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Os estranhos ataquesapostar ganharorcas contra barcos na costaapostar ganharPortugal e da Espanha que intrigam cientistas:apostar ganhar
"Foi sem parar", diz ele. "Acho que eram seis ou sete animais, mas parecia que os mais jovens, os menores, eram os mais ativos. Pareciam mirar o leme, e o timão simplesmente começava a girar muito rápido toda vez que havia um impacto."
O trabalhoapostar ganharDavid é entregar novos barcos onde os proprietários os querem ancorados. Nesse caso, ele fazia parteapostar ganharuma equipeapostar ganharentregaapostar ganharum catamarã que seguia da França para Gibraltar.
Uma hora antes do pôr do sol, um dos tripulantes gritou. "Parece que temos alguns golfinhos grandes por aqui."
Até então, o único encontro que David havia tido com uma orca se deu há maisapostar ganhar20 anosapostar ganharum aquárioapostar ganharVancouver, mas no segundo encontro não tinha dúvidasapostar ganharque estava olhando para um grupoapostar ganharcetáceos popularmente conhecidos como baleias assassinas, embora sejam,apostar ganharfato, parentes próximos (e maiores) dos golfinhos.
Uma sensaçãoapostar ganharcuriosidade e animação rapidamente se transformouapostar ganharmedo quando uma orca desapareceu sob o barco e ouviu-se batidas ruidosas no casco.
O barco estava a quase 30 kmapostar ganharPorto, cercaapostar ganhartrês horas da costa portuguesa. Com o rádio VHF foraapostar ganharalcance, tiveram que usar o telefone via satélite para entrarapostar ganharcontato com a guarda costeira, que os aconselhou a desligar o motor e retirar as velas. Seja o mais "desinteressante" possível, disseram.
"Então estávamos apenas à deriva. Mas, enquanto estava ao telefone, pude ouvi-los batendo no barco. Em um ponto, um dos animais maiores veio direto para a popa e virouapostar ganharcostas. Dava para verapostar ganharparte inferior branca e brilhante."
As batidas repetidas, por mais perturbadoras que fossem, não eram o maior medoapostar ganharDavid. Enquanto o timão girava para lá e para cá, ele pensou que os animais estariam prestes a deslocar o cabo do leme.
"Se isso quebrar, você está realmenteapostar ganharapuros", diz ele. "Definitivamente, estava prestes a pedir à guarda costeira portuguesa que enviasse um helicóptero para nos resgatar."
O episódio descrito por David é umapostar ganharpelo menos 40 incidentes semelhantes na região. Durante o verãoapostar ganhar2020, um grupoapostar ganharorcas na costa da Espanha eapostar ganharPortugal começou a agirapostar ganharmaneira bastante estranha.
Os relatos apontavam que os animais visavam deliberadamente os barcos à vela. Como diz David: "Eles vieram até nós, não o contrário".
O primeiro incidente relatado foiapostar ganharjulho, e o mais recente, no finalapostar ganharoutubro.
Por trás das manchetes ao redor do mundo sobre "baleias assassinas", ataquesapostar ganharorcas "orquestrados" e vídeos compartilhados milharesapostar ganharvezes nas redes sociais, há uma investigação científica marinha forense que ainda está tentando descobrir o que está levando esses complexos, inteligentes e altamente sociais mamíferos marinhos a se comportem dessa maneira.
'Eu simplesmente não podia acreditar'
À medida que escurecia, os baques reverberantes sob o barco continuavam. De repente, David percebeu as luzesapostar ganharum barcoapostar ganharpesca à distância.
"Levantamos a vela, com a ideiaapostar ganharque, se as coisas realmente dessem errado, teríamos outro barco para embarcar."
Finalmente, depoisapostar ganharduas horas,apostar ganharuma forma tão inesperada quanto começou, tudo ficouapostar ganharsilêncio. Nenhum som por cinco minutos, depois dez minutos sem barulho. O timão havia paradoapostar ganhargirar.
"Depoisapostar ganharquase uma hora, estávamos confiantesapostar ganharque eles haviam nos deixado."
A tripulação então moveu o barco para mais perto da costa, até o rádio voltar a ter alcance. Quando chegaram a Gibraltar para uma avaliação mais completaapostar ganhardanos, o barco tornou-se mais uma prova na investigaçãoapostar ganharcurso.
