termo usado para descrever as variações do coronavírus que oferecem mais risco à saúde pública).
Mais do que o númerobete65mutações, o que se deve analisar é o efeito que todas elas podem ter juntas.
Mutação no genoma é uma coisa. Já o efeito que ela pode ter sobre a biologia do vírus é outra bem diferente.
Esse efeito não precisa ser cumulativo, pode haver fenômenosbete65compensação: o efeitobete65uma mutação pode ser compensado por outra.
Mas essa variante acumula mutações que estão relacionadas a um possível escape do sistema imunológico e a um possível aumento da transmissibilidade.
Nove mutações (em vermelho) aparecem nas outras variantesbete65preocupação: alfa, beta, delta e gamma. Onze (em azul) são novas. Quinze mutações estão no chamado domíniobete65ligação do receptor (ou RBD) e algumas (N440K, S477N, Q498R) afetam o receptor comumbete65ACE2 e pode influenciar embete65capacidadebete65infectar células. Outras podem afetar transmissibilidade (H655Y, N679K, P681H), e ainda há aquelas que podem provocar variações na proteína e afetar abete65reatividade com anticorpos.
Por outro lado, uma análise filogenética dos genomas desta variante sugere que ela vinha provavelmente circulando por meses antesbete65ser detectada até agora.
Portanto, existe razão para um alarme geral e histeria?
Neste momento, não. É mais o que não sabemos do que o que sabemos.
Mas devemos ficar atentos.
Os países acertarambete65cancelar todos os voos para a África do Sul? Tal decisão faz muito sentido por vários motivos. A África do Sul é provavelmente o único país africano que está fazendo "liçãobete65casa" no monitoramento genômico do vírus. Essa é a razão pela qual essa nova variante foi detectada. Se não realizarmos uma busca ativa por novas variantes, não as detectaremos, mas isso não significa que elas não vão aparecer.
Punir quem faz a "liçãobete65casa" é um erro. Não podemos descartar, e isso provavelmente vai acontecer, que surjam novas variantesbete65outras áreas onde não há vigilância genômica.
Sendo assim, cancelar voos ao sul da África não faz sentido. Até mesmo porque a ômicron já foi detectadabete65Hong Kong e na Bélgica e, muito provavelmente, segundo informações preliminares, já é encontradabete65outras partes do planeta há muito tempo.
O que precisamos ébete65tempo para aprender mais sobre essa variante.
Mas o que isso mostra mais uma vez é que estamosbete65uma pandemia global e o que acontecebete65outros países nos afeta.
Quanto mais infectados houver no mundo, mais vírus haverá e mais variantes poderão surgir. A vacinação deve ser global.
E na África, pouco maisbete657% da população está vacinada. É isso que deve nos alarmar.
*Ignacio López-Goñi é professorbete65Microbiologia na Universidadebete65Navarra, na Espanha.
Este artigo foi publicado originalmente no sitebete65notícias acadêmicas The Conversation e republicado aqui sob uma licença Creative Commons. Leia aqui a versão original (em espanhol).
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