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Olimpíadaj betTóquio 2020: falhas no combate à pandemia mancham imagem da ‘eficiência japonesa’:j bet
O que deu errado?
O combate à pandemia no país vem sofrendo críticas desde o início. Em agostoj bet2020, um artigo publicado no periódico científico British Medical Journal (BMJ) apontou problemas que iam desde uma capacidade reduzidaj bettestagem, que acabou elevando o númeroj betcasos não diagnosticados e, por consequência, as infecções, a falhas na comunicação da importância do distanciamento social e da necessidadej betficarj betcasa para proteger o sistemaj betsaúde.
O texto, assinado pelos pesquisadores Kazuki Shimizu e Elias Massalo, do departamentoj betPolíticaj betSaúde da London School of Economics and Political Science, e Haruka Sakamoto, da Universidadej betTóquio, fala aindaj betuma "tensão entre a política e ciência".
O comitêj betespecialistas montado no início do surto, exemplificam os estudiosos, não chegou a ter pluralidade e autonomia para que tivesse a importância que deveria no processo decisório. Também teria faltado ao governo maior transparência — a própria decisãoj betadiar os Jogos Olímpicos, segundo o artigo, foi tomadaj betforma abrupta e sem que fossem detalhadas suas razões.
Para Craig Mark, professorj betrelações internacionais da Universidadej betKyoritsu,j betTóquio, uma das explicações para a postura errante do governo foi a tentativaj betpreservar a economia.
"O governo não queria se colocar na posiçãoj betimpor medidas mais severas. O argumento usado foij betque a Constituição do Japão não dá ao Executivo o poderj betimplementar lockdowns, mas isso poderia ter sido alterado por meioj betlei com aprovação do Parlamento. O governo escolheu não seguir esse caminho", afirma.
Ainda assim, o país ficou bem longe dos recordesj betcasos e mortes observados pelo mundo. Entre os 126 milhõesj bethabitantes, até o momento foram registradas pouco maisj bet15 mil óbitos pela doença. Na comparação pelo critérioj betmortes por milhãoj bethabitantes, o Japão segue bem atrásj betpaíses como Brasil, Reino Unido, Estados Unidos, Canadá e Alemanha.
Uma das explicações é a autodisciplina do povo japonês, que cumpriuj betboa medida as recomendações para usoj betmáscara e para que fossem evitadas aglomerações.
"O governo tem se apoiado no sensoj betcooperação dos japoneses, mas isso tem um limite, especialmente agora, com a disseminação da variante Delta", avalia Mark.
"E há um desgaste, por exemplo, entre os jovens, que querem sairj betcasa, encontrar os amigos. Já vi bares vendendo bebidas alcoólicas após o horário permitido pelas medidasj betrestrição", ele conta.
Diante do aumentoj betcasos às vésperas dos Jogos, o Japão declarou estadoj betemergência pela quarta vez, com previsãoj betduração até o dia 22j betagosto. Em Tóquio, a presençaj betpúblico nos locais das competições foi proibida.
Imunização lenta
O país também se preparou mal para o início da vacinação, que começou atrasada na comparação com outros países desenvolvidos.
Um artigo publicado há cercaj betum mês no periódico científico The Lancet elaborado por pesquisadores japoneses destacou três fatores para a lentidão.
Primeiro, uma demora por parte do órgão regulador para aprovar a primeira vacina (no caso, a da Pfizer), entre outros motivos, por causa da exigência da realizaçãoj bettestes clínicos dentro do país — um pré-requisito que, na opiniãoj betalguns especialistas, poderia ter sido flexibilizado. Atualmente, apenas vacinas da Pfizer e Moderna estão disponíveis.
Depois, houve atraso na importação das doses, neste caso por conta do alto nívelj betdemanda global e da dificuldade da fabricantej betfornecer o imunizante.
Finalmente, o programaj betimunização por meses não conseguiu alcançar capilaridade suficiente para garantir a vacinaçãoj betmassa. Apenas médicos e enfermeiros estão autorizados a aplicar o imunizante, explicam os autores. Assim, o governo teve dificuldadej betcontratar pessoal suficiente para administrar as doses.