Não é incomum ver orcas nessas águas do Atlântico. Durante milênios, elas perseguiramapostar ganharpresa favorita, o atum-rabilho, enquanto migravam ao longo das centenasapostar ganharquilômetros da costa portuguesa e espanhola, e através do estreito estreitoapostar ganharGibraltar, para se reproduzir nas águas mais quentes do mar Mediterrâneo.
O relacionamento dos humanos com esses cetáceos, no entanto, tem estado por um fio desde que começamos a pescar mais do ultravalorizado atum-rabilho do que parece ser sustentável.
Cercaapostar ganhar60 baleias assassinas vivem nessas águas hoje, mas o número era 39apostar ganhar2011, um declínio que a organização conservacionista espanhola Circe associou a uma queda nos estoquesapostar ganharatum-rabilho.
Em 2010, autoridades regulatórias internacionais reduziram o montante permitidoapostar ganharcaptura anual no Mediterrâneo. E, à medida que o atum-rabilho se recuperava gradualmente, o mesmo acontecia com as baleias assassinas.
Mas a sobrevivência da espécie continua precária. Esta população específicaapostar ganharorcas está listada como criticamente ameaçada e protegida por lei. Mas a criseapostar ganharconservação não explica por que alguns desses animaisapostar ganharrepente começaram a se comportarapostar ganharforma tão bizarra e aparentemente agressiva pertoapostar ganharbarcos.
"No início eu simplesmente não acreditei", diz Ruth Esteban, cientista marinhaapostar ganharfala mansa que escolhe as palavras com cuidado, não querendo especular sobre algo tão complexo como o comportamentoapostar ganharuma orca.
Ruth trabalha no Museu da Baleia da Madeira, mas estudou esta populaçãoapostar ganharorcas durante os seis anosapostar ganharseu doutorado.
"Essas baleias assassinas estão sempre curiosas sobre os barcos e vão se aproximar deles. Mas tocá-los e causar estragos? Eu pensava que as pessoas só estavam com medo e interpretavam mal o que estava acontecendo."
Mas os relatos só aumentaram.
Em julho, uma embarcação a vela teve que ser rebocadaapostar ganharvolta para a costa depois que um grupoapostar ganharorcas danificou o leme.
Em agosto, um navioapostar ganharbandeira francesa comunicou por rádio à guarda costeira que estava "sob ataque"apostar ganharorcas.
Mais tarde, naquele mesmo dia, um iate espanhol, Mirfak, perdeu parteapostar ganharseu leme após um encontro com orcas. Um vídeo desse incidente mostrou a tripulação tentando deixar para trás os animais, que pareciam perseguir o barco.
Em setembro, um homem que viajava da Espanhaapostar ganharseu barcoapostar ganharvolta para a Escóciaapostar ganharrepente teve o timão girandoapostar ganharsuas mãos. Uma baleia assassina surgiu na lateral do barco e, por 45 minutos, os animais bateram e mastigaram o leme, fazendo o barco girar.
"Está ficando cada vez pior", diz Renaudapostar ganharStephanis, biólogo envolvido na investigação.
Renaud e Ruth costumavam trabalhar juntos na pesquisaapostar ganharorcas. Ele estuda essa população desde os anos 1990 e, por meioapostar ganharsua organizaçãoapostar ganharpesquisa conservacionista, Circe, realizou um trabalho que ajudou os animais a obterem o atual statusapostar ganharproteção oficial.
Os dois cientistas agora fazem parteapostar ganharum grupo que realiza uma investigação informal sobre esse comportamento estranho e potencialmente perigoso.
Identificando os envolvidos
Em setembro, os pesquisadores começaram a reunir evidências sobre o fenômeno. Eles compararam as imagens dos incidentes com um catálogoapostar ganharimagens capturadas e usadas pelo Circe para identificar os animais. Cada uma das orcas tem um formato único atrásapostar ganharsua barbatana dorsal, que da superfície serve como uma "impressão digital".
Fotos e vídeos mostraram que três indivíduos estiveram envolvidos na maioria dos incidentes: machos jovens nomeados no registro oficial como Gladis Negra, Gladis Branca e Gladis Cinza.
