A nova mobilizaçãobeti esportetropas russas na fronteira com a Ucrânia que põebeti esportealerta EUA e UE:beti esporte
No entanto, várias fontesbeti esporteinteligência ocidentais manifestaram temorbeti esporteque a situação agora seja pior.
O Ministério da Defesa da Ucrânia estima que maisbeti esporte114 mil soldados russos foram enviados para a áreabeti esportefronteira a nordeste, leste e sul da Ucrânia, incluindo cercabeti esporte92 mil soldadosbeti esporteinfantaria, das forças aéreas e marítimas.
Na semana passada, Washington alegou ter relatóriosbeti esporteinteligência indicando que o Kremlin estava "se preparando para uma invasão". E, na segunda-feira, o chefe da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Jens Stoltenberg, chamou atenção para a "significativa concentração militar russa".
"Vemos uma concentração incomumbeti esportetropas e sabemos que a Rússia estava disposta a usar esse tipobeti esportecapacidade militar antes para realizar ações agressivas contra a Ucrânia", declarou Stoltenbergbeti esporteentrevista coletiva.
Na terça-feira, o presidente francês, Emmanuel Macron, conversou com seu homólogo russo para manifestar que a França estava pronta "para defender a soberania territorial da Ucrânia", enquanto a Alemanha também alertou sobre "graves consequências" no casobeti esporteMoscou atacar o país vizinho.
Anteriormente, o chefe das Forças Armadas britânicas, general Nick Carter, havia dito ao jornal The Times que o Reino Unido deveria "estar pronto" para a guerra com a Rússia.
O Kremlin não negou as movimentações militares, mas chamou as sugestõesbeti esporteum potencial ataquebeti esporte"incendiárias" e culpou a Otan por conduzir exercícios militares no Mar Negro, na costa da Crimeia.
O contexto
A guerrabeti esporte2014, que levou à anexação da Crimeia pela Rússia, deixou maisbeti esporte14 mil mortos até agora, segundo dados oficiais.
Os dois lados assinaram um acordobeti esportecessar-fogo há maisbeti esporteum ano, que levou a uma notável desaceleração do conflito.
No entanto, na primavera passada, o Kremlin realizou exercícios militares na Crimeia e,beti esporteseguida, posicionou equipamento militar pesado perto da regiãobeti esporteDonbass, a áreabeti esportefronteira no leste da Ucrânia onde o conflito começou.
Semanas depois, retiraram as tropas, embora agora estejambeti esportevolta.
"Desta vez, é mais difícil explicar o deslocamentobeti esportetanques e artilhariabeti esportegrandes quantidades das regiões centrais para as regiões ocidentais próximas às fronteiras da Ucrânia", diz a jornalista Zhanna Bezpiatchuk, correspondente da BBCbeti esporteKiev, à BBC News Mundo, serviçobeti esportenotíciasbeti esporteespanhol da BBC.
De acordo com Bezpiatchuk, que cobriubeti esportecampo as operações militares russas anteriores,beti esporteoutras ocasiões houve exercícios e movimentos militares que,beti esportealguma forma, justificaram as operações, o que não está muito claro agora.
Um relatório recente do Carnegie Endowment for International Peace observa que uma "revisão cuidadosa" do histórico do líder russobeti esporterelação à Ucrânia sugere que "quase todos os componentes necessários e justificativas para a intervenção militar estãobeti esportevigor ou estão se movendobeti esportedireção a ela."
"Tanto os indicadoresbeti esportecurto quantobeti esportelongo prazo sugerem que Kiev e Washington têm bons motivos para se preocupar", afirma o texto.
Bezpiatchuk lembra que, além do cenáriobeti esporteuma invasão "sob o pretextobeti esportedefender cidadãos russos" que vivembeti esporteáreas controladas por Moscou, o Kremlin também pode querer pressionar a Europa a isentar o gasoduto russo North Stream-2 das regulamentações europeias.
Nesta mesma terça-feira, o órgão reguladorbeti esporteenergia alemão suspendeu a aprovação do polêmico gasoduto que vai da Rússia à Alemanha, por considerar que antesbeti esporteser certificado deve cumprir as leis locais.
O que a Rússia disse?