Máquinasj betfax e carimbos pessoais
O atraso no cronogramaj betvacinação, causado,j betmuitos casos, por questões que o governo poderia ter se organizado para solucionar antecipadamente, trouxe à tona um lado pouco conhecido do país entre os estrangeiros — a burocracia estatal.
"De forma geral, as coisas no Japão funcionamj betmaneira muito eficiente. Acho que um exemplo famoso é o dos trens, que são extremamente pontuais. As cidades são muito limpas, arrumadas… Mas há alguns fatores, particularmente a burocracia, que atrapalham os trabalhos às vezes", diz Mark, que é australiano e mora no Japão há quase 10 anos.
Muitos processos que poderiam ter sido digitalizados ainda são feitosj betforma analógica, no papel. Não por acaso, o fax segue amplamente utilizado nas repartições públicas, assim como nos escritórios e mesmo nos domicílios.
Outro símbolo do lado analógico do Japão são os carimbos pessoais, conhecidos como hanko, e que ainda são pré-requisito para liberaçãoj betalguns documentos oficiais.
"É bonito quando você olha… mas manter a necessidadej betcarimbar um montej betpapel acaba criando uma burocracia desnecessária", diz o professor. "Acho que esse é um exemploj betcomo antigas tradições e a burocracia estatal têm contribuído para atrasar as coisas", completa.
Há anos o governo tenta digitalizar o setor público. Desta vez, o primeiro-ministro Yoshihide Suga chegou a nomear um ministro incumbido da tarefa: Hirai Takuya, que tem oficialmente o títuloj bet"ministro da transformação digital".
Médicos pediram cancelamento dos Jogos
Suga assumiu como premiêj betsetembro 2020, após a renúnciaj betShinzo Abe, seu correligionário do Partido Liberal Democrático, que também vinha recebendo uma sériej betcríticas pela condução do combate à pandemia.
As acusaçõesj beterros e falhas no enfrentamento da crise sanitária têm custado caro ao governo, que atingiu mínima recordej betaprovação antes do início dos jogos,j betcercaj bet30%.
Em maio, uma importante associaçãoj betmédicos que Tóquio, que reúne 6 mil profissionais, enviou uma carta aberta a Suga pedindo que a Olimpíada fosse cancelada.
"As unidadesj betsaúde que tratam pacientes com covid-19 estão no limite e praticamente não têm como aumentar a capacidadej betatendimento", dizia o comunicado.
O temor eraj betque, com a chegadaj betatletas e delegaçõesj bettodo o mundo, haveria um salto no númeroj betinfecções, sobrecarregando o sistemaj betsaúdej betuma época do anoj betque tradicionalmente há maior procura, já que o intenso do verão japonês leva muita gente às unidadesj betsaúde.
E,j betfato, a cidadej betTóquio assistiu a um aumento expressivo no númeroj betcasos na última semana, tendo passadoj bet1,8 mil na quarta-feira (21/07), o maior valor registradoj betum único dia desde janeiro.
'Tristeza e decepção'
Além da pandemia, uma sériej betcontrovérsias também marcou a preparação para os jogos, da acusaçãoj betplágio do logo apresentadoj bet2015 (que levou àj betsubstituiçãoj bet2016) à demissão do diretor da cerimôniaj betabertura um dia antes do evento por causaj betuma piada sobre o Holocausto feita por elej betuma apresentaçãoj bet1998.
Cinco meses antes, comentários sexistas derrubaram o chefe do comitê olímpico do cargo. Ao responder a uma pergunta sobre o aumentoj betmulheres entre os membros do comitê, Yoshiro Mori disse que elas "falam demais". Ele inicialmente se recusou a renunciar, mas o fez após pressão da opinião pública,j betpatrocinadores e do Comitê Olímpico Internacional (COI).
Em meio às polêmicas e diante do que se desenha como a quinta onda da pandemiaj betcovid-19, Tóquio vive uma atmosfera que mistura,j betum lado, certa indiferença e,j betoutro, tristeza e decepção, diz o professor Mark.
"Muita gente aqui acha que a realização dos Jogos é um risco desnecessário. Eu tive a sortej betestar na Olimpíadaj betSydneyj bet2000 e o clima era completamente diferente — alegre,j betcelebração. Vamos ver se as coisas mudam aqui nas próximas semanas."
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