As orcas vivem, caçam e se movemapostar ganhargrupos familiares intimamente ligados: grupos fortemente unidos, liderados por matriarcas que,apostar ganharalgumas populações, demonstraram ter até dialetos próprios do grupo.
As famílias geralmente ficam muito próximas, com avós longevas que ajudam a criar os filhotes e os ensinam a caçar. Os machos vagam, misturando-se e acasalando-se com outros animais. Até agora, os pesquisadores não descobriram a qual família "os três Gladis" pertencem.
Os cientistas publicaram suas conclusões sobre a identidade dos "culpados", e imediatamente surgiram notícias sobre "saqueadores adolescentes".
A cobertura da mídia ficou mais estranha e sombria quando os cientistas também revelaram que Gladis Branca tinha um ferimento bastante grave na cabeça: um corte que parecia ter sido causado por um barco, possivelmente por uma hélice.
Esta revelação fez com que as manchetes aumentassem um nível antropomórfico do fenômeno: orcas estariam "orquestrando ataquesapostar ganharvingança", disseram os tabloides New York Post, dos EUA, e The Sun, do Reino Unido.
Nas redes sociais,apostar ganharmeio a GIFs e memes sobre o confronto no oceano, houve comentários sugerindo que as pessoasapostar ganharseus iates deveriam "ficarapostar ganharsuas mansões" e que as orcas haviam se alistadoapostar ganharuma "luta contra donosapostar ganhariates".
Ruth não dá muito crédito à ideiaapostar ganharorcas vingativas porque não dá para saber o que aconteceu primeiro: o ferimento ou o primeiro incidente com um barco.
Mas há uma conclusão que os cientistas tiraram com segurança do estudo eapostar ganharseus anosapostar ganharobservação desses cetáceos: elas estavam brincando.
Brincadeira perigosa?
"Elas sempre parecem mirar o leme, e eu acredito que isso acontece porque é a parte móvel do barco", explica Ruth. "Em alguns casos, elas podem mover o barco inteiro com ele. Nós vemosapostar ganharalguns vídeos o barco girando quase 180 graus."
"Se elas percebem que têm o poderapostar ganharmover realmente grande, talvez isso as tenha impressionado."
As conclusões da investigação e as recomendações para barcos sobre como evitar essas interações potencialmente perigosas dependem da compreensão do que impulsiona o comportamento desses animais.
Mas cientistas, documentaristas ou marinheiros conseguiriam entender a menteapostar ganharum predador marinho tão complexo e inteligente?
Muitos tentaram. Enquanto as orcas eram historicamente caçadas e vistas pelas comunidades pesqueiras como "pragas" perigosas, a décadaapostar ganhar1960 viu o início do que era indiscutivelmente uma fascinação igualmente perigosa pelos animais.
Ao longo das décadasapostar ganhar1960 e 70, orcas eram capturadas para exibiçãoapostar ganharparques aquáticos e realizar truques com treinadores para o deleiteapostar ganharmilharesapostar ganharespectadores.
Os conservacionistas fizeram campanhas contra o cativeiroapostar ganharorcas por décadas. Mas uma delas, Tilikum, que passou a maior parteapostar ganharsua vida no SeaWorld na Flórida, alçou o problema para os holofotes globais quando se envolveu na morteapostar ganhartrês pessoas.
O filme Blackfish,apostar ganhar2013, alegava que Tilikum sofreu um trauma mental por causa da vidaapostar ganharcativeiro, e isso o levou a atacar pessoas.
A vida sozinhaapostar ganharuma piscinaapostar ganharconcreto certamente tem pouca ou nenhuma semelhança com a existência naturalapostar ganharuma orca selvagem.
Esses animais vivem, migram e socializamapostar ganhargrupos familiares intimamente ligados que desenvolveram diferentes técnicasapostar ganharcaça e modosapostar ganharcomunicação.
Algumas populações comem apenas peixes, preferindo um tipo específico. Outros trabalharão juntos para caçar outras baleias, às vezes muito maiores.
Quando orcas na costa espanhola perseguem atuns, podem segui-los até que o fim. Pesquisadores também observaram algumas orcas parecem "comemorar" após mortes.
"Eu os vi caçando", diz Renaud.