O governo russo questionou o que considera ser a "histeria" do Ocidente e justificou o movimentobeti esportetropas com os recentes exercícios militares da Otan no Mar Negro.
Em uma aparição na televisão estatal no fimbeti esportesemana, o presidente Vladimir Putin disse que Moscou estava preocupado com exercícios não anunciados envolvendo um "poderoso grupo naval" e aeronaves que portavam armas nucleares estratégicas.
Embeti esporteopinião, isto representava um "sério desafio" para a Rússia.
"Temos a impressãobeti esporteque eles não vão nos deixar baixar a guarda. Bem, diga a eles que não vamos baixar a guarda", acrescentou.
As relações entre Moscou e a Otan ficaram tensas nas últimas semanas, após o Kremlin suspenderbeti esportemissão na sede da organizaçãobeti esporteBruxelas,beti esporte18beti esporteoutubro, depois que a aliança expulsou oito representantes russos acusados de espionagem.
O que a Ucrânia disse?
Segundo Bezpiatchuk, o governo ucraniano levou alguns dias, nesta ocasião, até levantar o alerta.
"Demoraram 10 dias para confirmar o acúmulobeti esportetropas", diz ela.
Várias figuras do governo ucraniano, incluindo o presidente e altos funcionários, questionaram a Rússia sobre a movimentação das tropas.
"Há sete anos tem sido a realidade da Ucrânia conviver com a ameaça existencial da Rússia. Talvez, esta rigidez na aceitação dos desenvolvimentos recentes possa ser explicadabeti esporteparte pelo cansaço da guerra que muitos sentem na Ucrânia", avalia Bezpiatchuk.
As tensões na áreabeti esporteDonbass também aumentaram nos últimos tempos, depois que no dia 26beti esporteoutubro o exército ucraniano confirmou que havia usado um dronebeti esportefabricação turca, a primeira vez que Kiev utilizou essa tecnologiabeti esportecombate, o que gerou protestosbeti esporteMoscou.
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, condenou a vendabeti esportedrones turcos à Ucrânia e considerou quebeti esporteaquisição "desestabilizou" a situação.
Por que o que acontecebeti esporteBelarus é importante?
Como isto está acontecendo na fronteira leste da Ucrânia, ao norte, a crise migratóriabeti esporteBelarus também é vista com cautela.
Na semana passada, o secretáriobeti esporteEstado dos EUA, Antony Blinken, disse que seu país temia que a Rússia e Belarus estivessem usando a situação dos migrantes como uma "cortinabeti esportefumaça" para lançar uma operação na Ucrânia.
"Vimos no passado forças russas nas fronteiras da Ucrânia usarem algum tipobeti esporteprovocação como pretexto para então invadir e basicamente seguirbeti esportefrente com algo que estavam planejando o tempo todo", afirmou Blinken.
Mas,beti esporteacordo com Bezpiatchuk, os perigos não param por aí.
A Ucrânia tem uma fronteirabeti esportemaisbeti esporte1.000 kmbeti esporteextensão com Belarus, basicamente composta por pântanos, florestas e campos.
Não há barreirasbeti esporteproteção nesta fronteira e,beti esportefato, é muito fácil entrar no território da Ucrânia por Belarus.
Isto, diz a correspondente da BBC, torna o país extremamente vulnerável se o presidentebeti esporteBelarus, Alexander Lukashenko, redirecionar os migrantes para a Ucrânia.
"Este cenário parece muito realista para muitos na Ucrânia, se a Polônia bloquearbeti esportefronteira e os migrantes perderembeti esporteúltima chancebeti esporteatravessar para a União Europeia. Então, eles poderiam buscar refúgio na Ucrânia como um localbeti esportetrânsito", diz.
Isto criaria, nabeti esporteopinião, uma tensãobeti esporteduas frentes para o governo ucraniano.
Lukashenko, um fiel aliadobeti esportePutin, acusou recentemente os Estados Unidosbeti esporteconstruir bases militares da Otan na Ucrânia usando centrosbeti esportetreinamento como pretexto.
E,beti esportesetembro passado, a Rússia e Belarus realizaram exercícios militares perto das fronteiras da Ucrânia.
"Embora Belarus não tenha nenhum papel proativo no conflito, muitos acreditam que nos momentos críticos, adotará a posição da Rússia", avalia Bezpiatchuk.
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