"Quando caçam, você não os ouve ou vê. São furtivos, se aproximam sorrateiramenteapostar ganharsuas presas. Eu os vi atacando cachalotes, isso é muito agressivo. Mas nesse caso eles estão brincando", diz ele sobre os encontros recentes entre orcas e barcos.
Não há registrosapostar ganharorcas matando humanos. Ainda assim, mesmo as brincadeiras podem ser assustadoras.
"Eles podem pesarapostar ganhar4 a 5 toneladas, e quando brincam, brincam pra valer", diz Renaud.
Outras espécies podem ser alvos disso. Existem registrosapostar ganharorcas batendoapostar ganharpássaros marinhos com suas nadadeiras e repetidamente os pegando e soltandoapostar ganharsuas bocas.
Como predadores do topo da cadeia alimentar, agressão, domínio e demonstraçõesapostar ganharforça são provavelmente os elementos-chaveapostar ganharqualquer "jogo"apostar ganharformação.
E, se tratandoapostar ganharalguns dos animais mais sociais da Terra, Michael Weiss, da Universidadeapostar ganharExeter e do Centroapostar ganharPesquisaapostar ganharBaleias, afirma: "Quando eles brincam juntos, podem estar construindo laços sociais importantes".
Mas para David, capitãoapostar ganharum barco que foi alvoapostar ganharum grupoapostar ganharorcas, a palavra "brincar" parece pouco adequada para descrever o que ele sentiu naquela noite.
"Eu só acho isso estranho. A força que vimos deve ter machucado esses animais", afirma.
A menteapostar ganharuma baleia assassina
A neurocientista Lori Marino, presidente do Projeto Santuárioapostar ganharBaleias, é uma das poucas pessoas que viu o interior do cérebroapostar ganharuma orca. Ela e seus colegas escanearam o cérebroapostar ganharum animal que havia morridoapostar ganharcativeiroapostar ganhar2004.
"Partesapostar ganharseus cérebros, como o sistema límbico, que você pode conceber como o processador emocional, são parecidas com o nosso", explica.
Portanto, o comportamento orca que parece raiva, tristeza ou alegria é "provavelmente exatamente o que eles estão vivenciando".
Lori acha equivocado entender a espécie como um todo ao tentar agrupar seu comportamentoapostar ganharcategorias simplistas como bom ou mau, agressivo ou brincalhão. "Nós os transformamosapostar ganharcaricaturas", diz.
Mas há um motivo maior para Ruth, Renaud e equipe tentarem adequar os termos que têm sido associados a esses incidentes.
"Foi realmente assustador para as pessoas, eu posso entender isso Mas não queremos chamar issoapostar ganharataque. Chamamos issoapostar ganharinteração", diz Ruth.
Para ela, a linguagem usadaapostar ganharveículos jornalísticos e postagensapostar ganharredes sociais — até mesmo pela Guarda Costeira — tem sido errada.
Ela e outros pesquisadores temem que essas descrições possam ser um passoapostar ganharuma jornadaapostar ganhardireção a uma perseguição a orcas que já são criticamente ameaçadasapostar ganharextinção.
Renaud, porém, admite estar frustrado e preocupado com o comportamento das orcas.
"Pelo que estou vendo, isso tudo ocorre principalmente com dois [os Gladis], que parecem estar ficando loucos", diz ele. "Eles apenas brincam, brincam e brincam. E a brincadeira está cada vez pior."
"Eles amam isso. E não sei por quê", ele suspira. "Parece ser algo que eles realmente gostam e é isso."
Nenhum humano foi feridoapostar ganharqualquer um desses incidentes e, a conselho dos cientistas, a Guarda Costeira modificouapostar ganharlinguagem.
Apesar disso, alguns comportamentos mais recentes estão gerando uma grande preocupaçãoapostar ganharcientistas.
Recentemente, orcas — supostamente as Gladis — colidiram com dois barcosapostar ganharpesca na costa portuguesa.
Isso pode ser o pontoapostar ganharpartida para um conflito direto com pescadores, ao sentirem ameaçados seus meiosapostar ganharsubsistência eapostar ganharsegurança.
É uma situação que está ocorrendoapostar ganhartodo o mundo. Predadores, incluindo leopardos, tigres e lobos, estão envolvidosapostar ganharconflitos com humanos que estão colocandoapostar ganharsobrevivênciaapostar ganharxeque.
Especialistas que estudam alguns dos conflitos homem-vida selvagem mais intratáveis do mundo, onde as pessoas podem sentir que suas vidas estão ameaçadas pela proximidadeapostar ganhargrandes predadores e queapostar ganharúnica opção é matá-los, afirmam que a "linguagem provocativa" alimenta essas situações.
Michael acha que há algo fundamentalapostar ganharnossa mentalidadeapostar ganharrelação a grandes predadores.
"Se eles começarem a se comportarapostar ganharuma maneira que não gostamos, eles serão maus, agressivos e perversos. Mas estaríamos erradosapostar ganharimpor nosso sensoapostar ganharcerto e errado a qualquer outro animal, ainda mais a uma espécie com seu próprio sensoapostar ganharcultura desenvolvido."
Lori diz que os humanos não podem nem imaginar como as orcas experimentam o mundo.
Elas não apenas veem o mundo, mas o ouvem, ecolocalizando e construindo uma imagemapostar ganharseu mundo com baseapostar ganharum fluxoapostar ganharinformações visuais e acústicas que são processadas ao mesmo tempo.
"E a capacidade delasapostar ganharprocessar informações é muito mais rápida do que a nossa", diz ela. "Se você observar como reagem uns aos outros quando estãoapostar ganharum grupo, há uma perfeita interação entre elas."
Em outras palavras, elas podem estarapostar ganharsincroniaapostar ganharmaneiras que nossos próprios cérebros não estão programados para compreender.
Resolvendo o mistério
Independentementeapostar ganharcomo os descrevemos e do nosso julgamento centrado numa perspectiva humana, essas cutucadas, mordidas e batidasapostar ganharbarcos são um comportamento novo e potencialmente perigoso — tanto para as pessoas nos barcos quanto para os animais.
Isso levou a guarda costeira portuguesa a proibir pequenos navios à velaapostar ganharum trecho do mar onde alguns dos incidentes foram registrados.
O enigma biológicoapostar ganharpor que isso está acontecendo continua sem resposta.
Embora Renaud ainda rejeite a ideiaapostar ganharorcas vingativas — ou mesmo que elasqueiram danificar os barcos —, ele se baseiaapostar ganhardécadasapostar ganharpesquisas ao sugerir que isso pode ser parteapostar ganharuma mudança cultural que está na verdade ajudando os animais a sobreviverem.
Em meados da décadaapostar ganhar1990, Renaud e seus colegas notaram que um desses gruposapostar ganharorcas tinha começado a roubar atumapostar ganharatuneiros, comendo o atum-rabilho do finalapostar ganharpalangres que se arrastam na água.
Como as baleias assassinas aprendem umas com as outras, animais jovens daquele grupo aprenderam o mesmo truque.
O grupo que "descobriu" como tirar o atum-rabilho das linhasapostar ganharpesca aumentouapostar ganharnúmero. E o númeroapostar ganhar"furtos" dos barcos também cresceu.
"Ainda não tenho as provas", diz ele, "mas colocaria minha mão no fogo e diria que este é o lugarapostar ganharonde vieram as duas Gladis".
É muito provável que a pesca excessiva tenha sido um motivador para que animais culturalmente mais precavidos desenvolvessem uma cultura predatória totalmente nova: buscar linhasapostar ganharonde tirar peixes.
Mas a pesca excessiva teria levado orcas mais jovens a brincarem com barcos? Elas viram mães e avós tirando atumapostar ganharlongas filas e criaramapostar ganharprópria versão adolescente dessa tradição familiar?
"Elas são jovens do sexo masculino, e vão ser indisciplinadas", diz Lori. "Pode haver um elementoapostar ganharbrincadeira, pode haver um elementoapostar ganharagressão,apostar ganhartentar se afirmar."
Mas dizer que eles são apenas crueis e calculistas ou que são apenas indisciplinados e brincalhões, acrescenta, é um desserviço.
"A verdade real não é nenhuma dessas coisas. Elas são capazesapostar ganharcrueldade, são capazesapostar ganharbondade, são capazesapostar ganharvárias coisas, assim como os humanos. Não podemos caracterizá-lasapostar ganharuma só dimensão. Essa é uma lição importante para aprendermos."
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